Rsrs. Nunca pensei começar um texto com uma mentira. E se nunca pensei começar com uma mentira, nunca pensei que ela fosse tão rápida, na primeira linha e com apensas quatro palavras - virtual se tornou real.
E ainda, nunca pensei escrever um texto quanto à mentira e publicá-lo no dia da mentira. Novamente, incrivelmente, achei isso demais, surpreendente, e verdadeiro, não é uma mentira.
Acho incrível como as coisas mudam.Tudo muda.
Tem até uma brincadeira que diz tudo passa, até uva passa, banana passa, abacaxi passa. (rsrs)
Rsrs. Incrível como tudo passa.
Incrível, também, como os rumos que as palavras tomam. Que os pensamentos tomam.
Há seis anos minha vida mudou, grande dor, grande dor.
Naquela ocasião um amigo, diante de meu sofrimento, rasgou um pedaço de papel, escreveu nele, e me entregou. Estava escrito: Isso também passa - Chico Xavier.
Tenho o papel até hoje.
Incrível como palavras e pensamentos podem remeter a momentos e pensamentos.
Nunca que me ocorreu mencionar isto em nenhum momento, nunca que me ocorreu mencioná-lo aqui, agora. Incrível como me pareceu tão oportuno, tão igual ao que eu estava escrevendo aqui, agora. Achei legal.
Hoje a dor de seis anos atrás não é mais a mesma, é cada vez menos... dor.
Tudo passa.
Tudo passa.
Até palavras. Que têm seus significados alterados conforme o tempo. Até em músicas vemos isso:
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)
Mudanças como na outra música onde se diz terem assaltado a gramática? Se consegue-se assaltá-la, o que se dirá quanto à mudá-la? Seria possível mudar a gramática? Certamente.
Observamos ainda palavras que mudam na mesma música para tornarem a música mais adequada à nova realidade, à realidade depois de passados anos, ou tornar a música mais adequada ao pensamento do novo artista que a interpreta. Assim, como palavras, músicas também são mensagens a atravessar o tempo a se adequarem à realidade, e pessoas, novas:
Nem Luxo Nem Lixo - Parte
Compositor: Rita Lee - Roberto de Carvalho
Como vai você?
Assim como eu,
Uma pessoa comum,
Um filho de Deus,
Nessa canoa furada,
Remando contra a maré,
Não acredito em nada,
Até duvido da fé!
Assim como eu,
Uma pessoa comum,
Um filho de Deus,
Nessa canoa furada,
Remando contra a maré,
Não acredito em nada,
Até duvido da fé!
Ou...
Como vai você?
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Só não duvido da fé...
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Só não duvido da fé...
Percebemos a mudança dessas duas palavras não só quanto à música cantada pela própria autora, como também quando comparamos à versão interpretada pela Marina Lima.
Em minha opinião esta mudança, quanto a esta canção, deve-se fortemente ao fato de a frase referir-se a tão importante tema: a fé.
Creio que as artistas mudaram, adequaram a música a uma forma menos agressiva, menos irreverente, para adequar a música não só aos novos tempos (tempos de mais respeito em todos os sentidos, tempos de mais comunicação, tempos em somos todos mais vistos, principalmente, as pessoas públicas, os artistas), mas, também para adequar a música à realidade mais madura da própria intérprete (uma realidade de uma pessoa mais madura, menos irreverente).
Palavras que mudam, músicas que mudam.
Assim como significados.
Agora mesmo observo o preço que estamos pagando por causa do novo, da pressa, da evolução. Até quanto a símbolo que não letras.
Em minha educação aprendi a escrever números ordinais sempre com números acompanhados de um "o" ou um "a" com um tracinho embaixo (um tracinho horizontal embaixo da letra):
Agora...
Agora?!
Nem a definição é a mesma.
Os numerais ordinais são abreviados com número + ponto abreviativo que indica que houve eliminação de letras + terminação º ou ª que indica se o numeral é masculino ou feminino, como: 1.º, 1.ª, 78.º, 78.ª, 134.º, 134.ª, … Por vezes, a vogal indicadora do gênero aparece sublinhada. Contudo, este sublinhado não é obrigatório, sendo uma opção de natureza gráfica. Além disso, o hífen não deverá ser utilizado nos numerais ordinais compostos, como décimo terceiro, vigésimo quinto, septuagésima oitava, ...
Os numerais ordinais são usados para indicar séculos, artigos de leis e decretos, folhas e capítulos de uma obra, soberanos, papas, o primeiro dia do mês, entre outros. Normalmente, o numeral ordinal é utilizado até ao décimo, sendo substituídos depois por numerais cardinais (vinte e três, cinquenta e sete,...).
Lista de numerais ordinais:
- 1.º – primeiro
- 2.º – segundo
- 3.º – terceiro
Este outro conceito também está à nossa disposição na internet.
E é muito comum vermos esta forma de escrita no dia-a-dia.
Afinal, qual é o certo?
Desde quando o "sublinhar" passou a não obrigatório conforme a primeira definição? Nunca foi obrigatório e ninguém me falou que não era? Mudou? Mudou quando? Alguém falou alguma coisa quanto a esta mudança?!
Não me lembro de terem me falado.
E quando foi que passou a valer conforme a segunda definição (só a letra)?
Afinal qual é a forma certa?
Tudo é certo?
Em outros tempos, pra mim, um número acompanhado de um "o" minúsculo se referia a temperatura (graus), e não posição (número ordinal).
Tudo é certo hoje em dia? Fizeram o que com a gramática? (rsrs)
Deixa pra lá. Acho que estou é ficando velho mesmo.
Desatualizado já estou. (rsrs)
Quanto à palavra virtual, não que ela tenha assumido outra conotação e tenha se tornado sinônimo de real, não é isso. Até porque ela está, ainda, como sempre foi - real como sinônimo de verdade, virtual como de mentira, como de falso, de ilusão, de reflexo.
vir·tu·al
(francês virtuel, do latim medieval virtualis, do latim virtus, -utis, qualidades do homem, coragem, energia, valor, mérito)
adjetivo de dois gêneros
1. Que existe potencialmente e não em .ação .
2. .Suscetível de se realizar ou de se exercer. = POSSÍVEL, POTENCIAL
3. Equivalente a outro. = ANALÓGICO
4. Que é feito ou simulado através de meios .eletrônicos .
5. [Física ] Que se forma num espelho ou lente, não pelos raios .refletidos , mas pelo prolongamento destes (ex.: imagem virtual).
"virtual", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/virtual [consultado em 31-03-2014].
Minha intenção em mencionar esta palavra não foi distorcer seu significado, mas, sim tentar mostrar como a realidade distorce. Incrível isso, incrível dentro de minha verdade como vou tentar explicar abaixo, mas antes, o significado de real.
re·al 2
(latim medieval realis, -e, de res, rei, coisa)
(latim medieval realis, -e, de res, rei, coisa)
adjetivo de dois gêneros
1. Que existe de .fato . = .EFETIVO , VERDADEIRO ≠ IMAGINÁRIO, IRREAL
2. Que tem existência física, palpável. = CONCRETO ≠ .ABSTRATO
3. Que é relativo a .fatos ou acontecimentos. = FACTUAL
4. Que contém a verdade. = GENUÍNO, VERDADEIRO ≠ ARTIFICIAL, FALSO, ILUSÓRIO
5. [Direito ] Relativo a bens ou coisas e não a pessoas. = MATERIAL
6. [Economia ] Que não corresponde a um valor definido e tem em conta, por exemplo, o poder de compra e a inflação (ex.: salário real). ≠ NOMINAL
substantivo masculino
7. Aquilo que é real. = REALIDADE
cair na real• Compreender que a realidade ou algo não corresponde ao que se tinha idealizado (ex.: queria comprar um carro, mas caiu na real quando viu o preço.
re·al 1
(latim regalis, -e)
(latim regalis, -e)
adjetivo de dois gêneros
1. Do rei ou a ele relativo. = RÉGIO
2. Próprio de rei ou da realeza. = REALENGO, RÉGIO ≠ PLEBEU
3. Que está sob a alçada do rei ou da rainha (ex.: real academia).
4. Digno de um rei, pelo fausto ou pela dimensão. = MAGNIFICENTE, MAGNÍFICO, .SUNTUOSO ≠ RELES
5. Diz-se de certas espécies de animais, notáveis pela sua beleza ou grandeza.
substantivo masculino
6. [Economia ] Unidade monetária do Brasil, divisível em centavos.
7. [Numismática ] Antiga unidade monetária portuguesa e brasileira. (Plural: réis.)
não ter real• [Informal] Estar desprovido de dinheiro.
re·al 3
(alteração arraial)
(alteração arraial)
substantivo masculino
[Antigo] O mesmo que arraial.
"real", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/real [consultado em 31-03-2014].
Em outros tempos, a palavra "virtual" era encontrada em dicionários sem referir-se à realidade virtual, ou virtual a referir-se a computador. Até porque não existia computador.
Referia-se, basicamente, à imagem que vemos no espelho (que não é uma imagem real). Incrível isso, não é não? Saber que a imagem que você vê no espelho não é sua verdadeira imagem!
Que nós passamos nossa vida nos olhando no espelho achando que aquela é nossa imagem. Mas, não é. Rsrs
E não é.
É uma imagem virtual, não é uma imagem real.
Como assim?!
De quem é a minha imagem que aparece no espelho? Não é minha imagem? É de quem? Do Papa? (rsrs)
Não que não seja sua imagem, mas, só não é sua imagem real. É uma imagem diferente do que você, realmente, é. É uma imagem virtual sua.
É uma imagem sua que não é a sua imagem. (kkkkk... agora foi demais, agora fui longe. Não fui?)
E quer saber mais? Nunca veremos a imagem real de nossa própria face. Nunca.
Aí eu fui longe demais mesmo, né?! (rsrs)
Explico. Veremos a imagem real de nossas mãos, de nossos pés, joelhos. Mas, nunca veremos a imagem real de nossas costas, de nossa cabeça, de nossa face, de nosso sorriso. Outros verão, nós não.
Imagem real é aquela que vemos sem subterfúgios, a que vemos sem precisar de lentes, de telas de computador, sem precisar de espelhos. Todas que vemos com auxílio de algo, de uma superfície para refletir, de um computador, de uma foto, todas essas são imagens virtuais. Virtuais, de mentira mesmo pois, não são nossa verdadeira imagem. Exemplo: a imagem no espelho é a imagem invertida de nossa face:
A imagem que vemos em uma foto não é mesma que vemos no espelho (são invertidas entre si também).
Ao final do texto faremos uma brincadeira para provar isso.
Acho que nossa confusão quanto a isto (se é que alguém ficou confuso quanto a isso que acabei de falar - rsrs) deve-se, basicamente, ao fato de não havermos estudado/conhecido esse assunto (Óptica) no decorrer de nossas vidas. Mas, não que isso seja lá grande novidade pois, afinal, o que não falta no decorrer de nossas vidas são assuntos e conhecimentos que nunca ouviremos falar.
O que fiz aqui, agora, foi só uma provocaçãozinha para vermos o quão surpresas podem estar tão perto de nós, e nós nem percebermos.
Há mais coisas entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia - Shakespeare
Você já tinha parado pra pensar que a imagem no espelho não é sua verdadeira imagem?
Já tinha parado pra pensar que passamos pela vida sem nunca conhecermos nossa verdadeira imagem?
Incrível não é?! Parece bem o que falado por Shakespeare - coisas que vão além de nossos pensamentos/conhecimentos.
Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara já
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...
Não Vou Me Adaptar - Parte
Titãs
Em outros tempos, recém formado em nível médio, ingenuamente, sonhei entrar na faculdade/universidade. Ingenuamente pois, na minha condição social da época, a possibilidade de um curso superior apenas poderia se dar se eu conseguisse ingressar em uma faculdade/universidade pública. Ocorre que não era fácil.- Só havia uma universidade pública com poucas, e muito concorridas vagas, as quais só se podia conquistar através de concurso vestibular;
- Era considerada a melhor universidade e, por causa disso, o sonho também dos ricos (melhor preparados).
Uma realidade que vou falar melhor daqui a pouco.
Ingenuamente, dentro daquela realidade, quando vi que não iria conseguir ingressar, após termino do segundo grau ingressei em um curso pré-vestibular. Foi quando descobri que nada sabia.
Foi desesperador.
Incrível a gama de conhecimentos e informações que eu precisaria aprender e dominar para conseguir passar na prova. Não consegui.
Consequentemente, protelei meu sonho de fazer meu curso superior.
Naquela ocasião (depois de uma vida inteira de conhecimentos adquiridos até a conclusão de meu segundo-grau que nada me valeriam quanto ao vestibular - veremos abaixo) tive a oportunidade de estudar uma parte da Física, chamada Óptica.
http://www.brasilescola.com/fisica/optica.htm
Óptica é o ramo da física que estuda os fenômenos relacionados à luz. A óptica explica os fenômenos da reflexão, refração e difração. O estudo da óptica divide-se em duas partes:
Óptica geométrica: nessa parte são estudados os fenômenos ópticos relacionados às trajetórias seguidas pela luz. Para isso é necessária a noção de raio de luz e as leis que regulamentam o comportamento desses raios.
Óptica física: é a parte da óptica que estuda os fenômenos ópticos, levando em conta a teoria sobre a composição da luz.
Essa parte da física é muito presente no cotidiano, sua aplicação vai desde o uso dos óculos ao uso dos mais eficientes e sofisticados equipamentos utilizados para pesquisas científicas como, por exemplo, os aparelhos de telescópio e microscópio. São algumas das aplicações da óptica:
- Na correção de defeitos visuais;
- Na construção de instrumentos de observação como, por exemplo, os telescópios e microscópios;
- Em câmeras fotográficas e na cinematografia.
Entre muitas outras aplicações.
Por Marco Aurélio da Silva
Foi quando tive a noção de real e virtual.
Um virtual muito antes de qualquer assunto relacionado a computador ou a noção de virtual conforme conhecemos hoje em dia.
Penso quantos de nós não tivemos a oportunidade de estudar essa e outras matérias necessárias ao vestibular daquela época. Sacanagem.
Os mais simples, os que mais precisariam aprender aquele, e outros assuntos importantes, com vistas ao único vestibular, com vistas à única forma de ingresso à única universidade pública, eram tirados do páreo por serem obrigados, desde cedo, a terem de aprender, a terem de se preparar para o mercado de trabalho e não para poderem continuar a estudar e se formar no curso superior. Eram sujeitados a um ensino tecnicista massificador instituído pelos governos militares. Dois Brasis - a massa sujeitada ao ensino público a se sujeitar a um ensino patrocinado pelo governo com vistas a formar técnicos, serventes ao interesse econômico sob a forma de engrenagens necessárias a fazer o país funcionar e, do outro lado, a nobreza vacinada, com seu dinheiro, contra o engodo governamental, a poder escolher que caminho seguir, a poder escolher o tipo de doutores que gostaria de ser. Chance de sermos doutores que de a nós outros era tirada desde cedo em nossa existência sem que se quer percebêssemos ou tivéssemos chance, ou iluminação, para repudiar. Que chance um menino pobre teria de ter diferente destino que não um empreguinho? Claro que há exceções.
Mas, de um mondo geral, o que vi foi fracasso. Um atraso social imenso e incrível de uma geração (a minha) sem chance para um destino melhor, sem força/conhecimentos necessários a um destino mais nobre, digamos assim. E, assim mesmo, felizes os (como eu), em meio à uma massa imensa de analfabetos ou de desistentes, felizes os raros que conseguiram terminar o segundo grau, os como eu que conseguiram terminar.
Foi na Óptica que aprendi o que falamos até agora quanto à imagem, quanto à virtual, real.
Interessante. Ali minha visão mudou e o que aprendi me acompanha até hoje.
Interessante o conhecimento. O como é bom aprender e, através das informações, como vamos mudando e moldando nossas formas de pensar para sermos o que nos agrada. Para nos tornarmos o que nos agrada.
Nesse aspecto penso o quanto somos um país atrasado. Um país que não investe, que não se preocupa.
Não se preocupa com nada. Tudo aqui é preocupante pelo fato de nada ser levado a sério do jeito que deveria. Um país marrom (marrom menos (rsrs)). Rir pra não chorar, mais ou menos em tudo, quando não muito menos que mais. Agora mesmo, vejo com muita tristeza esse advento da Pasadena.
Pasadena? Que Pasadena?
Pois é. Fico pensando até que ponto é do interesse do poder a ignorância do povo.
Como quão sempre fomos sub. Um povo subdesenvolvido, subinformado na intenção de melhor ser subjugado, de melhor ser subordinado, subalterno, sub. Uma pena.
Ao invés de um povo melhor preparado para se fazer forte frente a qualquer povo, um povo sub para melhor atendimento das querências dos poderes internos do país. Atendimento dos interesses do poder, mas, prejuízo para todos nós.
Está melhorando, ainda bem (hoje não ouvimos definirem-nos como subdesenvolvidos, país subdesenvolvido - expressão tão comum de ouvirmos em outros tempos. Foi bem mais forte, mas, ainda vemos muito descasos ante todas as nossas necessidades, principalmente, quanto a educação).
Hoje até que vemos muitas ações quanto à se possibilitar a melhora da qualidade de vida do cidadão a partir da educação. Ainda bem.
E que melhoremos cada vez mais. Espero.
Pasadena - Uma vergonha nacional?
Vai ver que não. Tomara que não seja verdade. Tomara que, mais uma vez, não tenham aprontado com a gente, com nosso povo, com nosso país.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/03/autoridades-de-pasadena-cobram-milhoes-da-petrobras-na-justica-dos-eua.html
O negócio
A compra da refinaria vem criando mal estar no governo e dentro da Petrobras. O negócio levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação – mas ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.
Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.
Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.
A presidente Dilma afirmou, após a abertura de investigações no Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público, que só aprovou a compra dos primeiros 50% porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era "falho" e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal.
Falo com tristeza por viver na carne esse desmando acima, (eu enquanto brasileiro, como nós todos milhões de brasileiros).
Mas, não quero falar mal de nosso país. Vejo um país melhorando, quero acreditar nisso.
Quero acreditar nisso.
Pelo menos não nos vejo, não vejo nosso país, como o abaixo:
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/03/26/ditador-da-coreia-do-norte-impoe-o-proprio-corte-de-cabelo-aos-homens-do-pais.htm
Ditador da Coreia do Norte impõe o próprio corte de cabelo aos homens do país
Tenha dó.Um rapaz novo, recém chegado ao poder. Uma pessoa que mata, que faz sofrer.
Um ditador que impõe, inclusive, um único corte de cabelo para toda uma nação.
Que nós nunca mais venhamos a viver uma ditadura.
Que nós nunca mais venhamos a viver uma ditadura:
http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/por-21-anos-nossos-sonhos-foram-calados-diz-dilma-sobre-a-ditadura
'Por 21 anos nossos sonhos foram calados', diz Dilma sobre a ditadura
Presidente relembrou os 50 anos do golpe e exaltou avanços da democracia em discurso para anunciar construção de ponte no Rio Grande do Sul
Dilma disse ainda que o brasileiro aprendeu o valor da liberdade, de poderes legislativo e judiciário independentes, além do valor da liberdade de imprensa e de eleger pelo voto direto e secreto. Nesse ponto, a presidente fez referência ao próprio mandato e dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso: "Aprendemos, por exemplo, o valor de eleger um ex-exilado, um líder sindical que foi preso várias vezes e uma mulher que também foi prisioneira", disse.
Dilma lembrou as manifestações de junho de 2013 e disse que o Brasil teve um diferencial por não abafar os fatos. A presidente prestou ainda uma homenagem às vítimas da ditadura dizendo que é preciso lembrar e contar o que aconteceu. "Devemos isso a todos os que morreram e desapareceram. Devemos aos torturados e aos perseguidos. Devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros", afirmou.
