1 Real Era 1 Real
Estou num ônibus. Até aí tudo
bem, nada de mais, passei boa parte de minha vida dentro de ônibus,
completamente “incompetente” (como milhões de brasileiros – ou pessoas pelo
mundo inteiro) para ter uma vida financeira estável capaz de me assegurar
confortos com os quais sempre sonhei e que nunca tive condições de manter, como
por exemplo poder andar cotidianamente em meu próprio carro em boas condições e
com combustível no tanque. A diferença é que estou em um ônibus há vinte e cinco
anos atrás. Andando na minha rotina diária de trabalho, e necessidade
desconfortável de deslocamento (como hoje em dia, como sempre foi) só que sou
do futuro, estou em um ônibus urbano no mesmo percurso que sempre fiz, na
cidade em que sempre vivi, vendo o dia, observando pessoas e movimentos como
sempre fiz, mas, não sou eu como sempre fui – encontro-me 25 anos mais velho,
mais experiente, em uma realidade que conheci bem, que vivi bem, mas, que ficou
e que estava 25 anos pra trás, 25 anos enterrada no tempo e na memória (nem
tanto mais na memória – eu achava, nunca nem tinha pensado mais naquele tempo).
Gostei.
Gostei de estar ali, 25 anos mais
velho, mais experiente, conhecedor do futuro e daquele presente, teoricamente
mais preparado, para o que viria, do que as pessoas todas que vejo e que vivem,
que aparentam viver ali, como que inertes, como que perdidas, como que nada,
simplesmente estão ali, pensando que estão vivendo. Mas, que na verdade, não
estão. Parecem mais estarem, simplesmente, sobrevivendo ou... pensam estarem
fazendo o certo, simplesmente, procurando ganhar o pão de cada dia, como que
aparentemente satisfeitas, aparentemente felizes por terem em troca de suas
energias, de seu tempo, de sua satisfação, de suas vidas, em troca de suas vidas
(ou do que pensam ser suas vidas, ou (felizmente) não pensam, não pensam na
vida, não veem a verdadeira vida). Viver é, simplesmente, toma lá e dá cá –
mendigos sociais que veem como certo a simples troca de suas vidas por pão,
como se esse fosse o verdadeiro sentido da vida numa vida de correria cega,
insana, enganadora, sem sentido e vazia, a sem agregar, sem trazer para eles,
sem apresentar para eles (até porque eles nem sabem o que procurar, nem sabem
se devem procurar) o verdadeiro sentido da vida, simplesmente, sub existem.
Aliás, nem sabem que existem. Simplesmente estão ali a mercê do destino, do
nada, com seus destinos mais uma vez nas mãos do motorista que, tudo dando
certo, os entregará novamente aos seus destinos reais (ilusórios), onde eles se
doarão/venderão à troca do que julgam ser o objetivo de suas vidas,
simplesmente, o atendimento imediatista de suas necessidades
terrenas/carnais/animais e, ao final de cada dia, novamente, certamente,
felizmente, simplesmente, e corretamente, voltarão para suas respectivas casas,
com suas migalhas sociais (dinheiro ou alimento que nunca, nunca, lhes é
“dado”, lhes é permitido, na medida certa, na medida correta, na medida
literalmente justa/troca por seus esforços, por suas vidas. E voltam pra casa a
cada dia com seus quinhões (que poderiam ser maiores), que deveriam ser maiores
com vistas a, pelo menos, bancar com dignidade, com mais dignidade, as
necessidades deles e de seus familiares, mas, que normalmente, rotineiramente,
por toda as suas vidas, é, normalmente, insuficiente. Salários, resultados por
seus esforços, que nunca lhes serão tudo que desejam, que nunca lhes trarão
toda a satisfação que desejaram para si e para os seus e, ainda assim, julgam ser
o certo. Julgam ser o certo, por não saberem o que julgar, por não quererem, por
não verem, pensarem, enxergarem que não são, simplesmente, autômatos, máquinas,
animais, por não se verem mais, por não se verem todos iguais (iguais ao algo
mais, ao algo mais lúdico, mais espiritual), iguais ao que é certo, ao que
seria ser certo se verem iguais, nos vermos todos iguais à busca de um algo
mais de respeito e a ser alcançado, algo além, e não só troca de pão (alimento
Terra) por vida (trabalho Terra) – trabalho/resultado que não é só o “pão” que
vemos e que recebemos pelo trabalho que julgamos ser “tudo” que devemos fazer.
Uma vida cega de exploradores e explorados onde todos julgam estarem certos
(explorando ou sendo explorados), julgam ser certo a eterna máquina compressora
social da exploração, do levar vantagem, do “farinha pouca, meu pilão primeiro”
sempre. É isso que é a vida? Pobres cegos, ricos ou pobres, mas, pobres todos
cegos sociais/espirituais em suas vidas corriqueiras, ditas certas, nessa nossa
realidade/vida terrena, falsa, passageira, que não é fim e, sim, só passagem.
Mas, que muitos parecem ver como única, a praticarem só o que não deviam para
suas satisfações imediatas, como se este fosse o verdadeiro objetivo de nossas
vidas: de um lado a desonestidade a surrupiar o próximo, de outro a ignorância
a não permitir vermos o verdadeiro objetivo de nossas vidas, pobre de nós que
nos vemos em uma dessas duas situações.
Feliz de mim, que estou ali,
naquela realidade, mas, que sei ser de 25 anos além.
Pobre de mim que, mesmo sendo
futuro, mesmo sabendo o futuro daqueles que estão ali, naquele ônibus juntos
comigo, mesmo sabendo o futuro deles nada posso muito fazer. Não adianta querer
alertar, querer ensinar – ninguém (de modo geral) anda querendo aprender, anda
acreditando no que outros falam. Simplesmente, estamos ali (naquele ônibus) na
empáfia de nossos narizes a acreditarmos estarmos certos em acharmos que somos
suficientes para nós mesmos, em acharmos que nos bastamos, que o destino é
esse: sermos como peças, como partículas, o certo sermos como ondas, todos
juntos (tudo bem), mas, o que importando, simplesmente, primeiramente, e
principalmente unicamente, nossas barrigas. Ou, simplesmente, nós todos, cada
um não vendo nada – este é o certo: o que importa sou eu. O mundo? Que mundo?
Minha vida é o que preciso pra viver, é o que me importa. E é isso? É só isso
que, verdadeiramente, importa? Interessante é que um a um, cada passageiro, vai
saindo do ônibus. Não importa se satisfeito, não importa se satisfez, se foi o
melhor que devia ter sido, se fez ou tentou fazer o melhor que poderia ter
feito. O que importa... O que importa? Algo importa? A vida importa? Ou,
simplesmente, o certo é ir indo, no ônibus, simplesmente indo numa vida vazia
de troca, um dia atrás do outro todos iguais, vazios, fúteis, ir e voltar. Mas,
que papo é esse? Que coisa é essa de o que importa? Quem se importa com algo? O
que é se importar