A presidente disse que reconhece e valoriza os fatos políticos que levaram à redemocratização, um processo que, segundo ela, foi construído passo a passo durante cada um dos governos eleitos depois da ditadura.
"Se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulos, se existem túmulos sem corpos, nunca pode existir uma história sem voz", ponderou. "Quem dá voz à história somos cada um nós que afirma, protege, respeita e amplia a democracia em nosso País", concluiu a presidente.
Palavras. Como que palavras, assim como tudo, como músicas, roupas, formas de pensar, como tudo pode entrar ou sair de moda? Palavras também, palavras que de uma hora pra outra passam a fazer parte de nosso dia-a-dia: virtual, globalização, viral..., novos idiomas ou dialetos.
Quem diria há um tempo atrás que a palavra você se tornaria vc? E isso porque você já era abreviatura de vosmicê. rsrs
Onde vamos parar? Sabe-se lá como era a palavra você antes de vosmicê: Vossa Micê? rsrs
Aonde vamos parar? Em que ponto, por exemplo, essa palavra chegará? Simplesmente "c"? rsrs
E depois disso? Abreviar pra onde? rsrs
Talvez estejamos pertos, finalmente, da tão sonhada comunicação não verbal, da comunicação telepática talvez. Onde se bastará um olhar, uma forma de agir, ou uma expressão facial, para dizer vc. Assim como para se dizer qualquer coisa, se dizer qualquer coisa sem se ter necessidade de se dizer nada, se dizer tudo sem se dizer nada. Como na linguagem do amor, como a linguagem dos anjos.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
Monte Castelo - Parte
Legião Urbana
A música acima faz menção a uma passagem bíblica que fala da linguagem universal, a que a tudo e a todos entende, a língua dos anjos.1 Coríntios 13
como o metal que soa ou como o sino que tine.
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor, nada seria.
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
não se ensoberbece.
havendo ciência, desaparecerá;
mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Há muito tempo atrás tive a oportunidade de estudar (naquela ocasião) uma matéria (Óptica) que bem poucos de minhas geração (geração jovem do Brasil, estudantes de escolas públicas dos anos 80 (rsrs. Antes até podíamos falar assim - anos 80, hoje estamos em outro milênio onde, daqui a pouco, haverão outros anos 80, e não poderemos mais falar mais com tanta simplicidade "anos 80", anos 80=década de 80=os 80 dos anos 1900, ou seja, dos anos 1980). Naquela ocasião, governo militar voltado ao controle, voltado à massificação nada democrática, naquela realidade o governo impunha a educação tecnicista. Queria uma massa técnica, pessoas com formação técnica (contabilidade e administração principalmente). A intenção era a ocupação da mente, a profissionalização rápida em busca do desenvolvimento, e só.
Não se queria a massa pensando demais. E se essa viesse a pensar, que pensasse o que o governo queria que pensássemos, e só. Nada de muitos intelectuais, não.
Pra se ter uma ideia, outras matérias ensinadas nos finais dos segundos graus (extinto segundo grau que depois (no governo civil passou se chamar curso médio - eterno faz e desfaz dos governos, sempre mudando ou não dando continuidade ao que os antecessores faziam ou julgavam importante, nada muda. É a mesma coisa até hoje, mesmo entre governos civis e seus sucessores, sempre reinventando a roda e alardeando como se fosse novidade e com isso perdendo a oportunidade de um progresso mais rápido, apenas por causa do ego, ou seja, deixa-se para trás boas ideias apenas por não serem os pais e, assim sendo, reinventam (ou simplesmente mudam o nome) num eterno progresso que poderia ser muito mais rápido do que é. Mas que, ainda assim, progredimos, ainda bem). Pois bem, naquela realidade militar tecnicista, outras matérias ministradas nas escolas públicas eram PIL - Práticas Integradas do Lar (rsrs. Práticas integradas do lar, práticas do lar ensinada na escola), claro que eram úteis. Aprendíamos a como nos comportar em casa, como fazer, o que fazer em casa, mas, tenha dó.
Outra matéria era PCS - Práticas Comerciais e Serviços (o nome já diz tudo, certo?), para aprendermos a ser comerciantes.
Outra era OSPB - Organização Social e Política Brasileira. Extinta (pelo menos com essa nomenclatura), mas, até importante. Apesar de rezar somente a cartilha do interesse da força (basicamente história brasileira contada, claro, de acordo com a dogmatizada, de acordo com o interesse de quem podia), ao povo, claro, o obedecer. Essa matéria até que era boa. Por menos que fosse o que gostaríamos de ouvir, o que deveríamos ver e ouvir, ainda assim, nos despertava mesmo que minimamente quanto a questão do direito, nos lembrava o hoje nosso curso de Direito, mesmo que minimamente. De organização social, claro que o social que queriam que conhecêssemos, somente, da forma que queriam que conhecêssemos e quanto a palavra "política" (que política?). Nada de política durante o governo militar, nada..
Outra matéria também ensinada era EMC - Educação Moral e Cívica. Essa sim, a cara do militarismo - Educação Moral e Cívica. Boa para disciplinar.
Naquele tempo, tempo em pé sob o sol a cantarmos o Hino Nacional. Nem sei se existe isso hoje em dia a não ser em colégios militares. Disciplina.
O que se falar a respeito de disciplina? Disciplina aprendida sob o militarismo se continuada nos apresentaria uma realidade melhor hoje em dia? Talvez.
O fato é que ninguém é dono da verdade, assim como nenhuma forma de poder é dona da razão. Todos erram. Todos erram a qualquer tempo.
O poder corrompe - Maquiavel. Filósofo italiano nascido em 1469.
Incrível como erros nossos estão presentes em todos os nossos tempos. Refletem-se em nossa arte (nossa parte virtual) assim como sempre presente em nossas vidas (nossa parte real):
Eu presto atenção no que eles dizem
Mas eles não dizem nada (Yeah, yeah)
Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada
(Yeah, yeah)
E eu começo a achar normal que algum boçal
Atire bombas na embaixada
(Yeah yeah, uoh, uoh)
Mas eles não dizem nada (Yeah, yeah)
Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada
(Yeah, yeah)
E eu começo a achar normal que algum boçal
Atire bombas na embaixada
(Yeah yeah, uoh, uoh)
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer
Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada
(Yeah, yeah)
Toda forma de conduta se transforma numa luta armada
(Uoh uoh)
(Yeah, yeah)
Toda forma de conduta se transforma numa luta armada
(Uoh uoh)
A história se repete
Mas a força deixa a história mal contada
Mas a força deixa a história mal contada
Toda Forma de Poder - Parte
Engenheiros do Hawaii
Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada
Toda forma de conduta se transforma numa luta armada
A história se repete
Toda forma de conduta se transforma numa luta armada
A história se repete
Mas a força deixa a história mal contada
É fácil uma nação, um regime político se perder dentro de seus ideais e com isso distorcer verdades, fazer de suas verdades as verdades que devem ser seguidas mesmo que não acreditadas. Seguidas pela imposição da força (do mesmo jeito que ainda vemos hoje em dia em nosso país quanto a casos de extremismos efetuados por forças policiais, militares ou não, em nosso país). Ainda hoje. Quantos Amarildos não estão por aí, e não aparecem (ou pior, desaparecem) a cada dia vítimas de maus policiais?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Amarildo
Amarildo Dias de Souza (Rio de Janeiro, 1965/1966) é um ajudante de pedreiro brasileiro que ficou conhecido nacionalmente por conta de seu desaparecimento, desde o dia 14 de julho de 2013, após ter sido detido por policiais militares e conduzido da porta de sua casa, na Favela da Rocinha, em direção a sede da Unidade de Polícia Pacificadora do bairro. Seu desaparecimento tornou-se símbolo de casos de abuso de autoridade e violência policial. Os principais suspeitos no desaparecimento de Amarildo são a própria polícia ou traficantes da comunidade.
Biografia
Morador desde que nasceu da favela na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, Amarildo era o sétimo de 12 irmãos e filho de uma empregada doméstica e de um pescador. Analfabeto, só escrevia o próprio nome e começou a trabalhar aos 12 anos vendendo limão. Casado com a dona de casa Elizabeth Gomes da Silva e pai de seis filhos, com quem dividia um barraco de um único cômodo. Conhecido como "Boi", trabalhava como pedreiro e fazia biscates na comunidade.
Desaparecimento
Entre os dias 13 e 14 de julho de 2013, uma operação batizada de Paz Armada mobilizou 300 policiais na Rocinha e prendeu suspeitos sem passagem pela polícia, logo depois de um arrastão ocorrido nas proximidades da favela, e de acordo com a polícia, 30 pessoas foram presas, entre elas Amarildo. Ele havia acabado de voltar de uma pescaria e foi detido e conduzido por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha na noite do dia 14. Liberado após poucos minutos na delegacia após concluída a averiguação na UPP da Rocinha, desde então não se conhece o paradeiro do pedreiro. Dois dias depois, a família registrou o seu desaparecimento.
Investigação
Segundo a versão da polícia, os PMs teriam confundido Amarildo com um traficante de drogas com mandado de prisão expedido pela Justiça. A própria polícia ou traficantes da comunidade são os principais suspeitos do desaparecimento de Amarildo.
Na noite em que foi detido, duas câmeras diante da UPP tiveram problemas e o GPS dos carros de polícia estavam desligados. Responsável pelas duas câmeras da UPP, a Emive constatou que elas estavam queimadas e alegou que falhas são frequentes em redes elétricas instáveis. No entanto, das 84 câmeras na Rocinha, apenas as da UPP apresentaram problemas naquela noite.
A polícia civil foi informada de que um corpo tinha sido encontrado na comunidade da Rocinha e os agentes foram procurá-lo, mas constataram que não era de Amarildo.
Repercussão
O caso de Amarildo virou um símbolo de desaparecimentos não esclarecidos pela polícia. A campanha “Onde está o Amarildo?” foi iniciada nas redes sociais, especialmente pelo Facebook, com o apoio de movimentos como as Mães de Maio e da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência. Foram organizados atos por moradores da Rocinha, contando com a participação da sociedade civil. A repercussão aumentou, artistas como MV Bill, Wagner Moura e Caetano Veloso manifestaram-se publicamente, assim como a Comissão da Verdade fluminense O desaparecimento também passou a ser conhecido internacionalmente, desde a Anistia Internacional ao Financial Times
O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral recebeu a família de Amarildo e prometeu “mobilizar todo o governo” para encontrá-lo. A família do pedreiro entrou no programa de proteção à testemunha.
Outro dia, em mais outra blitz (batida policial) que tive o desprazer de vivenciar (incrível como o cidadão é mal tratado neste país. Sendo mulher até que não, mas, macho! Macho que não é polícia! Não queira nem saber), desta vez tive a oportunidade de testemunhar um fato inusitado.O policial se dirigiu desrespeitosamente ao cidadão, com destratamento de cunho racista por causa do fato de o abordado ser negro, situação piorada por causa do lugar e do horário da ação (creio que na mentalidade do policial, hora e local de estarem bandidos). A situação piorou, ainda mais, quando o policial viu que o abordado estava armado. Foi quando ele (o cidadão abordado) falou:
- Espera aí. Você está pensando que está falando com quem, soldado? Considere-se preso, sou sargento da PM.
Caramba!
Que lição!
O mal policial foi levado preso e o Estado ainda foi processado.
Ah! Que seria se todos nós fôssemos policiais nessa hora?
Que bom seria se o pobre do Amarildo, irmão de onze e pai de seis, fosse policial nessa hora. Será que ele teria desaparecido?
Já passei raiva nessas ações, na condição de cidadão, por mais de uma vez. Já perdi a conta.
Uma sensação de impotência, de repugnância, de desproteção, que não tem tamanho. Uma vergonha.
Uma vergonha nacional, talvez fruto de uma parca cultura, talvez fruto de nossa pouca cultura, de nossa pouca verdadeira educação (quando a temos). Um dia talvez haveremos de nos melhorar também nesse aspecto, talvez. Vamos sim, acredito nisso.
Melhoramos sempre, graças a Deus.
Numa de minhas últimas abordagens fui abordado nem eu mesmo acredito por que.
Você sabe por quê? Você não vai acreditar.
Disse o policial:
- O senhor por que eu o parei?
Eu, ingênuo como sempre, falei:
- Não. Talvez porque eu tenha feito algo errado.
Ele disse:
- Não. Eu parei o senhor porque o senhor poderia ter me evitado, poderia ter ido por outro caminho e não o fez.
Eu fiquei puto. Na hora fechei a cara e falei:
- Vê se eu estou aqui pra ficar fugindo de polícia. Eu não sou bandido.
O policial perdeu até o rebolado.
De cara fechada entreguei os documentos solicitados, e quando liberado (até porque não tinha nada errado) fui embora sem nada falar. Como eu disse - Errado até que se prove o contrário.
Eu e minha bendita ingenuidade. Caramba! Nunca pensei ser parado por um motivo deste, nunca pensei haver algo igual. Nunca.
Outra vez eu vinha curtindo o dia em minha moto. Curto muito o dia. Ainda mais em cima de minha moto.
Como são belos os dias, o céu azul, o cheiro das plantas, o vento da manhã. Gosto muito.
Vinha eu e minha moto numa boa, devagar, curtindo. Ao longe, à minha frente, um carro apareceu. Começou a crescer vindo pelo lado esquerdo da pista (reparei tratar-se de uma viatura policial).
Tudo estaria certo se aquele bendito (carro) continuasse lá no lado esquerdo. Foi quando eu percebi que o troço estava crescendo, vindo em minha direção, à minha frente, ao meu encontro na minha mão.
Olha! Não tenho palavras para expressar minha indignação. Não tenho mesmo.
Se eu não tivesse parado bruscamente, o troço teria acabado com minha raça. E de minha moto também.
Isso lá é jeito de se abordar alguém?
E o tratamento que veio depois? Tratamento não. Aquilo não se faz nem com animais.
Ao final, depois de revirarem minha mochila e verem que só tinha tralhas (me revirarem também), moto em bom estado e documentos em dia, eles se desculparam, agradeceram, e me desejaram um bom dia.
Agora você vê! Se desculpam por quê? Não estão apenas fazendo seu trabalho? Se o fazem bem feito não há razão para se desculparem. Se se desculpam, o fazem porque não fazem o trabalho conforme deveriam fazer. Que eme. Depois desejam um bom dia.
Que bom dia?
Um dia pra ser esquecido?
Paciência. Este é nosso Brasil. Pelo menos o meu.
Se o seu não é assim, parabéns! Que bom que existem Brasis melhores que o meu quanto a essas "experiências", que bom que existem melhores que os do Amarildo.
Poder.
A todo momento nos deparamos com ele.
A todo momento vemos o que ele é capaz de fazer, os exemplos que é capaz de dar.
Agora mesmo um de nossos partidos políticos atuais, o PC do B, teve a audácia de exaltar, de vangloriar, de se identificar com aquele déspota norte coreano citado.
http://www.averdadesufocada.com/index.php/poltica-interna-notcias-103/6317-2112-pcdob-e-o-camarada-kim-jong-ii
| 21/12 - PCdoB e o camarada Kim Jong-II |
Partido brasileiro exalta, eu juro!, “prosperidade” da Coréia do Norte e lamenta morte de carniceiro.
Vamos pôr um pouco de LUZES no debate!!!
Por Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
Um leitor havia enviado um comentário a respeito, mas não acreditei! E, no entanto, é verdade! O PC do B emitiu uma nota de pesar pela morte do carniceiro comunista Kim Jong-Il, ditador da Coréia do Norte, e de apoio a seu sucessor, nada menos do que Kim Jong-Un, seu filho. Segundo o PC do B, “o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coréia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.”
Já haviam dito muito coisa sobre a Coréia do Norte, mas nem o comunista mais tarado ousou chamar o país de “próspero”. Boa parte dos estimados 22 milhões de norte-coreanos passa fome. No campo, há relatos freqüentes de… canibalismo! Antes que eu publique a íntegra da nota dos preclaros camaradas do PC do B, exibo duas imagens. A primeira é um mapinha das duas Coréias (a comunista é a vermelha…), para que vocês possam entender a imagem seguinte.
Muito bem. Agora vejam uma imagem de satélite que registra as duas Coréias à noite. A capitalista, do Sul, hoje um dos países mais desenvolvidos do mundo, é praticamente tomada pelas luzes, sem áreas escuras. Dêem uma olha na Coréia do Norte. É o que o PC do B chama de “economia socialista próspera”.
Agora que vocês podem perceber de forma muito clara (!!!) o que é a prosperidade da Coréia do Norte, leiam a nota do PC do B. Volto para arrematar.
Agora que vocês podem perceber de forma muito clara (!!!) o que é a prosperidade da Coréia do Norte, leiam a nota do PC do B. Volto para arrematar.
Estimado camarada Kim Jong Um
Estimados camaradas do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia
Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia.
Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.
O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana, inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos.
Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il.
Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano.
Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e Ricaro Abreu Alemão secretário de Relações Internacionais do PCdoB
Encerro
Não custa lembrar que esse foi o partido que tentou fazer no Brasil a guerrilha do Araguaia. Os heróis queriam um regime como aquele liderado por Kim Jong-Il. Enquanto, por aqui, seus bravos representantes recebem indenização por sua “luta contra a ditadura” — é piada! —, na Coréia do Norte, apóiam uma tirania nuclear que mata o povo de fome e o leva a experimentar a própria carne.
O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana, inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos.
Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il.
Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano.
Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e Ricaro Abreu Alemão secretário de Relações Internacionais do PCdoB
Encerro
Não custa lembrar que esse foi o partido que tentou fazer no Brasil a guerrilha do Araguaia. Os heróis queriam um regime como aquele liderado por Kim Jong-Il. Enquanto, por aqui, seus bravos representantes recebem indenização por sua “luta contra a ditadura” — é piada! —, na Coréia do Norte, apóiam uma tirania nuclear que mata o povo de fome e o leva a experimentar a própria carne.
O comunismo, em suma, é a menor distância entre o canibalismo e o canibalismo.
Caramba!Numa nação como nosso Brasil atual que tem um lado bom, galgado na diplomacia, na aversão às armas, na medida do possível no entendimento. Num país conhecido pela beleza de seu povo, por sua alegria, por sua própria beleza, nesse país vem um partido que quer ganhar espaço e poder e se diz identificado com um tirano além mar. Caramba! Que este partido continue, no máximo, como está: pequeno e sem significância.
Temos sim também muitas belezas.
Não estou aqui só para ficar jogando pedras, não.
E nem estou aqui para jogar pedras. Nunca.
E quanto ao comunismo dito a ser combatido pelas forças militares do golpe de 64, vivi também isso na carne. Os anos 70/80, começo de meu entendimento por gente, coincidiram também com o auge e declínio do comunismo no mundo.
Não acabou, mas, sofreu um grande golpe com o fim da União Soviética e, por fim, a queda do Muro de Berlim em 1989.
Eu vivi tensões também.
Eu vivi tensões aqui em nosso país por aqueles tempos por causa do comunismo. Aqui, na capital de meu país, lugar onde nasci e que naquele instante eu ainda bem novo, via grupos com ideias e ideais socialistas/comunistas, mesmo sob o regime militar, a quererem nos aliciar.
Se apresentavam a nós sob as mais diversas bandeiras (religiões, pensamentos, ideais, promessas, ofertas) a nos prometerem mundos, coisas, realizações para suprirem nossas frustrações. Frustrações que sabiam que tínhamos e que usavam como nosso ponto fraco na intenção de fazerem nossa cabeça para nos fazerem parte de suas legiões. Me vi apertado.
Houveram situações bem estanhas que, ainda bem, consegui me desvencilhar.
Vi gente se engajando, se envolvendo para até se ir embora não sei pra onde, para nunca mais voltar. Gente que nunca mais vi.
Tomara que estejam felizes. Felizes dentro da felicidade que nos era prometida.
Tenho exemplo também de gente que se tornou o que eu não gostaria, o que eu não quis, o caminho que eu não quis. Meu colega. Vi-o há um tempo. Não gostei do que vi.
Ainda bem que não segui aquele caminho.
E não que eu seja o dano da razão ou da verdade. Não mesmo.
Não que sejamos donos da razão ou da verdade, mas, fico aliviado por não sermos uma Cuba ou uma Coréia do Norte, fico mesmo.
Fico aliviado por ter perdido contato com aquele mundo de seitas e organizações. Está certo que cresci, tornei-me adulto e vacinado por assim dizer, mas, até onde sei, não tenho mais visto aquelas organizações. Fico feliz por nossos jovens.
Fico feliz por meus filhos. Por não estarem a mercê de tais ideais. Fico mesmo.
Não vejo isso neles e nem ando vendo em ninguém essa possibilidade de contato com essa linha de pensamento. Pode até ser que ainda existam. Que existam, mas, nunca mais vi. Ainda bem.
Por outro lado vejo hoje em dia algo que eu não via em meus tenros tempos, vejo jovens a mercê de religiões picaretas. Religiões que se proliferaram muitissimamente, diferentemente dos tempos do começo de minha vida onde poucas eram as religiões. Isso me preocupa. Seitas, igrejas, templos onde, se dizendo em nome de Deus, agora modernizadas (algumas têm até lojas comerciais em suas instalações, aceitam cartões na hora das doações (vendem o perfume de jesus Cristo - essa pra mim foi demais)) aplicam técnicas de marketing, de artes cênicas. Pastores, profetas, párocos, ou sejam lá quais outros títulos em que se autodenominem, pessoas a manipularem mentes.
Está certo que o que vejo não é, digamos, novidade: no decorrer de todos os nossos tempos, de toda a nossa história, sempre houve essa balela de líderes e liderados, sempre houve essa balela quanto ao poder, essa necessidade em que uns se colocam como que necessitando serem liderados, enquanto outros, espertos, os que percebem isso, se aproveitam, crescem em conhecimento, preparo, munem-se, aproveitam-se por vezes de seu próprio carisma pessoal, fazem-se líderes.
Fazem-se líderes dizendo agirem em nome de Deus, mas, usurpam, enganam, distorcem ensinamentos divinos em prol de seus próprios interesses (dinheiro). Dinheiro, sempre dinheiro.
Conforme o pensamento capitalista: O dinheiro é a mola que move o mundo.
Capitalista vindo de capital, capital que significa dinheiro, capital que origina Capitalismo.
Capitalismo - a outra linha de pensamento, que não o Comunismo tão combatido e que foi o estopim para o golpe militar de 64.
Capitalismo ou Comunismo? Trata-se de uma queda-de-braço, uma eterna luta, uma guerra de interesses.
Capitalismo e Comunismo - Os dois são mentiras. Mentiras baseadas em promessas.
Um se diz solução com a promessa de uma sociedade sem sofrimentos, sem diferenças, uma sociedade de comuns onde há de ser tudo de todos, mas, que na realidade a parte boa fica para os governantes, restando ao povo a fome, a luta, o sofrimento.
O outro promete a possibilidade de vitória a partir da capilaridade, da diferença onde é dada a cada um a possibilidade de vitória a partir do reconhecimento. Reconhecimento que nem sempre é possível devido a muitos fatores como concorrência, desonestidade, desrespeito.
Os dois se dizem sonho, mas, podem se transformar em pesadelo.
Duas mentiras - Se um fosse perfeito, o outro não existiria. Se os dois fossem perfeitos, o mundo não teria problemas.
Se um fosse perfeito, não teria sus fronteiras fechadas para que seu povo não saísse. Se o outro fosse perfeito, não teria sua fronteira fechada para que outros povos não pudessem entrar (por mais que se diga que um país é aberto e acolhedor, este se fechará a partir do momento de os seus habitantes começarem a se incomodarem com ingresso de pessoas de outros povos que resolvam nele morar (mais concorrência, mais gente querendo comer, mais gente com quem se preocupar, dividir).
Dois sistemas mentirosos criados pelo homem e, por consequência, falhos. Em ambos, a possibilidade de sofrimento, em nenhum o nosso direito de nos revoltarmos.
Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima
Das circunstâncias
Toda Forma de Amor - Parte
Lulu Santos
Rsrs. Interessante o destino. Essa música, pensada em outros tempos, tendo sua letra coincidindo aqui, agora, com essas que estas outras, o mesmo pensamento. Pensado por pessoas e tempos diferentes, contextos diferentes (ele fez a música reportando-se à uma mulher). Interessante também o título - enquanto falamos em formas de poder, ele fala formas de amor. Achei legal.Quanto às realidades a nós apresentadas, mesmo que estejamos em uma realidade que não nos agrade, ainda assim é porque lá temos de estar. Nada existe por acaso, nem a dor, nem o sofrimento, nem a morte pois, até esta só acontece conforme desígnios celestes:
E acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela.
Zacarias 13:8
Claro que se estivermos de uma forma, em um lugar, circunstância, que não nos agradar, hemos de fazer nossa parte, fazer de tudo para mudar, mas, não com revolta, não com vingança, mas, sim com resignação, com esperança, com fé, oração e luta (luta no sentido que for necessário, mas, sempre baseada na justiça e não na crueldade).
Eu dissesse aqui, agora, que venho de uma família de pensadores eu estaria mentindo. Na verdade venho de duas famílias de intelectuais (tanto por parte de pai como de mãe), e isso é uma verdade (rsrs).
Meu vô paterno era secretário de educação na prefeitura da cidade onde morava, uma pessoa e tanto. Deficiente dos quatro membros andava de colo em colo dos meus tios e pai, querido e educado, muito educado. Literalmente educado, mesmo com as mãos tortas era dono de uma letra maravilhosa, escritas e pensamentos divinos.
Minha vó paterna era uma administradora e tanto. Doze filhos, todos bem criados, pais de família, responsáveis. letrados, empresários, cultos, uma realização difícil de se pensar na realidade de hoje em dia. Agora mesmo, vejo colegas meus de infância com filhos mais velhos ou de idades parecidas com as dos meus. Considero-me afortunado, abençoado, feliz a partir do momento que vejo os meus dois cada vez mais bem encaminhados, mas, quanto aos de meus colegas de outros tempos, nem tanto. Fico sabendo de notícias tristes quanto aos jovens (de repente já nem tão jovens mais) às voltas com problemas com a justiça, problemas mesmo. E isso considerando que, a partir de minha geração, a quantidade de filhos por família caiu drasticamente, é comum vermos apenas dois, ou no máximo três, por família. Imagine minha vó com doze e todos eles pessoas de bem. Nem sei o que dizer.
Minha vó materna era um poço de cultura, mesmo não sendo letrada. Sabia tudo de tudo, tudo da vida, plantas medicinais, doenças, curas, comportamento, ditados, ensinamentos mil que a vida lhe havia apresentado e que ela, sabiamente, usou até o fim em prol do bem de nós todos. Uma mulher e tanto. Detalhe: meus avôs maternos eram adotivos. Dos biológicos falarei em outro texto, outro contexto, um texto que pretendo realizar logo voltado a prazeres e consequências. Provavelmente, o título será Drogas (estou pensando e teno muito o que falar).
Já meu vô materno, esse sim, é quanto a ele que eu queria falar aqui, agora, e contextualizar vida (mesmo dos comuns) com o poder. Poder que tanto estamos falando aqui - comunismo, capitalismo, militarismo, democracia, golpe, etc.
É como eu disse e penso. Penso que ideologia é algo pra se ter no intuito do sentido da própria vida (ideologia, eu quero uma pra viver - Cazuza).
Feliz de quem consegue uma. Creio que a felicidade na vida passa pelo sucesso dos mais diversos setores da mesma, como por exemplo: sucesso no amor (ninguém nasceu pra viver só, não acredito no sucesso completo sem amor), no negócio (trabalho, mesmo que na condição de empregado), estudo (é bom ter ciência da realidade para se tomar as melhores decisões), fé (esta é demais. Creio só acharmos paz quando nos encontrarmos a nós mesmos, senão, somos somente uns perdidos). E por aí vai.
Quanto à ideologia, creio corrermos o risco de nos perdermos. é nesse ponto que acontece o ditado: O poder corrompe.
E corrompe mesmo.
Seja o corrompido, o líder, a partir do momento que passa a se valer da posição para instituir sua própria vontade em detrimento do bem de outros, ou pelo fato de se aproveitar dela para seu enriquecimento ilícito (no livro A Caminho da Luz vemos uma passagem que diz de reis que sofrerão muito na condição de mendigos devido à suas más gestões enquanto monarcas. Essa é uma linha de pensamento. Está certo que nem todos acreditam nisso, porém, há os que acreditam em inferno, o que de certa forma, seria mais ou menos a mesma coisa, a partir do momento em que, nos dois casos, se estaria pagando por erros).
Ou sejam os corrompidos, também, os seguidores que, aproveitando-se da condição de fortes por quanto da união de seus grupos, linhas de pensamentos, organizações, se fazem voz da justiça falha, uma justiça que importa, somente quando vai ao encontro de seus próprios interesses, em detrimento da verdadeira justiça. É muito comum vermos isso. E é muito comum vermos isso seja em que lado for que esteja da justiça, seja na condição de bandidos propriamente ditos, ou, na condição de falsos moralistas, poderosos corruptos, desonestos, ou seja, também bandidos.
Nesse ponto que eu queria chegar, falar de vô materno, falar de poder.
Meu vô materno era um letrado sem letra (sem títulos), um poço de cultura. Era poeta.
Ganhava a vida com literatura de cordel. Pra quem não conhece, trata-se de livros pequenos de leitura rápida e prazerosa, geralmente, tratando de assuntos atuais (até hoje existem. é fácil vê-los em bancas de revistas. Difícil, no entanto, cada vez mais, é ver bancas de revistas (rsrs). Assim como os jornais impressos, e todo o tipo de escrita impressa (inclusive livros de cordel), estão cada vez mais raros devido, claro, à internet. Não vejo isso com melancolismo, saudosismo, vejo como mudança, vejo como natural. Penso num tempo, cada vez mais próximo, onde nada mais de papel, ainda bem. O planeta agradece. E a coluna dos estudantes também).
Nascido em 1905, meu vô Zé Vieira viveu num Brasil que nunca mais veremos (ainda bem). Um país de grandes misérias advindas das mais diversas fontes desde:
- A corrupção de governantes (corrupção que não se tinha condição nenhuma de combater devido à fraqueza da democracia dominada pelo coronelismo, até ao fato de não se ter recursos, nem tecnologia para uma fiscalização eficaz das gestões, das más gestões);
- Fatores climáticos como, por exemplo, a seca eterna, avassaladora, e incombatível do Nordeste. Que bom que hoje em dia já quase não vemos mais tanto sofrimento. Bom pelo fato de não vermos por sabermos que este está cada vez mais combatido. E não pelo fato de fecharmos os olhos, como sempre fizeram os governantes (maus governantes, ou pelo menos, sem recursos digamos. Comumente ficávamos sabendo de os recursos haverem sido desviados, surrupiados, roubados. Já ao povo? Sofrimento);
- Coronelismo. O poder da grana. Fosse de "coronéis" também geralmente políticos, ou simplesmente, ricos. Hoje até que não ouvimos mais tanto, mas há (veja o caso dos fiscais assassinados em Unaí-MG, ou da missionária Doroti Steng, ou do querido Chico Mendes, dentre tantos outros). Só que naquele tempo era pior. Um país de grandes massas populacionais somente no litoral e com um interior completamente largado, atrasado, onde o povo sofria todo o tipo de atrocidades impetradas pelos poderosos, muito comum os casos de mortes por causa de terras, muito mesmo.
E nessa realidade, a possibilidade das mais diversas situações perigosas (não sei se muito diferente de hoje em dia, mas, mais difícil de ser vista por causa da falta de tecnologia - santos celulares, santa internet), situações vividas pelo meu vô, um caixeiro viajante. Pra quem não sabe, essa era uma profissão - Caixeiro Viajante.
Tratava-se de profissionais a venderem seus produtos de porta em porta (hoje tem também). Mas, naquela época era debaixo do sol do Nordeste, a pé, ou lombo de jegue por trilhas e picadas, não havia automóveis, estradas, rapidez e conforto. Havia luta, sofrimento, dor.
Os pés de meu vô eram o conto vivo, o exemplo vivo de toda essa história da luta do pobre em busca do pão em uma realidade perversa, difícil, que era a realidade brasileira nordestina de meados do século vinte. Queira Deus que, realmente, tudo tenha mudado e mude cada vez mais pra melhor, sempre. Nunca vi, em minha vida, pés tão surrados, um corpo tão judiado, devido a uma realidade tão bruta, nunca mesmo. Para se ter uma ideia, ele tinha de furar as laterais internas dos sapatos novos para poder usá-los, devido aos seus enormes e doloridos joanetes.
Gente muito boa o meu vô. Não sei se por causa da vida que levou, mas, a imagem que tenho dele é de uma pessoa muito doce.
Lembro de aventuras por ele relatadas. Dentre elas, duas:
- A primeira deu-se quando com o encontro com o bando de Lampião, em meio a Caatinga. O bando de Lampião, na ocasião, até que não matou meu vô não, mas, queimou todos os seus livros antes de deixá-lo ir. Lampião, que ele só viu depois por acaso, acaso infeliz de final feliz, ainda bem. Lampião disse a meu vô que ele (meu vô) só viveria se o que ele estava dizendo fosse verdade. Lampião chamou o comparsa queimador de livros e perguntou se era verdade, o comparsa confirmou que sim (Ufa! Ainda bem.). Lampião reembolsou tudo a meu vô e deixou-o ir.
- Na segunda (eu já nascido) meu vô teve de, ele próprio, queimar todos os seus livros e não deixar à amostra nada (nem de resíduo, nem de maquinário de impressão) nada que denunciasse sua profissão aos invasores. Os invasores em questão eram milícias de militares a passarem de casa em casa na capital federal dos anos 1960 à busca de "contraventores". Contraventores, comunistas, terroristas, fossem lá o que fossem, até poetas, jornalistas, músicos, quaisquer pessoas que fossem consideradas traidores ou ideólogos contrários ao sistema político daquela época e que, por causa disso, mereciam ter apenas um destino, a morte. E morreram muitos como sabemos.
E sofreram muitos, como também sabemos (abaixo veremos um exemplo famoso - Geraldo Vandré. torturado a tal ponto, sofreu a tal ponto que hoje nega tanto seu passado, como até seu sobrenome).
E o que foi toda essa história que contei quanto aos meus avós?
Foi, principalmente, para contar esses dois momentos vividos por meu vô Zé. Neles vemos que não importa de que lado está o poder - se de mal feitores, digamos assim, Lampião e seu bando; ou se do lado da lei (no caso a lei por ocasião do Golpe Militar).
Em ambos vemos o poder corrompido. A força se fazendo vontade de quem tem em detrimento da vontade dos que nada podem. Que nem o ditado: Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Infelizmente, é o que vemos em nossas realidades por aqui, interesses. Cada um defendendo o seu, seja a que preço for, e para uns, sem limites a serem executados à busca dos seus.
Interessante essa questão das palavras. Caramba! Palavras, situações, pensamentos que nunca pensei comentar e que, de repente, encontram-se dispostas em uma intenção.
Intenção. Eis uma palavra de cunho duvidoso para quem ouve, como vemos como resultados das mais diversas intenções, a cada dia (resultados nem sempre bons como o que estamos vendo, conversando quanto ao golpe militar). Resultados nem sempre bons para intenções boas que justificam o ditado popular De boas intenções o inferno está cheio.
Quantos bons ideais, a partir de boas intenções, se perdem e se transformam em um resultado ruim? É complicado.
Onde está a falha? Creio estar ligada ao nosso lado emocional.
Creio que se fôssemos mais razão (razão verdadeira pautada em valores verdadeiros advindos de ensinamentos divinos) seriamos mais justos, seriamos um mundo melhor.
O problema está em como lidamos com a realidade e a forma como tendemos a transformá-la para atendimento de nosso próprio bem (Mas você se convence que não tem o bastante - Renato Russo). Em uma realidade de pensamentos baixos, digamos assim, egoístas, gananciosos, inveja, uma realidade como a da Terra, infelizmente, ainda muito suscetível a desmandos a partir de más gestões, vemos até os ensinamentos divinos sendo interpretados das mais diversas formas. É Complicado.
Quanto a estes dois momentos vividos por meu vô citados acima (Lampião e Golpe), por exemplo. Não consigo não enxergar aqui, agora, discrepâncias:
Acho muito interessante o fato de, perante os que todos diziam ser bandidos (Lampião e seu bando) meu vô ter escapado da morte por haver dito a verdade. Já quanto aos que se diziam a verdade (militares, governo Brasil dos anos 60), para continuar a viver, meu avô teve de mentir.
Caramba! Nunca tinha pensado nisso. Nunca tinha imaginado esse pensamento, se quer comparar esses dois episódios dessa forma. Achei lindo.
E olha só que interessante! Nunca tinha pensado nisso também. O Golpe de 64 começo no último dia de Março de 64, mas, começou mesmo no dia 1o. de Abril, dia deste texto, dia da última observação quanto a meu avô que falarei abaixo. Achei legal.
Por último, uma última observação quanto a este dois momentos de nossa história (Lampião e Golpe). Tudo é política, a verdade e a mentira quanto a cada assunto de nossa vida é sempre passível de reflexão a partir do esclarecimento.
Um golpe militar que não foi só de militar - Em 1964, houve um movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade brasileira – notadamente as Forças Armadas, o alto clero da Igreja Católica e organizações da sociedade civil, apoiados fortemente pela potência dominante da época, os Estados Unidos – ao temor de que o Brasil viesse a se transformar em uma ditadura socialista similar à praticada em Cuba, após a falha do Plano Trienal do governo de João Goulart de estabilizar a economia, seguido da acentuação do discurso de medidas vistas como comunistas na época, tais como a reforma agrária e a reforma urbana. Inúmeras entidades anticomunistas foram criadas naquele período, e seus discursos associavam Goulart, sua figura e seu governo, e o "perigo comunista" ou "perigo vermelho". Esse discurso, que até fins de 1963 ficara confinado a setores da extrema-direita, conquista rapidamente maior espaço e acaba por servir de "cimento da mobilização anti-Goulart", propiciando uma "unificação de setores heterogêneos numa frente favorável à derrubada do presidente".
(Parte - http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964)
Um bandido que para muitos não era bandido - Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Entretanto para muitas pessoas, especialmente no Nordeste, tem-se imagem de que Lampião era como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos. (Parte - http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva)
Acho lindo essa questão do escrever, do querer transmitir algo. Algo que se acredita ser bom, algo baseado numa boa intenção.
O problema está, somente, na hora em que a boa palavra ou boa intenção deixam de serem boas, passam a ser despotismo, tiranismo, traição, intenção de uns em detrimento de outros, o problema é quando o bem de uns passa a ser o mal pra outros. Por que não o bem de todos?
Por que? Por que isso? Esta aí, infelizmente, algo muito presente nessa nossa terra.
Se formos pensar que o Inferno é uma terra de maus, e o Céu de bons, pensaremos aí, em dois exemplos de ambientes homogêneos, habitados, essencialmente, por iguais.
O que vemos aqui na Terra, no entanto, é uma certa bagunça, digamos assim. Quem é mau? Quem é bom? O que é o bem? E o mal?
Por vezes, me pego a falar mal de religiões, de ações, de pessoas. Não acho, no entanto, que o que vejo seja, essencialmente, mau; nem pessoas, religiões, ou seja lá o que for.
Acho que o mal é, simplesmente, uma cegueira temporária, um se afastar do bem. O bem sim, algo verdadeiro e eterno, Deus.
Quanto às religiões, por exemplo, não que sejam, obrigatoriamente, ruins. Não é isso.
Mas, não creio ser realmente necessário que, para obter sucesso, uma religião tenha de falar mal de outra. Não vejo necessidade disso.
Assim também penso quanto à pessoas.
Haveríamos pois, de vivermos em um ambiente melhor, menos heterogêneo quanto ao amor verdadeiro, quanto ao verdadeiro sentido da vida, se fôssemos menos egoístas, se passássemos mais a nos olharmos como um todo, e não como um algo mais verdadeiro que outro só porque o outro não conluie com nossos pensamentos, nossas verdades, nossas palavras e intenções.
Passaríamos a uma realidade melhor a partir do extirpar de nossos próprios egoísmos, egocentricidades.
Passaríamos a uma realidade melhor a partir do compartilhar de idéias e ideais, verdadeiramente, pautados no real, no verdadeiro.
Passaríamos a uma realidade melhor e mais perfeita se, verdadeiramente, pautados na fé. Se, verdadeiramente, pautados em Deus.
E estamos passando. Graças a Deus.
Pessoas e instituições cegas da verdade. Que continuem seus fracos caminhos até que seus ideais falhos se extinguam e seus corações e mentes sejam Verdadeiramente ocupados (V maiúsculo a se referir a Deus).
Instituições religiosas que, falhamente, ocupam seu tempo (e desperdiçam o de seus fiéis) a falar mal de outros, ao invés de corrigir seus próprios erros. Se dizem a verdadeira igreja de Deus, em detrimento de outras que não são, em detrimento dos perdidos que são os não seus seguidores.
Que olhemos, cada um de nós, para nossos próprios umbigos, ao invés de apontar erros dos outros. Que não desperdicemos nosso tempo pois, o mundo hoje não é mais desinformado.
Estamos cada vez mais longe da hipocrisia, do falso moralismo, de falsas verdades. Falsas verdades que, conforme a bíblia, assemelham-se à casa construída em cima de areia, casa que cairá.
Uma vez ouvi que quem aponta um dedo contra outro tem os outro quatro apontando contra si mesmo. De repente, algo a se pensar. Certo? Eu acho.
Cuidemos de nós mesmos. Não queiramos cuidar da vida de ninguém.
Todos somos livres. Gostamos de ser livres e exigimos, para nós, a nossa liberdade.
Não estamos aqui para sermos mandados, humilhados, por nada, nem por ninguém. Não mesmo.
Estamos pois, para sermos todos felizes. E essa felicidade só advém do respeito, respeito verdadeiro somente se advindo de Deus e de seus ensinamentos.
Já à mentira? Que ela fale por si só, e colha seus louros. Seja a quem for (Regimes políticos, Governos, Igrejas, Pessoas...)
Um desafio: Sairmos vitoriosos dessa caixa de areia, irmos para um ambiente mais homogêneo melhor que o nosso.
Que esse seja nosso destino. De todos nós.
Poder, forças, interesses.
Guerra de interesses. Está aí algo que, de repente, vai demorar a acabar por aqui. É isso que faz da Terra um lugar diferente onde, erroneamente, buscamos a felicidade.
Se felicidade pra nós for a busca de Deus, for a busca de nossa própria elevação espiritual à busca da vitória do bem, da perpetuação da Palavra, do amor ao próximo e a nós mesmos. Se a busca de nossa felicidade estiver pautada na busca da justiça, do bem e do amor, aí eu diria que estamos bem, estamos no caminho certo, estamos buscando algo que sabemos que existe pois, é o que Deus nos ensina, nos ensina para o nosso próprio bem, para o bem de outros, para o bem maior, para algo verdadeiro. E sendo algo verdadeiro, somos fortes, nos fazemos fortes e crescemos, nos fazemos merecedores do melhor, nos completamos a nós mesmos e, assim sendo, nos sentimos bem, estamos bem - seremos a semelhança de Deus, literalmente.
Mas, se nossa busca da felicidade por aqui for pautada em valores ilusórios como poder e dinheiro, como crescimento nosso a partir da enganação dos outros, aí então estaremos perdendo nosso tempo e nossa oportunidade, estaremos fazendo o que a outra linha de pensamento (o mal) quer que façamos.
Diante de nossos olhos, vemos linhas de pensamento e de poder (Capitalismo e Comunismo, por exemplo, nenhuma das duas é grande coisa).
Talvez o Capitalismo seja justo a partir do momento que permite a qualquer um vencer a partir de seu próprio esforço, porém, o Comunismo também é bom a partir da promessa de um um ambiente sem fome, sem miséria, sem insegurança, sem morte por não atendimento médico.
Todos os dois seriam lindos se funcionassem conforme suas naturezas, mas, isso é sonho (utopia).
A mesma liberdade individual prometida pelo Capitalismo é a mesma que permite a uns ferirem, matarem aos outros em busca do atendimento de seus próprios interesses. A gana, a inveja, a cobiça, permeiam o Capitalismo e fazem com que uns façam o mal a outros por causa da busca de capital para atendimento de seus próprios interesses. Esse mal praticado a outros pode causar revolta, indignação, sentimentos de dor e de vingança que podem, por sua vez, gerarem mais sentimentos vis. Nesse ambiente, se a pessoa não tiver valores morias e espirituais fortes, pode muto bem se fazer ser a perpetuação do mal e da injustiça, e com isso a infelicidade.
Por outro lado o Comunismo vem com a promessa de um ambiente lindo onde cada um não tem muito, mas, todos têm o suficiente para serem felizes (haveriam de ter comida, paz, segurança, assistências todas e quaisquer como médica, educação, moradia, tudo). Tudo que fosse necessário para uma vida digna, um paraíso na Terra. Ocorre, porém, o que sempre vemos quanto aos regimes comunistas - Vivemos em um mundo de muitas necessidades, mas, de recursos limitados. Não que os recursos não sejam suficientes para atendimento de nossas necessidades, podem até ser suficientes, mas, têm de ser trabalhados, moldados, industrializados, modificados para poderem nos atender, e essa diferença de tempo entre o preparo e o atendimento pode gerar insatisfação (geralmente gera). O comunismo promete um atendimento que nem sempre consegue cumprir, consiste aí a sua falha - aos que estão à frente, no poder, podem ter sim suas necessidades atendidas, atendidas com mais facilidade, já ao povo, a este o atendimento poderá até vir (se vir), mas, de uma forma mais lenta.
Assim como, no nosso plano, vemos com facilidade essas duas linhas de pensamentos, "formas de poder" (entre aspas mesmo pois, se trata de algo permitido. Ambientes em que podemos estar inseridos, mas, que não podemos, não devemos nos deixar acreditar como sendo verdadeiros. Se nos deixarmos levar pelo que vemos no mundo nos perderemos). Pois bem, assim como vemos por aqui essas dua formas de poder, em um ambiente, menos tangível digamos assim, podemos perceber também interesses - o bem e o mal.
O mal, por aqui, por tudo o que vemos, é algo também permitido por Deus (tudo só acontece conforme a vontade de Deus), mas, é algo controlado onde nunca o mal será mais forte que o bem. Nunca.
Nesse ambiente (a Terra) que pode ser o que vemos, o mundo que vemos ou não, tudo pode ser permeado por interesses. E o poder, conforme o que vemos de ditadores, maus gestores, religiosos hipócritas e mentirosos, engabeladores e enganadores de um modo geral, estão todos inseridos na mesma realidade nossa onde nos cabe, a cada um de nós, a cada instante, a escolha. Um ambiente que nos permite o tempo todo sermos o que queremos ser (apesar de nem todos nós termos o que queremos ter), mas, essa realidade, permeada por necessidades em não se ter o que se quer ter, ou ser o que se quer ser, faz com que pensemos o tempo todo, queiramos o tempo todo, sonhemos, vejamos, acreditemos ou deixemos de acreditar. Uma realidade de ensinamento constante onde devemos, isso sim, percebermos e escolhermos o que queremos para nós.
Se nos perdemos e nos fazemos infelizes a partir do não conseguir a felicidade por causa do não conseguir coisas que possam nos parecer importantes, geralmente coisas ligadas ao mundo, estaremos pois nos sujeitando, nos derrotando a nós mesmos a partir do que vemos, seja pela ilusão causada por palavras enganadoras de outros (travestidos de poder regidos pelo mal), ou seja por nossa insatisfação em não termos tudo que acharmos que deveríamos ter, nos prejudicaremos a nós mesmos pela frustração (não atendimento dentro de uma falsa realidade) pois, a felicidade não está nesse mundo - Jesus.
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15
Por outro lado, se conseguirmos ver de forma verdadeira, se conseguirmos enxergar através da palavras e dos ensinamentos divinos, se conseguirmos discernir entre o bem e o mal seja em que esfera for (se no que vemos ou no que não vemos), se conseguirmos isso e escolhermos o caminho do bem, sempre. Aí então teremos alcançado a verdadeira felicidade, teremos nos feito, verdadeiramente, a imagem de Deus, e seguiremos fortes por toda e qualquer realidade onde quer que estejamos. Sempre. E isso é muito bom.
É muito bom nos sentirmos bem, nos fazermos bem.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. João 3:17
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2
Mas, como o que vejo de modo geral (nas religiões) são pregações sobre o bem, sobre Deus. Deixo relativamente livres meus filhos para seguirem o caminho que quiserem.
Relativamente pois, temos eu e meus filhos diálogo abertíssimo quanto a tudo. E nessa abertura exponho mesmo meu ponto de vista, o que desejo enquanto pai, e o que espero que lhes aconteçam. Que lhes aconteçam sempre o melhor.
É o que espero.
É o que peço a Deus quanto a todos nós. Sempre.
Talvez por causa dessa forma de pensar, sem grandes extremismos, talvez por causa disso é que eu tenho uma vida, pensamentos, uma existência de uma forma que me agrada. Gosto disso.
Isso me agrada e agrada, de certa forma, as pessoas que me cercam, tornando o meu mundo um bom mundo. Pra mim, um bom mundo, e isso me faz bem. Gosto disso.
Não gosto de reclamar, não me julgo no direito.
Pra falar a verdade, se tem uma pessoa que se sente amparada (por forças divinas a partir das ordens de Deus), se tem uma pessoa que se sente abençoada, feliz com a existência que tem, essa pessoa sou eu. Não me sinto injustiçado, triste ou solitário, não sinto fome e nem grandes necessidades. Gostaria pois, de ter um pouco mais do que tenho, gostaria de ver alguns aspectos de minha vida modificados (tento a cada dia modificá-los, e eles se modificam no tempo que tiver de ser). Às vezes me sinto morando em uma terra a parte.
Como exemplo digo que gosto do meu trabalho o qual faço com empenho, assim como procuro fazer bem feito tudo que me proponho a fazer (claro que nem sempre consigo). E penso assim com relação a tudo: pais, filhos, irmãos, amigos, pessoas. É uma questão de estado de espírito. Uma questão de elevação de espírito.
Outro dia, inclusive, me aconteceu um momento interessante: em uma visita que recebi de missionários (também já fui missionário), ao final da visita uma missionária falou o quão era gratificante o trabalho dela, o quão ela ficava feliz fazendo o que estava fazendo - falar de Deus, procurar transmitir a mensagem Dele.
Achei aquilo lindo, claro.
Só que no meu íntimo eu tive vontade de lhe falar que eu me sentia feliz o tempo todo, em qualquer lugar em que estou pois, em cada momento de minha vida eu vejo a divindade. Me sinto agradecido por tudo mesmo.
Tem até um dito popular que resume bem isso, que diz: Não tenho tudo amo, mas, amo tudo que tenho.
Bonito não é?
E é bonito ver a vida assim.
Não tem como eu não ser grato por ser quem eu sou, por ter os filhos que tenho, meus pais, emprego, casa, o ar que respiro, a beleza do dia e da noite, a minha força, a minha paz... Não tem como.
Triste, eu creio, da pessoa que assim não vê.
E isso não está ligado a dinheiro.
Está presente em qualquer parte. Em todos os lugares vemos pessoas de sorrisos puros, pessoas que transparecem paz, que transparecem vida (e nem digo que eu seja uma pessoa assim), na verdade posso muito bem dar uma impressão diferente. Mas, isso se deve ao preço do tempo.
Se prestarmos a atenção veremos sempre pessoas dizendo que são bem mais novas, se sentem bem mais novas do que realmente são. No meu caso, eu já pago bem o preço de minha idade onde, por causa de minha aparência, num primeiro momento pessoas tendem a se afastar. Uma pena, uma vez que por dentro eu me sinto bem criança. (rsrs)
Mas, é o que é:
Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado
A lua e Eu - Parte
Peninha
Novamente a questão do espelho e sua imagem virtual (mentirosa mesmo (rsrs)) pois, aquele ali não sou eu (rsrs).Outro exemplo que eu daria quanto à minha existência poderia ser quanto à minha moradia.
Trata-se de uma casa maravilhosa (pequena e inacabada), lembra bem uma outra música:
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
A Casa
Vinicius de Moraes
Rsrs (na rua dos bobos. Devo ser muito bobo mesmo)Pra se ter um ideia, não tenho cachorro porque a casa ainda não tem muro, não terminei a piscina porque não resolvi a contento, ainda, a questão da água, não isso por causa daquilo e nem aquilo por causa disso (rsrs). Parece bem mesmo a música.
Mas, pensa num lugar bom. Meu cantinho.
Moro a quinze quilômetros do meu trabalho, no qual eu chego em quinze minutos praticamente sem gastar, prazerosamente (eu e minha motoca (rsrs)).
Moro no topo do mundo, da varanda vejo o nascente e o poente, todos os dois lindos, vejo e sinto coisas aqui que são um verdadeiro privilégio.
Cercado de cidade, de movimento, de barulho por todos os lados, aqui eu tenho paz e por muitos momentos muito silêncio.
Abaixo, neste texto, eu faço alusão à hora dos anjos, seis horas (a hora em que os anjos dizem amém - dito popular).
Sei que em boa parte do mundo muitas pessoas moram de qualquer jeito, moram mal, dormem mal, vivem mal.
Aqui, pra se ter uma ideia, consigo sentir algo que creio muitos não terem ainda experimentado, e que aqui é fácil. Segundo a sabedoria popular, seis horas da tarde é a hora dos anjos, hora de oração, de elevação de pensamento, hora de paz. Sempre me questionei porque.
Aqui eu percebi bem isso, foi paixão à primeira vista desde que conheci meu lugarzinho. Incrível!
Não sei se tem a ver, mas, ao observar o nascer do sol percebi o quanto de paz aquele momento é capaz de transmitir. É um momento extremamente interessante onde vislumbramos com encantamento os primeiros raios dourados, e ainda frios, do sol (rsrs - não que sejam frios, como sabemos, mas, neste momento o calor do sol apenas ensaia frente à imensidão banhada de orvalho e brisa fresca). Uma sensação de paz maravilhosa, e de encantamento (não tem outra palavra).
Nessa hora, como que a agradecer pelo dia que chega, a natureza desperta: ao longe começamos a ouvir latidos, cantar de pássaros e de galos, até mesmo o zunido da cidade com seus carros, todos e tudo que até aquele instante estavam mergulhados em um silêncio sepulcral.
Não é impressão minha, mas, o mundo também descansa. Um descanso que começa também em outra hora maravilhosa, dezoito horas (seis da tarde).
Ao contrário da outra seis horas (a da manhã), a seis da tarde parece nos remeter a um momento de desligar. E é o que acontece.
O homem, teimosamente, continua suas atividades até não aguentar mais (até às 20h, até às 21, até seja lá que hora for), mas, a natureza não. Não mesmo.
Como que a agradecer pelo dia que se vai, as galinhas se recolhem, os pássaros se recolhem, o cachorro deixa de latir, o vento parece se aquietar, e tudo se aquieta.
O sol que brilhou imponente durante o dia, que venceu a brisa da manhã, parece agora se render à brisa da noite, brisa gelada e escuridão que parecem escoltá-lo, acomodá-lo para que descanse, assim, como também faz com tudo. E ele se vai com seus raios agora, novamente, cada vez mais frios.
Todos se rendem à ordem da noite. Ordem gelada como que a empurrar-nos para ambientes onde encontremos abrigo, ambientes que vão ficando cada vez mais restritos até, por fim, nos acomodarmos, descansarmos mergulhados em sono bem-vindo para, no outro dia começarmos tudo de novo.
Pensa se, em se ver em algo assim não é maravilhoso.
Pensa se, em se ver algo assim não é maravilhoso.
Viver, presenciar, participar, ver a vida assim é ou não é bom?
Às vezes me sinto no paraíso.
E isso de um modo geral. Nada ruim. Nada.
De minha casa vejo a chuva chegando:
Vejo o dia nascendo:
O limiar de um novo dia. Este abaixo foi o do dia do meu aniversário (09 de Abril). Lindo! Não é não?
Um presente? Claro que é. Mais um. Só agradecendo mesmo, num é não?
Adriana Calcanhoto na música Oito Anos pergunta de que são feitas as nuvens. Nessa hora abaixo pensei se elas nascem no chão apesar de também não saber se elas são feitas de algodão, conforme na música dos Engenheiros do Hawaii.
Já viu um arco-iris de tão perto?
Será verdade que na ponta do arco-íris tem um pote de ouro? Vou lá naquela casa agora. rsrs
Outro dia vi um avião indo em direção ao Sol. Imaginei que o nome do filme seria A Caminho da Luz (rsrs)
De outra vez vi o contrário, ele indo em direção à tempestade. Lembrei do filme Twister (Tornado)De que filme você lembra, olhando a foto abaixo?
Olha só como o frio veio chegando poderoso. Lembra do filme O Dia Depois de Amanhã, num é não? Lá tinha uma cena bem parecida, do frio chegando. Achei parecido. Rsrs
Algumas plantinhas que gosto muito
Essa sacaninha acima tinha de subir pelo muro, não pela outra (rsrsr)
Meu cantinho - final de rua
Aqui, o começo da rua. Lindo, num é não? (pai coruja - rsrs) - Interessante é que, ao longe escondido nessa hora pelo brilho do sol, se vê o aeroporto. Com frequência vemos aviões a fazerem fila para aterrissarem, a noite fica muito legal aqueles vaga-lumes amarelos se aproximando bem devagar,quase parados no ar, a parecer que vão pousar aqui. Fico brincando, imaginando, que são ETs que estão chegando pra me visitar (visitar outro ET (ET que pensa e fala demais - rsrs))
Bom. Se meus amigos não vêm, eu vou (rsrs). Tem até estrada de ferro. Vou tirar os pneus de minha motoca, deixar só as rodas (rsrs). Se eu for prum lado chego no Rio pra curtir uma praia (rsrs), se eu for pro outro chego na Bolívia (rsrs). Quem sabe eu só coloco umas asas nela e decolo de minha rua mesmo, né? rsrs
O céu azul de nuvens doidas da capital do meu país (Natihuts).
Esta abaixo - nuvem - parece até um sapo me encarando, num parece não? (rsrs - só eu mesmo pra ficar fotografando nuvens e ainda fazer uma observação dessas - rsrs). Conheço pessoas que já nasceram adultas. Já eu? Sei não, acho que vou morrer criança. (rsrs - muito bobo. Tá doido!)
E quando elas se misturam com o por do sol, então? Pensa num trem belo, sô! (rsrs)
Talvez não dê pra ver, mas, na ponta direita da antena abaixo da nuvem, ao centro, tem um vizinho meu que todos os dias vem bater na minha porta, um Bem-Te-Vi. Coisa de vizinho chato, né? (rsrs)
A noite acontecendo (mesmo que sem lua às vezes, ainda assim, linda):
Vejo a vida artificial (será um pássaro? (rsrs))
Quase dá pra tocá-lo. Qualquer hora vou bater na janelinha, abri-la e dar boas vindas ao pessoal (rsrs). Me avisa quando você vier que nem precisa ir ao aeroporto, já desce aqui mesmo. Falou? (rsrs)
Existe uma figura de internet que sempre me chamou muito a atenção. Ela se chama Porta do Céu.
É como eu me sinto quando estou em minha casa, portal do céu.
Até o endereço é bonito: Portal do Sol, Portal do Céu.
E pra quem achar difícil de chegar, até a dica é bonita: Portal do Sol, última porta ao alto à esquerda, porta do céu, Portal do Céu.
Muito lindo, num é não?! Eu acho.
É uma casa tão pequena que eu já entro saindo (lembra muito mesmo essa figura e a casa da música - rsrs).
(Era uma casa Muito engraçada, Não tinha teto Não tinha nada. Ninguém podia Entrar nela, não, Porque na casa Não tinha chão. Ninguém podia Dormir na rede, Porque na casa Não tinha parede. Mas era feita Com muito esmero, Na Rua dos Bobos Número Zero)
E é feita com muito esmero mesmo. Posso até ser bobo (rsrs), mas, não consigo não ver um conjunto tão perfeito (céu, vista, minha casinha simplesinha mesmo, tudo. Tudo divino mesmo, uma obra divina, maravilhosa, um presente) e não me sentir agradecido e feliz.
Muita bobeira minha, né?! Pode ser. Pensamentos:
Felicidade - Parte
A minha casa fica lá de traz do
mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
Porque sei que a falsidade não vigora
Na minha casa tem um cavalo tordilho
que é irmão do que é filho daquele que o Juca tem
E quando pego meu cavalo e encilho
Sou pior que limpa trilho e corro na frente do trem
Muito linda essa música acima. Muito a ver com estes meus pensamentos, e sem falar da viagem dele em palavras e pensamentos, até as palavras que ele usa (pensamento, e é por isso que eu gosto, casa, trilho, trem). Tudo muito parecido com o que falei e penso, mas, coloquei a música aqui em parte pois, ela completa espelha tristeza onde ele diz que a felicidade foi embora e é por isso que ele gosta lá de fora (não é o que eu penso com relação a minha casa, e nem com relação a nada - felicidade não foi embora, ela impera, e gosto de tudo).que é irmão do que é filho daquele que o Juca tem
E quando pego meu cavalo e encilho
Sou pior que limpa trilho e corro na frente do trem
Tudo no meu mundo, não só com relação à casa.
O que vou falar agora eu não lembro se já comentei por aqui (neste meu mundo virtual, esse complemento de mim que é meu blog), mas, acho que já falei sim.
Certa vez quase morri (já cheguei bem perto algumas vezes), mas, naquela vez eu já era pai, já tinha um pouco de experiência de vida, digamos assim. (não que eu me sinta experiente em nada), ali, quando voltei (acordei) e vi novamente este mundo eu senti o quanto coisas não valem nada. Ali eu senti que o que vale são pessoas, é a forma como vemos e vivemos. Matéria? Dinheiro? Conquistas materiais? Nada disso vale nada. O que vale nessa vida são pessoas, é a forma como a gente vive, o mundo onde devemos ser felizes. Naquele momento entendi essa forma de ver como um recado Dele. Nunca mais fui a mesma pessoa.
Daquele momento pra cá, duas lições que nunca esqueci e que tenho sempre em minha mente o tempo todo:
1 - Porque o que se leva dessa vida... É o amor que a gente tem pra dar - Bate Coração - Parte - Elba Ramalho;
2 - Pessoas. Na medida do possível tento não magoá-las. Aprendi (falo de mim) que dor grande não é só a que causo, quando causo. Dor grande que sinto é por causar dor. Fico muito triste quando erro com pessoas, triste comigo mesmo. E isso não quer dizer que eu não faça besteira, só faço, mas, não gosto. E tento não fazer.
Voltemos.
Coisa linda ele (Felicidade - Caetano Veloso) fala também nas duas última linhas da música:
E quando pego meu cavalo e encilho
Sou pior que limpa trilho e corro na frente do trem
É como se, em algum momento, ele fosse muito feliz, é como se fosse muito feliz por causa de algo relacionado à casa (os arredores dela e um cavalo). Ele parece muito feliz neste momento.
Até nisso me vejo parecido com esta música. No meu caso, eu não tenho cavalo, mas, minha motoca (rsrs). Valente, topa tudo. Comprei-a, justamente, pra curtir a imensidão verde ao redor (pelo mundo e por este mundo próximo, este sonho perto de minha casa). Achei interessante.
E um termo que sempre uso quando quero elogiá-la Cavala ou É uma cavala (rsrs).
Achei legal, coincidência. Acho legal coincidências.
E ainda mais neste caso acima pelo fato de outra pessoa se referir a um termo parecido ao que eu também falo (cavalo/cavala), quando também me refiro a um momento muito feliz. Também me sinto muito feliz quando brinco com minha cavala (rsrs) nos arredores de minha casa.
Achei muito igual a música.
E por falar nela. Ei-la a Cavala (rsrs)
Trinta e Um anos de pura adrenalina. E ainda vai aguentar uns outros tantos.
Creio que faremos uma dupla ainda por muito tempo. Tipo o ditado: Num troco, num vendo, num dou. rsrs
E ainda complemento: Num empresto (rsrs). Brincadeira. Se quiser vai lá com ela dar uma volta. Tudo de bom.
Caramba! E pensar que de manhã ela estava limpinha!
Agora! Olha só o estado da criatura. Rsrs
Muita bobeira minha, né?! Pode ser. Pensamentos:
Assim mesmo, será que existem pessoas que não vêem pessoas e coisas legais no mundo?! Acho que não, né? Tá tudo aí, presente em nossa vida como presente que é. Muitas coisas lindas (coisas e pessoas), só depende da gente, do como nós vemos. Não é não???!!! (rsrs)
E olha só que coisa! Advinha quem deu o ar da graça? Uma visita feminina surpresa noturna (que coisa boa! (rsrs)). Ela mesma, a Lua. Fui falar mal dela (namoradeira - rsrs). Tá lá parada na minha porta. Veio tirar satisfação (rsrs). É bom que agita a minha noite fria (rsrs).
E a rua dos ETs? Lembra? Tá lá (rsrs). Pode não dar pra ver, mas..., tem um avião ao longe. Tá se aproximando rapidamente. Será que é mesmo um avião? (rsrs) Caramba! Seja lá o que for, parece que está vindo pousar é aqui (rsrs). Será?
Vidinha chata, né? (rsrs)
Parece um sonho (a todo momento). Depois ainda continua quando durmo (rsrs)
Será que é por isso que me chamam de voador, de avoado? (rsrs) Só por que eu ando com a cabeça nas nuvens?! (rsrs)
E olha só que interessante! Lembrei de uma música. Fui ver a letra dela e...
Me diz se não é tudo que acabei de falar agora, me diz. Caramba!
Noite Preta
Vange Leonel
Luzes da cidade
Meus olhos não aguentam mais
Luzes artificiais
E cadê a noite preta?
Eu saio da cidade
Procuro só a escuridão
A purificação na calada da noite
Da noite preta
Meus olhos não aguentam mais
Luzes artificiais
E cadê a noite preta?
Eu saio da cidade
Procuro só a escuridão
A purificação na calada da noite
Da noite preta
Calada noite preta, noite preta
Calada noite preta, noite preta
Calada noite preta!
Calada noite preta, noite preta
Calada noite preta!
Fecho os meus olhos
A caverna e o coração
Perdidos entre um sim e um não
Na calada da noite preta
Deus, Deus, Deus
Aonde eu vim parar
À noite preta vou me entregar
A caverna e o coração
Perdidos entre um sim e um não
Na calada da noite preta
Deus, Deus, Deus
Aonde eu vim parar
À noite preta vou me entregar
Sonho muito? Penso, falo? Pode ser.
Mas tenho motivo. Não tenho, não?
E será que sou só eu? (rsrs)
Azul da
Cor do Mar
Tim Maia
Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi
E na vida a gente
Tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri
Tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri
Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver
Ver na
vida algum motivo
Pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar
Pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar
Mas, às vezes sinto meus pés no chão. Falou?
Voltemos à realidade, então. (outra parte)
Falamos de comunismo, falamos de capitalismo, falamos de coisas chatas, de um mundo que, de repente, não é como gostaríamos que fosse. Mas, viver em um bom estado de espírito, se sentindo forte e abençoado(a) é muito bom.
É ver beleza, é curtir, é verdadeiramente viver.
Me sinto bem e sou grato por tudo. Por tudo mesmo.
Voltando e finalizando comentários quantos aos meus estudos secundários...
Ao começo dos anos 80 nascia também uma nova matéria que também tive a oportunidade de ver nascer (e morrer) na escola pública. Naquela ocasião estava surgindo no Brasil a nova tendência, a nova esperança de futuro em se tratando de emprego, de empregabilidade. Essa nova tendência estava ligada a nomes nunca antes ouvidos ou vistos e que vieram com força sacudindo toda nossa realidade, eram nomes como informática, computador, ciência da computação, programação, digitação... Nessa nova realidade uma nova matéria passou a ser ensinada, se chamava Processamento de Dados.
Bendita da Processamento de Dados. Processamento!
PDP de quê? (rsrs)
Parece até outra sigla. Que susto! (rsrs)
Uma bendita de uma matéria nova voltada a uma máquina ainda mais nova que ninguém conhecia, que ninguém tinha, que ninguém sabia usar, chamada computador. Computador que só começou a se tornar, digamos, popular apenas ao final dos anos 90 (talvez no meio dos anos 90, talvez). Ou seja, vários anos depois, depois até do fim do regime militar.
Pois bem. Essa era a realidade do meu ensino, do final de meu ensino, digamos, obrigatório, ensino secundário (outro nome para ensino médio da época).
Naquela realidade, findo meu ensino médio, eu teimosamente, heroicamente, quis continuar estudando. Sim, porque continuar estudando além do ensino gratuito (até o segundo grau o governo, ainda bem, instituía a possibilidade de ensino gratuito com certa facilidade), estudar além do segundo grau, para jovens da minha realidade social da época, era um verdadeiro ato de heroísmo. Ali só existia dois tipos de instituições de ensino superior:
Pública - Na minha terra, na capital do país, só havia uma. Extremamente centralizada e concorridíssima e, por consequência, só possível aos filhos dos ricos, aos filhos dos ricos que puderam ter os melhores ensinos, que puderam ser melhor preparados e com isso, terem mais condições de passarem no vestibular (concurso de seleção). Claro que haviam pobres lá também, pessoas advindas de escolas públicas, mas, eram poucas. A maioria dos filhos de pobres, de jovens vindos das classes média ou baixa, de pessoas que tinham tido ensino mediano (ou pobre, ou fraco/fraquíssimo. Tendo de aprender (perder tempo aprendendo) matérias tecnicistas que nem de longe eram aproveitadas ou de serventia para o vestibular), pessoas assim (a maioria - que nem eu) nem de longe tinham condições de passarem no vestibular da única instituição pública de ensino superior da capital, não tinham mesmo;
Privada - Era a outra opção de ensino superior. Pouquíssimas Faculdades (sim porque não existiam Universidades Privadas) e que também (advinha) sim, eram também para os ricos, ou para os filhos dos ricos que não conseguiam passar na Universidade Pública. Haviam poucas Faculdades Privadas, muita gente querendo estudar, mas, poucas vagas. Ou seja, os cursos eram caríssimos. E mesmo que não fossem, eram caríssimos para a maioria de nós, uma maioria de pessoas a querer vencer numa realidade bruta, literalmente falando.
Bruta pelo fato de pertencermos a uma realidade de ditadura (anos de chumbo como ficou conhecido o período militar no Brasil do golpe militar de 1964 e que durou até meados dos anos 80, 1985) e que, mesmo após findo, nada de muita mudança pra melhor.
A Censura (pra quem não conhece - instrumento de tolhimento, de polda a limitar a arte, a expressão, a liberdade) existiu ainda por vários anos (hoje está mais velada, mais discreta, mas, está por aí). Por aí numa realidade hipócrita, de um país historicamente conhecido como corrupto, pobre em ciências, em fazer, em acontecer, um país do futuro.
Ironicamente representado até no Hino - deitado eternamente em berço esplendido.
Que coisa é essa de deitado?! Paciência.
É o nosso país.
É a nossa cultura. Curtura.
Curtura de cultura.
Mas que melhora, ainda bem. Mesmo que lentamente, ainda assim, a melhorar. Sempre.
Ainda bem.
Como exemplo, a educação superior hoje mais acessível a todos (mais vulgarizada por certo, mas, mais acessível). Hoje é possível um curso superior com mensalidades que muitos pobres podem pagar.
Pobres, não. Classe baixa talvez (ainda assim errado). Classe média baixa fica melhor.
Como dito, até palavras ficam fora de moda, e expressões também.
Já com relação ao ensino público superior, este também como sabemos, ficou mais fácil de ingresso - quotas, ensino básico e médio públicos de melhor qualidade com preparo voltado para o vestibular, concursos paralelos (ENEM) com vistas a facilitar o ingresso. Isso é bom.
Mais possibilidade de mais doutores.
Mais possibilidade de mais doutores vindos de realidades humildes.
Isso é bom.
Novamente a palavra realidade.
Bem isso que trata este texto: realidades (reais ou não, reais, virtuais, realidades).
Findando (enfim) observações quanto à realidade dos anos de chumbo na concepção deste que fala, deste nascido na capital, capital de muitas coisas (inclusive símbolo do militarismo também), só para efeito de comparação do que era aquela realidade com estes tempos por nós agora vivendo, comparando agora o que era a liberdade de expressão (liberdade?).
Naquela ocasião, um grande cantor (seis álbuns, várias músicas, mas que o destino fez ser um grande cantor de uma música só), uma grande música. Uma linda música.
Retirou-se do meio artístico depois de haver sido torturado no governo militar ou, como dito hoje na nossa tão presente internet, ter sido vítima do processo de massificação cultural.
Geraldo Vandré.
Que música tão linda você fez?!
Que preço tão alto você pagou (assim como muitos) apenas por ter tentado ser apenas um pouco você?! Por ter tentado ser apenas um pouco do que pensava, do que pensou.
Quanto que pagamos no decorrer da história pelo que pensamos, pelo que cremos, pelo que pra nós é o sentido de nossas vidas, é a forma como vemos, é nossa realidade?
Nasceu em 1935. Remotamente ouvi falar dele, ou ouvi ele falar, no decorrer de minha vida. Há quem diga que já faleceu. Pra mim é um mistério.
Mas, sua lembrança, sua mensagem, seu pensamento espelhado nessa música, esse eu nunca esquecerei.
Não posso deixar de pensar várias coisas quanto a este artista, quanto a esta música:
1 - Nunca pensei encontrar a palavra massificação. Quando falei de minha própria experiência quanto à minha própria educação tecnicista massificadora, nunca pensei ver essa palavra dita quanto a história de um artista. Até porque nem havia pensado em citá-lo, até porque nem sabia o rumo que este texto tomaria, não mesmo. Achei muito interessante ver esta palavra se referindo à história dele enquanto eu a usava me referindo à minha própria história e ainda, se referindo a um assunto comum (o golpe de 64), um experiência comum a duas pessoas diferentes, em tempos diferentes, existências diferentes. Achei demais;
2 - Nunca pensei ver, quanto a este artista, uma foto que de cara me remeteu a outra, de outro ser histórico que também sofreu (no caso até morreu) por causa de ideologias, por causa de militarismo, extremismo, por causa de causas. Veja esta foto do Geraldo, abaixo, e diga se não lembra algo:
Lembra?
Lembra.
Che Guevara.
E sua foto.
A foto mais pirateada de todos os tempos.
Achei incrível a coincidência do tema tratado aqui, neste trecho deste texto (de artistas, regimes políticos, ideologias, torturas, semelhança em fotos...), achei incrível. Demais, mesmo;
3 - A música. Que música é essa?! Que sofrimento, que dor, que sensibilidade, coragem, inteligência? Que preço você pagou, Geraldo, pelo legado que deixou? Pelo recado que deixou? Caramba!
Palavras.
Como podemos brincar com elas!
E que preço pagarmos a partir delas.
Brincadeiras como a editar/modificar a sequência das estrofes de uma música. Estrofe (palavra de pouco uso que se refere a poesia).
Estrofe - neste caso se referindo a uma música, uma linda música, uma música poesia.
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Todos perdidos, soldados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos soldados, cada um dentro de sua ideologia defendendo o que acredita. cada um dentro de sua realidade.
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Cada um dentro de seus ensinamentos, sem razões, ou ensinando novas lições.
Cada com seus, ainda, amores em mente (para os que têm amores), ou para os que têm suas histórias, certezas.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
.E para todos, como a ratificar sermos todos uma só intenção, uma só direção independente de nosso virtual, vem vamos embora. Como se fossemos embora em direção a uma só direção, a uma só verdade.
Muito lindo.
E o que na verdade, não deixa de ser verdade. Como que todos nós, independente de nossas verdades (reais ou virtuais), queremos todos nós nos dirigirmos à verdade, à única verdade. Queremos a salvação.
Queremos Deus.
Independentes de nossas crenças.
Uma vez ouvi uma frase que dizia que até o mais convicto ateu em determinado momento da vida, ou no fim dela, se reportava a Deus, queria estar com Ele. Por menos que se acredite, qualquer um pensa Nele em algum momento da vida, mesmo que no fim dela.
Pena que no decorrer da vida podemos nos perder em valores errados.
Exemplos mil temos a todo instante:
A Canção Tocou na Hora Errada (Parte)
Ana Carolina
A canção tocou na hora errada,
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada,
Se é você eu não sei nada.
Mais ou menos como se falasse que sem você não sou nada.
E isso se deve, como dito na música, a extremos. Principalmente, à paixões:
Essa eu transcrevi inteira. Que paixão é essa?!
Eu sei que vou te amar por toda a minha vida, em cada despedida, desesperadamente.
Eu sei que vou sofrer a cada ausência tua.
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura.
Por não te ter ao meu lado?!
Eternamente?!
Me parece um erro. Duas músicas a relatarem um erro em que podemos incorrer.
E, ainda assim, conforme os desígnios de Deus para que possamos, através do nosso livre arbítrio, escolher que caminho seguir.
Vemos isso numa parte da introdução do livro O Grande Conflito (Erguendo o Véu do Futuro) que diz se referindo aos que distorcem a verdade: Grande opróbrio tem sido lançado sobre a obra do Espírito Santo pelos erros de uma classe que, pretendendo possuir iluminação, afirma não mais necessitar da orientação da Palavra de Deus . Estas pessoas são governadas pela impressões que consideram como sendo a voz de Deus na alma. Mas o espírito que as controla não é o espírito de Deus. Ao seguir essas impressões, ao mesmo tempo em que negligenciam as escrituras, serão tão-somente conduzidos a confusão do enganador. Uma vez que o ministério do Esprito Santo é de vital importância para a igreja de Cristo, um dos artifícios de Satanás - através dos erros de extremistas e fanáticos - é produzir contenda em relação à obra do Espírito e levar o povo de Deus a negligenciar essa fonte de fortalecimento, a qual foi provida pelo próprio Senhor.
Falando assim parece fácil nos desvencilharmos dos desenganos. Pode até ser.
Tem outra parte do livro que ratifica o que foi dito acima, mas, se referindo às paixões, e a forma como o enganador ludibria a nós a partir do momento que nos deixamos levar. E isso, conforme desígnios de Deus, conforme permissão Dele, não na intenção da perdição de nós todos, mas, na intenção da separação dos dos os que querem servir ou não.
Como solução a fé, o ensinamento, a palavra: Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino para a repreensão, para a correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. - II Timóteo 3: 16 e 17.
Quanto de verdades e mentiras vivemos a cada dia e nem percebemos?
Agora mesmo pensamentos, canções e palavras sagradas a nos apresentarem exemplos do que podemos, ou devemos querer seguir, e de repente nem percebemos.
Descobertas.
Saber que a imagem no espelho não é nossa verdadeira imagem. Creio ser isso uma grande descoberta, uma grande surpresa, assim como tantas surpresas com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia, com cada coisa que aprendemos.
E quanto que nos acontece sem que se quer percebamos.
Há algum tempo encontrei uma moeda de dez pesos mexicanos em meio a algumas moedas que recebi de troco. Uma moeda maior e mais pesada que nossa moeda de um real, mas, para quem olhasse rapidamente, de repente, acharia tratar-se da moeda de nosso país (ela também é prata com a borda dourada).
Aquele fato, aquele achado naquele momento me chamou a atenção.
Fiquei surpreso com nossa desatenção.
Por quantas mãos aquela moeda deveria ter passado despercebida até chegar às minhas?
Como poderia isso acontecer sem ninguém ver? Pensei.
Fico pensando como, de repente, ficamos tão inertes dentro de nós mesmos, dentro de nossas necessidades, dentro da vontade de termos nossas necessidades atendidas, que nem percebemo minucias. Basicamente, percebemos só o que nos interessa. E assim mesmo, só o que nos interessa de mais imediato.
Fiquei mais surpreso ainda quando um tempo depois encontrei, em meio a outras moedas, uma moeda de vinte centavos de euro (parece com a nossa de dez centavos - só que mais pesada e mais mal feita).
Mal feita?!
Sim.
Nem se compara com o acabamento de nossas moedas.
Já não de hoje também, percebo o capricho nosso em muitos aspectos. Comparo produtos nossos e vejo que eles não são menos bons que outros de outros lugares. Não mesmo.
E isso também quanto à qualidade de nosso dinheiro. Fiquei surpreso em ver uma certa má qualidade naquela moeda de euro, justamente de euro, uma das moedas mais fortes do mundo (um euro atualmente custando cerca de três reais e cinquenta centavos, pra se ter uma ideia).
Depois achei uma moeda de cinquenta centavos argentinos (parece com a nossa de vinte e cinco centavos).
Depois achei uma de dois pesos argentinos (parece com a nossa de um real só que menor, bem menor).
Pode não parecer nada, mas, para mim aquelas moedas, aqueles achados, aquele fato de ver diferenças circulando entre nós me chamou muita a atenção. Fiquei surpresíssimo, admiradíssimo a pensar porque.
Por que? Como podemos não perceber coisas que estão ao nosso alcance, como que não crescemos, não melhoramos a partir dos exemplos e ensinamentos que vemos todos os dias?
Quanto às moedas, depois, por último, encontrei por aí, circulando como normal, uma moeda de um peso argentino (un peso). Aí foi a gota.
As outras todas moedas que citei até que estariam, de certa forma, desculpadas em circularem sem serem percebidas (pelo fato de serem parecidas com as nossas), mas, esta última é completamente diferente de todas as nossas. É uma moeda pequena e leve, de centro dourado com borda prateada.
Centro dourado com borda prateada, ou seja, além de leve e pequena, é o contrário da nossa única moeda de duas cores (a de um real) que tem o centro prateado e a borda dourada.
Aquilo pra mim foi demais.
Pensei: De que forma essa moeda foi aceita até chegar à minha mão? Será que a recebiam como um real?
Será que a recebiam como cinquenta centavos?
Tem ainda outro momento moeda que eu gostaria de citar. Achei, um dia desses, uma moeda de cinco centavos (daquela nossa prateada que quase não vemos mais, mas, que vale). Caramba! Só me faltava essa. Pensei:
Pode ser que ela esteja jogada fora por ter sido perdida? Pode.
Pode ser que ela tenha sido deixada por não despertar o interesse de ninguém em pegá-la, por ela já não valer quase nada? Pode.
Mas, só falta pouco alguém tê-la jogado fora por achar que ela não vale, por não mais conhecê-la como uma moeda nossa e em circulação pois, só conhece a outra (a de cinco centavos de cobre que hoje é mais comum e que, quase não vemos mais a outra prateada)
Ou seja, só falta pouco deixarmos entre nós moedas estranhas como se elas fossem válidas, somente pelo fato de, às vezes, elas serem "parecidas" com as de nosso país e, ao mesmo tempo, jogarmos fora moedas nossas por "não" mais conhecê-las. Não entre aspas mesmo.
Um absurdo, essa história dessas moedas, pra mim, quanto à nossa desatenção. Uma desatenção que não devíamos ter.
Caramba! Essa história dessas moedas que citei só serviram pra mim, pra corroborarem pra mim, com o que vejo todos os dias quanto à pessoas, como que somos (muitos de nós) egoístas.
Todos sabemos que não devemos pisar na grama, mas, todos os dias vemos pessoas pisando na grama como algo natural, a caminharem tranquilamente como se nada estivesse errado (talvez nem esteja - no mundo deles).
Todos os dias vemos pessoas a jogarem lixo pelo chão na rua (mesmo sabendo e vendo, todos os dias em noticiários, que o lixo entope bueiros. Bueiros que mal funcionando colaboram para enchentes).
Enchentes?! Que enchentes? Ah! Se não for na minha casa, tudo bem.
E se for. O que eu fiz pra que acontecesse comigo? Fiz alguma coisa? Deixei de fazer?
É ruim, heim! É ruim, de tanto pensamento assim.
É isso que percebo em muitos - uma falta de pensar, de se preocupar. Preocupar?! Preocupar com o quê?!
Se for do meu interesse, para acabar com minha fome, com minha falta de dinheiro, com minha necessidade imediata, tudo bem. Senão... Nada.
O resto é resto.
É como vejo: muitos vivendo pra comer ao invés de comer pra viver.
Não sei se é impressão minha, mas, é como se em uma espécie de inanição, meio que autômatos, máquinas, sem ter em mais crê ou, forças para o que mais lutar, vestíssemos a camisa de uma certa derrota, a derrota de termos de nos contentar com o pouco. E nessa realidade de luta sem fim, acordar cedo todos os dias, fazer tudo igual, maquinal, rotineiramente igual, aguardar o final do mês e receber o minguado salário que dura poucos dias, senão um só dia, o que me parece, o que vejo é uma massa de cabisbaixos, pensando baixo a passar uns pelos outros sem se olharem, sem se verem, conversarem, sem se comunicarem.
É uma realidade bruta. Não dá pra tirar a razão de ninguém por se isolar em seu mundo, sorrir só quando em meio aos seus, enquanto pelas andamos apressados, agarrados às nossas bolsas e bolsos que nada têm, mas, que assim mesmo, tentamos evitar que levem. Até pra mim que relato aqui, agora, essa minha forma de pensar, me parece um pensamento cruel ou, talvez não não cruel, mas, triste. Um pensamento triste sob a forma como eu vejo a nós enquanto cada um só pelo mundo à busca de seu objetivo. Sei que somos diferentes disso, mas, entristece-me a ideia, a realidade de não podermos ser o bom que somos, em todos os momentos.
E com isso, a impressão de se ver um mundo cheio de sós. Sós, sem sorrisos, apressados, apagados, apáticos muito aquém do que poderíamos ser a tornar o mundo uma realidade de mais unidos, de mais irmãos. Irmãos, se pudéssemos confiar uns nos outros.
Irmãos, se tivéssemos em nossas mentes o tempo todo, verdadeiramente, a concepção de que somos todos irmãos.
Falando palavras assim, pensando dessa forma, poderia eu mesmo recriminar-me (já o fiz muito). Em outros tempos até culpa eu sentiria por pensar assim. Mas, não é o caso.
Aprendi que tudo é o que tem de ser e não nos cabe o direito da tristeza, do achar estarmos em lugar errado, de nos achar nadando contra a maré, do nos revoltarmos. Não nos cabe revolta ou culpa.
Estamos aqui, isso sim, para sermos fortes, para aprendermos, escolhermos, e se tivermos a graça do conseguirmos nos ver inseridos em contexto porque assim é que tem de ser, porque assim é a vontade de Deus, para que nos vendo a nós mesmos aqui para ajudarmos, e nos ajudarmos a nós mesmos, em busca da evolução, do crescimento, do alcançar de todos nós. Se conseguimos ver a nós mesmos como parte, como instrumento do bem, em prol do bem, acredito que não estaremos aqui perdendo nosso tempo. E creio, e digo que, apesar de me referir, grosseiramente, a nós como autômatos, acredito que dentro de cada um, o bem, essa chama do querer merecer bênçãos, perdão, redenção divina, salvação.
E isso apesar de, às vezes, ou por vezes, ou muitas vezes, nos perdermos dentro dos desvios causados pela cegueira dessa nossa existência material que tanto nos empurra para ações egoístas em detrimento da união, em detrimento do amor.
Há tempos acredito nas coisas acontecendo por ondas e, de maneira alguma, de forma isolada onde eu possa pensar que a forma negativa, ou positiva, como vejo, é uma forma só minha de ver. Não é mesmo.
Tudo é conforme a vontade do Pai e, assim como existe afinidade no mal (união na intenção do mal), existe também, e muito mais forte, a união do bem a observar e agir. Muitos vêem da mesma forma de nós.
Um pensamento nosso não é um pensamento único. É um pensamento compartilhado por muitos, e prova disso é o que não falta.
Lembrei agora até de um fato que um dia estudei e que me chamou muito a atenção. Um fato relacionado á invenção do avião.
Invenção atribuída a Santos Dumond, mas, que desde mesmo aquela época (1905 se não me engano), mesmo ali numa época de muito pouco tudo (em relação a hoje), uma época de também comunicação precária, desde o anúncio da invenção, ali mesmo, dois irmão contestaram. Disseram serem eles os inventores.
Ou seja, por horas, ou por dias, ou talvez até tenham inventado antes, mas, para muitos ficou como registrado, o avião haver sido inventado por nosso compatriota. Ou seja, mesmo alguém afirmando ser o autor, inventor, outros o fariam. Independente de se conhecerem ou não.
No livro A Caminho da Luz vemos um momento de nossa história recente em que Deus querendo que déssemos um salto evolutivo (como de fato o fizemos nestes últimos dois mil anos) enviou à Terra espíritos elevados para, nascidos entre nós, como nós, nos fossem exemplos, nos fossem guias nas mais diversas áreas desde a arte até a ciência, em todas as áreas, para nos nivelarmos mais alto.
A ideia, a inspiração, o pensamento está em toda parte, não é só nosso. Meu pensamento quanto ao que penso ver não é só meu.
É conforme a vontade divina.
E isso, por mais que eu possa ter parecido ter sido duro quanto à minha forma de ver e de falar quanto à forma egoísta e autômata que vejo no mundo que vejo, um pensamento que não é só meu. Quer ver?
Observe a música abaixo. Escutei-a uma única vez até agora e chamou-me muito a atenção pelo fato de ela vir a corroborar meus pensamentos, pensamentos que aqui já os tinha escrito mesmo antes de ouvi-la. Achei demais.
Eu quis fazer amor
Uma canção de amor
Pra ouvir você cantar - Como se Deus oferecesse uma vida de amor, mas...
Mas só me vei o
Que o povo corre atrás de dinheiro
E um prato cheio faz o um sorriso pra um dia inteiro - Por causa da vida que achamos ser a vida verdadeira, vivemos e nos contentamos com o alimento, vivemos pra comer e nos satisfazemos com isso, como se isso fosse a verdade. Muitos não vêem que essa não é a verdade, mas...
A dor que foge do peito pra ir pra outro lugar (alento).
Esqueço da vida dura - Deus, força, discernimento nosso pra vermos além. Pra vermos que há mais do que o que achamos, apenas, estarmos vendo. Nessa hora, um crescer.
Linda música.
Também quanto ao dia-a-dia, é como vemos nas guerras, no que tanto foi falado aqui sobre o golpe militar, sobre a música ou a passagem bíblica que fala sobre a linguagem dos anjos. No filme que fala sobre os linguagem dos anjos.
Em todos esses exemplos vemos direções, vemos união. No filme, inclusive, um momento muito bonito - a hora dos anjos (seis horas). Acho que seis da tarde. Nessa hora todos olham na mesma direção, sentem a mesma força e alegria. Todos são um.
No dia-a-dia?!
No nosso dia-a-dia?!
No dia-a-dia aqui, dessa terra?!
Deixe-me ver. Em momentos até que somos um: quando estamos num ponto de ônibus olhamos todos na mesma direção (o tempo todo), acho tão interessante isso (rsrs).
Quando estamos vendo um jogo, todos olhamos o tempo todo para um só ponto, a bola.
Quando estamos na igreja, ou estudando, ou no cinema, etc.
É. Até que em momentos, até que somos um. Uma massa, um pensamento, uma vontade.
O problema, em minha opinião, é quando somos só nós, é quando somos só o nosso pensamento e nossa vontade aqui nesse plano, nessa terra, nessa nossa terra, na terra que nós vemos, como vemos. Vemos muito baixo.
Muitos de nós, talvez a maioria de nós, vêem o mundo, a realidade, de uma forma muito baixa, muito feia. Sem se importar com nada, ou quase mais nada, além de si mesmos. Prova disso? Olhamos todos na mesma direção até a chegada do ônibus, nessa hora é cada um por si. Os mais conscientes até que respeitam, até que esperam, enquanto outros atropelam.
E na hora do gol? Alegria de uns, tristeza de outros.
Quão bom seria todos, o tempo todo, num único pensamento do bem (a hora dos anjos) e que, mesmo depois de acaba essa hora, mantivéssemos nossos pensamentos elevados (como os anjos) na busca de um mundo melhor através do amor. Um dia, cada dia um pouco mais.
Já citei as músicas que vou citar agora (citei em outro texto no mesmo contexto), mas, vou citar de novo.
Ney Matogrosso fala em uma de suas músicas que é por baixo do pano tudo acontece. É por baixo do pano que, literalmente, fazemos tudo que queremos. Em prol da gente, claro.
E contra os outros também. Por baixo do pano fazemos tudo de bom (pra nós) ou de mau (pra quem quer que seja) sem termos de nos importar com nada. É como se lá (debaixo do pano) fôssemos o que, realmente, somos.
Tomando ao pé da letra a letra dessa música, dessa forma acima falada, é triste vermos como somos. Mas, claro que isso é uma interpretação minha sobre aquela música. Pode ser que não tenha sido isso que o artista tentou falar.
Mas, é isso que entendi dela.
E o pior: é isso o que entendo do que entendo e vejo muito no mundo.
Pode ser que eu esteja errado? Sim. Pode ser.
E eu, sinceramente, gostaria muito de pensar que estou. Muito mesmo.
Mas.....
O nosso grande conjunto Capital Inicial fala em uma de suas músicas (em uma de suas lindas músicas) uma linda frase: a noite esclarece o que o dia escondeu.
Caramba! Que frase linda.
E o pior: tristemente linda.
Tristemente e verdadeiramente linda. Infelizmente.
A noite esclarece o que o dia escondeu.
O que o dia escondeu? E o que a noite pode esclarecer?
O dia é luz, é esclarecimento, é a verdade do ensinamento divino, das leis nos fazendo ser o que, de repente, nem queremos ser. Nos fazendo ser o pensar, o aprender, em prol dos outros também.
Nos fazendo sermos um todo.
E isso vai contra o interesse de muitos que só têm interesses em si mesmos ou, talvez, minimamente, um pouco também nos outros.
E a noite? A noite é sombra, é o escuro onde nos escondemos na intenção da fuga para não sermos presos por nossos erros.
A noite é o esclarecimento dos verdadeiros nós, onde sem estejamos sendo vistos podemos fazer o que queremos. E fazemos.
Fazemos conforme nossa vontade, conforme nosso querer em detrimento de tudo e de todos. É onde somos o que o dia escondeu, nos fez esconder.
Incrível!
Incrível a vida, os ensinamentos todos (divinos ou não). Se bem que tudo é divino. Tudo conforme a vontade de Deus a nos deixar escolher o caminho que queremos seguir.
Divino isso.
Divino isso também.
Escolhas a todo momento a nos moldarem. Se percebemos, crescemos.
Se não...
Crescemos também.
Só que mais lentamente.
É uma mistura essa nossa terra. É o que é.
Crescemos todos nós - é o que acredito.
Li num livro, certa vez, uma frase que nunca esqueci. Não vou falar qual não, falou? Pra não estragar a surpresa. (rsrs)
Se eu ficar falando tudo dele ninguém vai querer mais lê-lo. Num é não? (A Cabana (maravilhoso) rsrs)
Pois bem.
Havia uma passagem que era um diálogo entre Deus e um homem:
- Mas, eu posso não fazer o que o Senhor quer que eu faça.
- Não. Você vai fazer porque eu o sei. Eu sei tudo. E sei que você fará. Pode não fazer aqui, agora, mas fará pois, tenho seus caminhos traçados e se você não o fizer aqui, agora, ainda assim tenho quarenta e sete outros caminhos pra você. Um deles será.
Achei lindo.
Achei forte.
E acho que é o que é.
Temos o livre arbítrio? Sim.
Podemos errar? Sim.
Mas, creio em Deus sendo amor. E sendo Ele amor, ele não quer pra nós a morte, a destruição, o fogo eterno. Ele nos quer salvos.
E todos nós seremos. Cedo ou tarde seremos.
Claro que atrasado ou não conforme nossa vontade.
Assim como o mundo que vivemos que melhora ou não conforme nossa vontade.
Infelizmente, nem sempre nem sabemos se temos vontade de outras coisas (melhora do mundo ou de pessoas) senão de nossa própria vontade. Infelizmente.
Mas, com tudo isso, um mundo a melhorar sempre. Pra mim, sempre.
Assim como as pessoas. Sempre.
Verdade? Mentira? Besteira?
Pensamentos.
Interessante saber que tanto a imagem no espelho, quanto a imagem na foto, são virtuais. São mentiras.
Não são imagens reais.
Você já parou pensar que você nunca será capaz de ver a imagem real de sua face? Nunca.
Verá de sua mão, de seu pé, mas, nunca de sua face.
Já parou pra pensar que a imagem no espelho, que sempre pensou ser sua real imagem, na verdade não é? Não?
E sabe o que é mais interessante ainda?! Volte lá naquela passagem bíblica que citei quanto á língua dos anjos:
1 Coríntios 13
Primeiro - Tape seu olho esquerdo com sua mão esquerda e tire uma foto da imagem refletida no espelho:
Agora sem tirar a mão esquerda do olho esquerdo tire uma foto sua com a máquina de frente pra você.
Repare. São imagens invertidas onde a do espelho é virtual (uma mentira) onde sua mão esquerda vira mão direita. Já a foto que tirou de frente pra você (embora também virtual por ser algo produzida por uma máquina, por lentes), ainda assim, é como se estivessem olhando pra você, ou, você olhando pra você onde a mão esquerda no olho esquerdo são, realmente, esquerdos, seria nossa imagem real. De uma forma que não conseguimos ver pois, para isso, deveríamos estar de frente pra nós mesmos. Impossível.
Foi mal minhas próprias fotos, nunca fui fotogênico. Ainda mais agora, que nem as músicas (no espelho essa imagem não é minha, ou, quando olho no espelho estou ficando velho e acabado (rsrs)). Paciência. É o preço que pagamos nessa vida, né? A idade.
De qualquer forma, por mais que o espelho, ou foto, me reflita, nos reflitam, eles não conseguem transmitir nossa verdadeira imagem. Uma imagem viva, linda, como sabemos que somos e que não aparece em nada virtual pois, essa sim é a imagem real. Nossa imagem real.
Deus em nossos corações e mentes a alegrar nossos espíritos.
A nos alegrar da forma verdadeira.
Sempre.
Numa das mais recentes músicas do O Rappa (Monstro Invisível) vemos a frase:
Vejo a história, ela comunga
É como se o autor fosse uma pessoa experiente, um observador a ver que todos comungam. Mesmo que cada um comungue algo, alguém, não necessariamente todos vejam da mesma forma.
Como consequência, ele continua:
Poço lado sujo cria do descaso
Alimentando folhas em branco e preto
Outra epidemia desanima quem convive com medo
Botões, atalhos amplificam a distância
E a preguiça de estar lado a lado veste a armadura
Esse é o poder solitário
É como se, nos dedicando a valores incorretos (lado sujo, desânimo, distância), obtivéssemos um só resultado, o fracasso (poder solitário).
Mas, aí ele vem com a solução:
Vejo a minha história com a sua comungar
Como se a dizer para todos nós comungarmos o verdadeiro valor, o verdadeiro sentido, a solução, a verdeira verdade.
No caso da música, um sentido lúdico, um algo meio só que artístico. De repente, só uma música.
Mas, trazendo para a vida, é como se fôssemos convidados a comungar com Deus.
Um convite a todos na intenção de um, do verdadeiro.
O verdadeiro sentido, a verdadeira resposta, a verdadeira felicidade.
A única.
O único.
O amor vicia.
Fazer o bem faz bem.
É um convite à nós feito a todo instante. Só não vê quem não quer.
Certa vez, Frank Sinatra foi indagado sobre a grande beleza de uma de suas músicas.
Como resposta ele disse:
- É porque ela não é desse mundo.
Linda resposta não é não?
Novamente a arte completando a vida e vise-versa.
A arte aludindo o divino como solução a mistérios da vida.
Acreditemos pois, na regência celeste (por menos que possamos não pensar nela, em Deus) a nos permitir forças para sobrepujarmos quaisquer intempéries.
Não nos vejamos fracos.
Não sejamos fracos.
Pelo contrário. Somos únicos.
Somos a imagem e semelhança Dele.
Consequentemente, somos a vitória.
A verdadeira vitória pautada na verdadeira verdade.
Deus.
A você.
Sempre.
Com carinho.
Jeff
Voltemos à realidade, então. (outra parte)
Falamos de comunismo, falamos de capitalismo, falamos de coisas chatas, de um mundo que, de repente, não é como gostaríamos que fosse. Mas, viver em um bom estado de espírito, se sentindo forte e abençoado(a) é muito bom.
É ver beleza, é curtir, é verdadeiramente viver.
Me sinto bem e sou grato por tudo. Por tudo mesmo.
Voltando e finalizando comentários quantos aos meus estudos secundários...
Ao começo dos anos 80 nascia também uma nova matéria que também tive a oportunidade de ver nascer (e morrer) na escola pública. Naquela ocasião estava surgindo no Brasil a nova tendência, a nova esperança de futuro em se tratando de emprego, de empregabilidade. Essa nova tendência estava ligada a nomes nunca antes ouvidos ou vistos e que vieram com força sacudindo toda nossa realidade, eram nomes como informática, computador, ciência da computação, programação, digitação... Nessa nova realidade uma nova matéria passou a ser ensinada, se chamava Processamento de Dados.
Bendita da Processamento de Dados. Processamento!
PDP de quê? (rsrs)
Parece até outra sigla. Que susto! (rsrs)
Uma bendita de uma matéria nova voltada a uma máquina ainda mais nova que ninguém conhecia, que ninguém tinha, que ninguém sabia usar, chamada computador. Computador que só começou a se tornar, digamos, popular apenas ao final dos anos 90 (talvez no meio dos anos 90, talvez). Ou seja, vários anos depois, depois até do fim do regime militar.
Pois bem. Essa era a realidade do meu ensino, do final de meu ensino, digamos, obrigatório, ensino secundário (outro nome para ensino médio da época).
Naquela realidade, findo meu ensino médio, eu teimosamente, heroicamente, quis continuar estudando. Sim, porque continuar estudando além do ensino gratuito (até o segundo grau o governo, ainda bem, instituía a possibilidade de ensino gratuito com certa facilidade), estudar além do segundo grau, para jovens da minha realidade social da época, era um verdadeiro ato de heroísmo. Ali só existia dois tipos de instituições de ensino superior:
Pública - Na minha terra, na capital do país, só havia uma. Extremamente centralizada e concorridíssima e, por consequência, só possível aos filhos dos ricos, aos filhos dos ricos que puderam ter os melhores ensinos, que puderam ser melhor preparados e com isso, terem mais condições de passarem no vestibular (concurso de seleção). Claro que haviam pobres lá também, pessoas advindas de escolas públicas, mas, eram poucas. A maioria dos filhos de pobres, de jovens vindos das classes média ou baixa, de pessoas que tinham tido ensino mediano (ou pobre, ou fraco/fraquíssimo. Tendo de aprender (perder tempo aprendendo) matérias tecnicistas que nem de longe eram aproveitadas ou de serventia para o vestibular), pessoas assim (a maioria - que nem eu) nem de longe tinham condições de passarem no vestibular da única instituição pública de ensino superior da capital, não tinham mesmo;
Privada - Era a outra opção de ensino superior. Pouquíssimas Faculdades (sim porque não existiam Universidades Privadas) e que também (advinha) sim, eram também para os ricos, ou para os filhos dos ricos que não conseguiam passar na Universidade Pública. Haviam poucas Faculdades Privadas, muita gente querendo estudar, mas, poucas vagas. Ou seja, os cursos eram caríssimos. E mesmo que não fossem, eram caríssimos para a maioria de nós, uma maioria de pessoas a querer vencer numa realidade bruta, literalmente falando.
Bruta pelo fato de pertencermos a uma realidade de ditadura (anos de chumbo como ficou conhecido o período militar no Brasil do golpe militar de 1964 e que durou até meados dos anos 80, 1985) e que, mesmo após findo, nada de muita mudança pra melhor.
A Censura (pra quem não conhece - instrumento de tolhimento, de polda a limitar a arte, a expressão, a liberdade) existiu ainda por vários anos (hoje está mais velada, mais discreta, mas, está por aí). Por aí numa realidade hipócrita, de um país historicamente conhecido como corrupto, pobre em ciências, em fazer, em acontecer, um país do futuro.
Ironicamente representado até no Hino - deitado eternamente em berço esplendido.
Que coisa é essa de deitado?! Paciência.
É o nosso país.
É a nossa cultura. Curtura.
Curtura de cultura.
Mas que melhora, ainda bem. Mesmo que lentamente, ainda assim, a melhorar. Sempre.
Ainda bem.
Como exemplo, a educação superior hoje mais acessível a todos (mais vulgarizada por certo, mas, mais acessível). Hoje é possível um curso superior com mensalidades que muitos pobres podem pagar.
Pobres, não. Classe baixa talvez (ainda assim errado). Classe média baixa fica melhor.
Como dito, até palavras ficam fora de moda, e expressões também.
Já com relação ao ensino público superior, este também como sabemos, ficou mais fácil de ingresso - quotas, ensino básico e médio públicos de melhor qualidade com preparo voltado para o vestibular, concursos paralelos (ENEM) com vistas a facilitar o ingresso. Isso é bom.
Mais possibilidade de mais doutores.
Mais possibilidade de mais doutores vindos de realidades humildes.
Isso é bom.
Novamente a palavra realidade.
Bem isso que trata este texto: realidades (reais ou não, reais, virtuais, realidades).
Findando (enfim) observações quanto à realidade dos anos de chumbo na concepção deste que fala, deste nascido na capital, capital de muitas coisas (inclusive símbolo do militarismo também), só para efeito de comparação do que era aquela realidade com estes tempos por nós agora vivendo, comparando agora o que era a liberdade de expressão (liberdade?).
Naquela ocasião, um grande cantor (seis álbuns, várias músicas, mas que o destino fez ser um grande cantor de uma música só), uma grande música. Uma linda música.
Retirou-se do meio artístico depois de haver sido torturado no governo militar ou, como dito hoje na nossa tão presente internet, ter sido vítima do processo de massificação cultural.
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que música tão linda você fez?!
Que preço tão alto você pagou (assim como muitos) apenas por ter tentado ser apenas um pouco você?! Por ter tentado ser apenas um pouco do que pensava, do que pensou.
Quanto que pagamos no decorrer da história pelo que pensamos, pelo que cremos, pelo que pra nós é o sentido de nossas vidas, é a forma como vemos, é nossa realidade?
Nasceu em 1935. Remotamente ouvi falar dele, ou ouvi ele falar, no decorrer de minha vida. Há quem diga que já faleceu. Pra mim é um mistério.
Mas, sua lembrança, sua mensagem, seu pensamento espelhado nessa música, esse eu nunca esquecerei.
Não posso deixar de pensar várias coisas quanto a este artista, quanto a esta música:
1 - Nunca pensei encontrar a palavra massificação. Quando falei de minha própria experiência quanto à minha própria educação tecnicista massificadora, nunca pensei ver essa palavra dita quanto a história de um artista. Até porque nem havia pensado em citá-lo, até porque nem sabia o rumo que este texto tomaria, não mesmo. Achei muito interessante ver esta palavra se referindo à história dele enquanto eu a usava me referindo à minha própria história e ainda, se referindo a um assunto comum (o golpe de 64), um experiência comum a duas pessoas diferentes, em tempos diferentes, existências diferentes. Achei demais;
2 - Nunca pensei ver, quanto a este artista, uma foto que de cara me remeteu a outra, de outro ser histórico que também sofreu (no caso até morreu) por causa de ideologias, por causa de militarismo, extremismo, por causa de causas. Veja esta foto do Geraldo, abaixo, e diga se não lembra algo:
Lembra?
Lembra.
Che Guevara.
E sua foto.
A foto mais pirateada de todos os tempos.
Achei incrível a coincidência do tema tratado aqui, neste trecho deste texto (de artistas, regimes políticos, ideologias, torturas, semelhança em fotos...), achei incrível. Demais, mesmo;
3 - A música. Que música é essa?! Que sofrimento, que dor, que sensibilidade, coragem, inteligência? Que preço você pagou, Geraldo, pelo legado que deixou? Pelo recado que deixou? Caramba!
Palavras.
Como podemos brincar com elas!
E que preço pagarmos a partir delas.
Brincadeiras como a editar/modificar a sequência das estrofes de uma música. Estrofe (palavra de pouco uso que se refere a poesia).
Estrofe - neste caso se referindo a uma música, uma linda música, uma música poesia.
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Todos perdidos, soldados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos soldados, cada um dentro de sua ideologia defendendo o que acredita. cada um dentro de sua realidade.
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Cada um dentro de seus ensinamentos, sem razões, ou ensinando novas lições.
Cada com seus, ainda, amores em mente (para os que têm amores), ou para os que têm suas histórias, certezas.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
.E para todos, como a ratificar sermos todos uma só intenção, uma só direção independente de nosso virtual, vem vamos embora. Como se fossemos embora em direção a uma só direção, a uma só verdade.
Muito lindo.
E o que na verdade, não deixa de ser verdade. Como que todos nós, independente de nossas verdades (reais ou virtuais), queremos todos nós nos dirigirmos à verdade, à única verdade. Queremos a salvação.
Queremos Deus.
Independentes de nossas crenças.
Uma vez ouvi uma frase que dizia que até o mais convicto ateu em determinado momento da vida, ou no fim dela, se reportava a Deus, queria estar com Ele. Por menos que se acredite, qualquer um pensa Nele em algum momento da vida, mesmo que no fim dela.
Pena que no decorrer da vida podemos nos perder em valores errados.
Exemplos mil temos a todo instante:
A Canção Tocou na Hora Errada (Parte)
Ana Carolina
A canção tocou na hora errada,
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada,
Se é você eu não sei nada.
Mais ou menos como se falasse que sem você não sou nada.
E isso se deve, como dito na música, a extremos. Principalmente, à paixões:
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Eu sei que vou te amar por toda a minha vida, em cada despedida, desesperadamente.
Eu sei que vou sofrer a cada ausência tua.
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura.
Por não te ter ao meu lado?!
Eternamente?!
Me parece um erro. Duas músicas a relatarem um erro em que podemos incorrer.
E, ainda assim, conforme os desígnios de Deus para que possamos, através do nosso livre arbítrio, escolher que caminho seguir.
Vemos isso numa parte da introdução do livro O Grande Conflito (Erguendo o Véu do Futuro) que diz se referindo aos que distorcem a verdade: Grande opróbrio tem sido lançado sobre a obra do Espírito Santo pelos erros de uma classe que, pretendendo possuir iluminação, afirma não mais necessitar da orientação da Palavra de Deus . Estas pessoas são governadas pela impressões que consideram como sendo a voz de Deus na alma. Mas o espírito que as controla não é o espírito de Deus. Ao seguir essas impressões, ao mesmo tempo em que negligenciam as escrituras, serão tão-somente conduzidos a confusão do enganador. Uma vez que o ministério do Esprito Santo é de vital importância para a igreja de Cristo, um dos artifícios de Satanás - através dos erros de extremistas e fanáticos - é produzir contenda em relação à obra do Espírito e levar o povo de Deus a negligenciar essa fonte de fortalecimento, a qual foi provida pelo próprio Senhor.
Falando assim parece fácil nos desvencilharmos dos desenganos. Pode até ser.
Tem outra parte do livro que ratifica o que foi dito acima, mas, se referindo às paixões, e a forma como o enganador ludibria a nós a partir do momento que nos deixamos levar. E isso, conforme desígnios de Deus, conforme permissão Dele, não na intenção da perdição de nós todos, mas, na intenção da separação dos dos os que querem servir ou não.
Como solução a fé, o ensinamento, a palavra: Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino para a repreensão, para a correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. - II Timóteo 3: 16 e 17.
Quanto de verdades e mentiras vivemos a cada dia e nem percebemos?
Agora mesmo pensamentos, canções e palavras sagradas a nos apresentarem exemplos do que podemos, ou devemos querer seguir, e de repente nem percebemos.
Descobertas.
Saber que a imagem no espelho não é nossa verdadeira imagem. Creio ser isso uma grande descoberta, uma grande surpresa, assim como tantas surpresas com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia, com cada coisa que aprendemos.
E quanto que nos acontece sem que se quer percebamos.
Há algum tempo encontrei uma moeda de dez pesos mexicanos em meio a algumas moedas que recebi de troco. Uma moeda maior e mais pesada que nossa moeda de um real, mas, para quem olhasse rapidamente, de repente, acharia tratar-se da moeda de nosso país (ela também é prata com a borda dourada).
Aquele fato, aquele achado naquele momento me chamou a atenção.
Fiquei surpreso com nossa desatenção.
Por quantas mãos aquela moeda deveria ter passado despercebida até chegar às minhas?
Como poderia isso acontecer sem ninguém ver? Pensei.
Fico pensando como, de repente, ficamos tão inertes dentro de nós mesmos, dentro de nossas necessidades, dentro da vontade de termos nossas necessidades atendidas, que nem percebemo minucias. Basicamente, percebemos só o que nos interessa. E assim mesmo, só o que nos interessa de mais imediato.
Fiquei mais surpreso ainda quando um tempo depois encontrei, em meio a outras moedas, uma moeda de vinte centavos de euro (parece com a nossa de dez centavos - só que mais pesada e mais mal feita).
Sim.
Nem se compara com o acabamento de nossas moedas.
Já não de hoje também, percebo o capricho nosso em muitos aspectos. Comparo produtos nossos e vejo que eles não são menos bons que outros de outros lugares. Não mesmo.
E isso também quanto à qualidade de nosso dinheiro. Fiquei surpreso em ver uma certa má qualidade naquela moeda de euro, justamente de euro, uma das moedas mais fortes do mundo (um euro atualmente custando cerca de três reais e cinquenta centavos, pra se ter uma ideia).
Depois achei uma moeda de cinquenta centavos argentinos (parece com a nossa de vinte e cinco centavos).
Depois achei uma de dois pesos argentinos (parece com a nossa de um real só que menor, bem menor).
Pode não parecer nada, mas, para mim aquelas moedas, aqueles achados, aquele fato de ver diferenças circulando entre nós me chamou muita a atenção. Fiquei surpresíssimo, admiradíssimo a pensar porque.
Por que? Como podemos não perceber coisas que estão ao nosso alcance, como que não crescemos, não melhoramos a partir dos exemplos e ensinamentos que vemos todos os dias?
Quanto às moedas, depois, por último, encontrei por aí, circulando como normal, uma moeda de um peso argentino (un peso). Aí foi a gota.
As outras todas moedas que citei até que estariam, de certa forma, desculpadas em circularem sem serem percebidas (pelo fato de serem parecidas com as nossas), mas, esta última é completamente diferente de todas as nossas. É uma moeda pequena e leve, de centro dourado com borda prateada.
Centro dourado com borda prateada, ou seja, além de leve e pequena, é o contrário da nossa única moeda de duas cores (a de um real) que tem o centro prateado e a borda dourada.
Aquilo pra mim foi demais.
Pensei: De que forma essa moeda foi aceita até chegar à minha mão? Será que a recebiam como um real?
Será que a recebiam como cinquenta centavos?
Tem ainda outro momento moeda que eu gostaria de citar. Achei, um dia desses, uma moeda de cinco centavos (daquela nossa prateada que quase não vemos mais, mas, que vale). Caramba! Só me faltava essa. Pensei:
Pode ser que ela esteja jogada fora por ter sido perdida? Pode.
Pode ser que ela tenha sido deixada por não despertar o interesse de ninguém em pegá-la, por ela já não valer quase nada? Pode.
Mas, só falta pouco alguém tê-la jogado fora por achar que ela não vale, por não mais conhecê-la como uma moeda nossa e em circulação pois, só conhece a outra (a de cinco centavos de cobre que hoje é mais comum e que, quase não vemos mais a outra prateada)
Ou seja, só falta pouco deixarmos entre nós moedas estranhas como se elas fossem válidas, somente pelo fato de, às vezes, elas serem "parecidas" com as de nosso país e, ao mesmo tempo, jogarmos fora moedas nossas por "não" mais conhecê-las. Não entre aspas mesmo.
Um absurdo, essa história dessas moedas, pra mim, quanto à nossa desatenção. Uma desatenção que não devíamos ter.
Caramba! Essa história dessas moedas que citei só serviram pra mim, pra corroborarem pra mim, com o que vejo todos os dias quanto à pessoas, como que somos (muitos de nós) egoístas.
Todos sabemos que não devemos pisar na grama, mas, todos os dias vemos pessoas pisando na grama como algo natural, a caminharem tranquilamente como se nada estivesse errado (talvez nem esteja - no mundo deles).
Todos os dias vemos pessoas a jogarem lixo pelo chão na rua (mesmo sabendo e vendo, todos os dias em noticiários, que o lixo entope bueiros. Bueiros que mal funcionando colaboram para enchentes).
Enchentes?! Que enchentes? Ah! Se não for na minha casa, tudo bem.
E se for. O que eu fiz pra que acontecesse comigo? Fiz alguma coisa? Deixei de fazer?
É ruim, heim! É ruim, de tanto pensamento assim.
É isso que percebo em muitos - uma falta de pensar, de se preocupar. Preocupar?! Preocupar com o quê?!
Se for do meu interesse, para acabar com minha fome, com minha falta de dinheiro, com minha necessidade imediata, tudo bem. Senão... Nada.
O resto é resto.
É como vejo: muitos vivendo pra comer ao invés de comer pra viver.
Não sei se é impressão minha, mas, é como se em uma espécie de inanição, meio que autômatos, máquinas, sem ter em mais crê ou, forças para o que mais lutar, vestíssemos a camisa de uma certa derrota, a derrota de termos de nos contentar com o pouco. E nessa realidade de luta sem fim, acordar cedo todos os dias, fazer tudo igual, maquinal, rotineiramente igual, aguardar o final do mês e receber o minguado salário que dura poucos dias, senão um só dia, o que me parece, o que vejo é uma massa de cabisbaixos, pensando baixo a passar uns pelos outros sem se olharem, sem se verem, conversarem, sem se comunicarem.
É uma realidade bruta. Não dá pra tirar a razão de ninguém por se isolar em seu mundo, sorrir só quando em meio aos seus, enquanto pelas andamos apressados, agarrados às nossas bolsas e bolsos que nada têm, mas, que assim mesmo, tentamos evitar que levem. Até pra mim que relato aqui, agora, essa minha forma de pensar, me parece um pensamento cruel ou, talvez não não cruel, mas, triste. Um pensamento triste sob a forma como eu vejo a nós enquanto cada um só pelo mundo à busca de seu objetivo. Sei que somos diferentes disso, mas, entristece-me a ideia, a realidade de não podermos ser o bom que somos, em todos os momentos.
E com isso, a impressão de se ver um mundo cheio de sós. Sós, sem sorrisos, apressados, apagados, apáticos muito aquém do que poderíamos ser a tornar o mundo uma realidade de mais unidos, de mais irmãos. Irmãos, se pudéssemos confiar uns nos outros.
Irmãos, se tivéssemos em nossas mentes o tempo todo, verdadeiramente, a concepção de que somos todos irmãos.
Falando palavras assim, pensando dessa forma, poderia eu mesmo recriminar-me (já o fiz muito). Em outros tempos até culpa eu sentiria por pensar assim. Mas, não é o caso.
Aprendi que tudo é o que tem de ser e não nos cabe o direito da tristeza, do achar estarmos em lugar errado, de nos achar nadando contra a maré, do nos revoltarmos. Não nos cabe revolta ou culpa.
Estamos aqui, isso sim, para sermos fortes, para aprendermos, escolhermos, e se tivermos a graça do conseguirmos nos ver inseridos em contexto porque assim é que tem de ser, porque assim é a vontade de Deus, para que nos vendo a nós mesmos aqui para ajudarmos, e nos ajudarmos a nós mesmos, em busca da evolução, do crescimento, do alcançar de todos nós. Se conseguimos ver a nós mesmos como parte, como instrumento do bem, em prol do bem, acredito que não estaremos aqui perdendo nosso tempo. E creio, e digo que, apesar de me referir, grosseiramente, a nós como autômatos, acredito que dentro de cada um, o bem, essa chama do querer merecer bênçãos, perdão, redenção divina, salvação.
E isso apesar de, às vezes, ou por vezes, ou muitas vezes, nos perdermos dentro dos desvios causados pela cegueira dessa nossa existência material que tanto nos empurra para ações egoístas em detrimento da união, em detrimento do amor.
Há tempos acredito nas coisas acontecendo por ondas e, de maneira alguma, de forma isolada onde eu possa pensar que a forma negativa, ou positiva, como vejo, é uma forma só minha de ver. Não é mesmo.
Tudo é conforme a vontade do Pai e, assim como existe afinidade no mal (união na intenção do mal), existe também, e muito mais forte, a união do bem a observar e agir. Muitos vêem da mesma forma de nós.
Um pensamento nosso não é um pensamento único. É um pensamento compartilhado por muitos, e prova disso é o que não falta.
Lembrei agora até de um fato que um dia estudei e que me chamou muito a atenção. Um fato relacionado á invenção do avião.
Invenção atribuída a Santos Dumond, mas, que desde mesmo aquela época (1905 se não me engano), mesmo ali numa época de muito pouco tudo (em relação a hoje), uma época de também comunicação precária, desde o anúncio da invenção, ali mesmo, dois irmão contestaram. Disseram serem eles os inventores.
Ou seja, por horas, ou por dias, ou talvez até tenham inventado antes, mas, para muitos ficou como registrado, o avião haver sido inventado por nosso compatriota. Ou seja, mesmo alguém afirmando ser o autor, inventor, outros o fariam. Independente de se conhecerem ou não.
No livro A Caminho da Luz vemos um momento de nossa história recente em que Deus querendo que déssemos um salto evolutivo (como de fato o fizemos nestes últimos dois mil anos) enviou à Terra espíritos elevados para, nascidos entre nós, como nós, nos fossem exemplos, nos fossem guias nas mais diversas áreas desde a arte até a ciência, em todas as áreas, para nos nivelarmos mais alto.
A ideia, a inspiração, o pensamento está em toda parte, não é só nosso. Meu pensamento quanto ao que penso ver não é só meu.
É conforme a vontade divina.
E isso, por mais que eu possa ter parecido ter sido duro quanto à minha forma de ver e de falar quanto à forma egoísta e autômata que vejo no mundo que vejo, um pensamento que não é só meu. Quer ver?
Observe a música abaixo. Escutei-a uma única vez até agora e chamou-me muito a atenção pelo fato de ela vir a corroborar meus pensamentos, pensamentos que aqui já os tinha escrito mesmo antes de ouvi-la. Achei demais.
Eu quis fazer amor
Uma canção de amor
Pra ouvir você cantar
Cheia de rimas
Mas só me vei o
Que o povo corre atrás de dinheiro
E um prato cheio faz o um sorriso pra um dia inteiro
Uma canção de amor
Pra ouvir você cantar
Cheia de rimas
Mas só me vei o
Que o povo corre atrás de dinheiro
E um prato cheio faz o um sorriso pra um dia inteiro
E quando eu ando depresa
Pra poder te encontrar
Tem muita mão que me atrasa
Pra saber o que eu posso dar
Pra poder te encontrar
Tem muita mão que me atrasa
Pra saber o que eu posso dar
Pra todo fim tem um meio
Tem muito jeito de amar
Tem dor que foge do peito
Pra ir morar em noutro lugar
Tem muito jeito de amar
Tem dor que foge do peito
Pra ir morar em noutro lugar
E quando você me abraça
Esqueço da vida dura
Que gente não teve passa
Do outro lado da rua
Esqueço da vida dura
Que gente não teve passa
Do outro lado da rua
Eu quis fazer amor
Uma canção de amor
Pra ouvir você cantar - Como se Deus oferecesse uma vida de amor, mas...
Mas só me vei o
Que o povo corre atrás de dinheiro
E um prato cheio faz o um sorriso pra um dia inteiro - Por causa da vida que achamos ser a vida verdadeira, vivemos e nos contentamos com o alimento, vivemos pra comer e nos satisfazemos com isso, como se isso fosse a verdade. Muitos não vêem que essa não é a verdade, mas...
Pra todo fim tem um meio
Tem muito jeito de amar
Tem dor que foge do peito
Pra ir morar em noutro lugar
Tem muito jeito de amar
Tem dor que foge do peito
Pra ir morar em noutro lugar
E quando você me abraça
Esqueço da vida dura
Pra todo fim tem um meio, um jeito de amar (fé).Esqueço da vida dura
A dor que foge do peito pra ir pra outro lugar (alento).
Esqueço da vida dura - Deus, força, discernimento nosso pra vermos além. Pra vermos que há mais do que o que achamos, apenas, estarmos vendo. Nessa hora, um crescer.
Linda música.
Também quanto ao dia-a-dia, é como vemos nas guerras, no que tanto foi falado aqui sobre o golpe militar, sobre a música ou a passagem bíblica que fala sobre a linguagem dos anjos. No filme que fala sobre os linguagem dos anjos.
Em todos esses exemplos vemos direções, vemos união. No filme, inclusive, um momento muito bonito - a hora dos anjos (seis horas). Acho que seis da tarde. Nessa hora todos olham na mesma direção, sentem a mesma força e alegria. Todos são um.
No dia-a-dia?!
No nosso dia-a-dia?!
No dia-a-dia aqui, dessa terra?!
Deixe-me ver. Em momentos até que somos um: quando estamos num ponto de ônibus olhamos todos na mesma direção (o tempo todo), acho tão interessante isso (rsrs).
Quando estamos vendo um jogo, todos olhamos o tempo todo para um só ponto, a bola.
Quando estamos na igreja, ou estudando, ou no cinema, etc.
É. Até que em momentos, até que somos um. Uma massa, um pensamento, uma vontade.
O problema, em minha opinião, é quando somos só nós, é quando somos só o nosso pensamento e nossa vontade aqui nesse plano, nessa terra, nessa nossa terra, na terra que nós vemos, como vemos. Vemos muito baixo.
Muitos de nós, talvez a maioria de nós, vêem o mundo, a realidade, de uma forma muito baixa, muito feia. Sem se importar com nada, ou quase mais nada, além de si mesmos. Prova disso? Olhamos todos na mesma direção até a chegada do ônibus, nessa hora é cada um por si. Os mais conscientes até que respeitam, até que esperam, enquanto outros atropelam.
E na hora do gol? Alegria de uns, tristeza de outros.
Quão bom seria todos, o tempo todo, num único pensamento do bem (a hora dos anjos) e que, mesmo depois de acaba essa hora, mantivéssemos nossos pensamentos elevados (como os anjos) na busca de um mundo melhor através do amor. Um dia, cada dia um pouco mais.
Já citei as músicas que vou citar agora (citei em outro texto no mesmo contexto), mas, vou citar de novo.
Ney Matogrosso fala em uma de suas músicas que é por baixo do pano tudo acontece. É por baixo do pano que, literalmente, fazemos tudo que queremos. Em prol da gente, claro.
E contra os outros também. Por baixo do pano fazemos tudo de bom (pra nós) ou de mau (pra quem quer que seja) sem termos de nos importar com nada. É como se lá (debaixo do pano) fôssemos o que, realmente, somos.
Tomando ao pé da letra a letra dessa música, dessa forma acima falada, é triste vermos como somos. Mas, claro que isso é uma interpretação minha sobre aquela música. Pode ser que não tenha sido isso que o artista tentou falar.
Mas, é isso que entendi dela.
E o pior: é isso o que entendo do que entendo e vejo muito no mundo.
Pode ser que eu esteja errado? Sim. Pode ser.
E eu, sinceramente, gostaria muito de pensar que estou. Muito mesmo.
Mas.....
O nosso grande conjunto Capital Inicial fala em uma de suas músicas (em uma de suas lindas músicas) uma linda frase: a noite esclarece o que o dia escondeu.
Caramba! Que frase linda.
E o pior: tristemente linda.
Tristemente e verdadeiramente linda. Infelizmente.
A noite esclarece o que o dia escondeu.
O que o dia escondeu? E o que a noite pode esclarecer?
O dia é luz, é esclarecimento, é a verdade do ensinamento divino, das leis nos fazendo ser o que, de repente, nem queremos ser. Nos fazendo ser o pensar, o aprender, em prol dos outros também.
Nos fazendo sermos um todo.
E isso vai contra o interesse de muitos que só têm interesses em si mesmos ou, talvez, minimamente, um pouco também nos outros.
E a noite? A noite é sombra, é o escuro onde nos escondemos na intenção da fuga para não sermos presos por nossos erros.
A noite é o esclarecimento dos verdadeiros nós, onde sem estejamos sendo vistos podemos fazer o que queremos. E fazemos.
Fazemos conforme nossa vontade, conforme nosso querer em detrimento de tudo e de todos. É onde somos o que o dia escondeu, nos fez esconder.
Incrível!
Incrível a vida, os ensinamentos todos (divinos ou não). Se bem que tudo é divino. Tudo conforme a vontade de Deus a nos deixar escolher o caminho que queremos seguir.
Divino isso.
Divino isso também.
Escolhas a todo momento a nos moldarem. Se percebemos, crescemos.
Se não...
Crescemos também.
Só que mais lentamente.
É uma mistura essa nossa terra. É o que é.
Crescemos todos nós - é o que acredito.
Li num livro, certa vez, uma frase que nunca esqueci. Não vou falar qual não, falou? Pra não estragar a surpresa. (rsrs)
Se eu ficar falando tudo dele ninguém vai querer mais lê-lo. Num é não? (A Cabana (maravilhoso) rsrs)
Pois bem.
Havia uma passagem que era um diálogo entre Deus e um homem:
- Mas, eu posso não fazer o que o Senhor quer que eu faça.
- Não. Você vai fazer porque eu o sei. Eu sei tudo. E sei que você fará. Pode não fazer aqui, agora, mas fará pois, tenho seus caminhos traçados e se você não o fizer aqui, agora, ainda assim tenho quarenta e sete outros caminhos pra você. Um deles será.
Achei lindo.
Achei forte.
E acho que é o que é.
Temos o livre arbítrio? Sim.
Podemos errar? Sim.
Mas, creio em Deus sendo amor. E sendo Ele amor, ele não quer pra nós a morte, a destruição, o fogo eterno. Ele nos quer salvos.
E todos nós seremos. Cedo ou tarde seremos.
Claro que atrasado ou não conforme nossa vontade.
Assim como o mundo que vivemos que melhora ou não conforme nossa vontade.
Infelizmente, nem sempre nem sabemos se temos vontade de outras coisas (melhora do mundo ou de pessoas) senão de nossa própria vontade. Infelizmente.
Mas, com tudo isso, um mundo a melhorar sempre. Pra mim, sempre.
Assim como as pessoas. Sempre.
Verdade? Mentira? Besteira?
Pensamentos.
Interessante saber que tanto a imagem no espelho, quanto a imagem na foto, são virtuais. São mentiras.
Não são imagens reais.
Você já parou pensar que você nunca será capaz de ver a imagem real de sua face? Nunca.
Verá de sua mão, de seu pé, mas, nunca de sua face.
Já parou pra pensar que a imagem no espelho, que sempre pensou ser sua real imagem, na verdade não é? Não?
E sabe o que é mais interessante ainda?! Volte lá naquela passagem bíblica que citei quanto á língua dos anjos:
1 Coríntios 13
em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Olha só que lindo!Até na bíblia (palavras antigas) pensamentos antigos a se referirem à imagem no espelho como algo ilusório, uma não verdadeira verdade. Uma verdade que se há de conhecer, não ali diante do espelho.
Lindo não é não?
Como se ciência (no caso a Física) e religião (ensinamentos divinos) falassem a mesma linguagem. Muito lindo.
Quanto de mais conjecturas poderíamos aqui fazer?
Quanto de tudo isso falado é verdade ou mentira?
O que é verdade?
O que é mentira?
O que é a verdade para cada um de nós?
Se lembra da experiência que falei de nós quanto ao espelho? Que passamos pela vida sem vermos nossa imagem real? Vamos lá? Quer ver? Então vamos:Primeiro - Tape seu olho esquerdo com sua mão esquerda e tire uma foto da imagem refletida no espelho:
Repare. São imagens invertidas onde a do espelho é virtual (uma mentira) onde sua mão esquerda vira mão direita. Já a foto que tirou de frente pra você (embora também virtual por ser algo produzida por uma máquina, por lentes), ainda assim, é como se estivessem olhando pra você, ou, você olhando pra você onde a mão esquerda no olho esquerdo são, realmente, esquerdos, seria nossa imagem real. De uma forma que não conseguimos ver pois, para isso, deveríamos estar de frente pra nós mesmos. Impossível.
Foi mal minhas próprias fotos, nunca fui fotogênico. Ainda mais agora, que nem as músicas (no espelho essa imagem não é minha, ou, quando olho no espelho estou ficando velho e acabado (rsrs)). Paciência. É o preço que pagamos nessa vida, né? A idade.
De qualquer forma, por mais que o espelho, ou foto, me reflita, nos reflitam, eles não conseguem transmitir nossa verdadeira imagem. Uma imagem viva, linda, como sabemos que somos e que não aparece em nada virtual pois, essa sim é a imagem real. Nossa imagem real.
O Dlha só que lindo:
O amor precisa da sorte
De um trato certo com o tempo
Pra que o momento do encontro seja pra dois o exato momento
O amor precisa de sol
E do barulho da chuva
De beijos desesperados
De sonhos trocados da ausência de culpa
De um trato certo com o tempo
Pra que o momento do encontro seja pra dois o exato momento
O amor precisa de sol
E do barulho da chuva
De beijos desesperados
De sonhos trocados da ausência de culpa
Talvez o amor só seja assim pra mim
E pra você não seja nada disso
Mas eu prometo tentar aprender a te amar do jeito que for preciso
E pra você não seja nada disso
Mas eu prometo tentar aprender a te amar do jeito que for preciso
Exato Momento - Parte
Zé Ricardo
Talvez o amor só seja assim pra mim
E pra você não seja nada disso
Como as letras deste texto que pra mim possam ser verdades e pra você não sejam nada.
Aí ele diz:
Mas eu prometo tentar aprender a te amar do jeito que for preciso
E eu digo: Mas, eu prometo tentar escrever algo na intenção do seu melhor, na intenção do melhor para todos nós.
E ele complementa, lindamente, na música dele:
Mas se o amor quiser mudar as leis do que é certo
Ele faz que o improvável aconteça
Quando o amor vier não tema, tenha fé
Ele encherá seu olhar de esplendor e beleza
Ele faz que o improvável aconteça
Quando o amor vier não tema, tenha fé
Ele encherá seu olhar de esplendor e beleza
E eu digo:
Mas, Deus quer que conheçamos a verdade.
Não tema, tenha fé.
Independente de verdades inacreditáveis do mundo ou de belas mentiras. Na fé, na Palavra, em Deus está
o nosso norte, o nosso querer a encher nossos corações da verdadeira alegria, da verdadeira verdade, de paz.
Que sejamos pois, como na música: soldados armados ou não, amados ou não.
Mas, que todos nós olhemos na direção certa, cresçamos sempre e estejamos sempre certos em nossos pensamentos
de uma forma que nos seja boa, que nos faça o verdadeiro bem. Da verdadeira forma que nos é boa.
Deus.Deus em nossos corações e mentes a alegrar nossos espíritos.
A nos alegrar da forma verdadeira.
Sempre.
Numa das mais recentes músicas do O Rappa (Monstro Invisível) vemos a frase:
Vejo a história, ela comunga
É como se o autor fosse uma pessoa experiente, um observador a ver que todos comungam. Mesmo que cada um comungue algo, alguém, não necessariamente todos vejam da mesma forma.
Como consequência, ele continua:
Poço lado sujo cria do descaso
Alimentando folhas em branco e preto
Outra epidemia desanima quem convive com medo
Botões, atalhos amplificam a distância
E a preguiça de estar lado a lado veste a armadura
Esse é o poder solitário
É como se, nos dedicando a valores incorretos (lado sujo, desânimo, distância), obtivéssemos um só resultado, o fracasso (poder solitário).
Mas, aí ele vem com a solução:
Vejo a minha história com a sua comungar
Como se a dizer para todos nós comungarmos o verdadeiro valor, o verdadeiro sentido, a solução, a verdeira verdade.
No caso da música, um sentido lúdico, um algo meio só que artístico. De repente, só uma música.
Mas, trazendo para a vida, é como se fôssemos convidados a comungar com Deus.
Um convite a todos na intenção de um, do verdadeiro.
O verdadeiro sentido, a verdadeira resposta, a verdadeira felicidade.
A única.
O único.
O amor vicia.
Fazer o bem faz bem.
É um convite à nós feito a todo instante. Só não vê quem não quer.
Certa vez, Frank Sinatra foi indagado sobre a grande beleza de uma de suas músicas.
Como resposta ele disse:
- É porque ela não é desse mundo.
Linda resposta não é não?
Novamente a arte completando a vida e vise-versa.
A arte aludindo o divino como solução a mistérios da vida.
Acreditemos pois, na regência celeste (por menos que possamos não pensar nela, em Deus) a nos permitir forças para sobrepujarmos quaisquer intempéries.
Não nos vejamos fracos.
Não sejamos fracos.
Pelo contrário. Somos únicos.
Somos a imagem e semelhança Dele.
Consequentemente, somos a vitória.
A verdadeira vitória pautada na verdadeira verdade.
Deus.
A você.
Sempre.
Com carinho.
Jeff























































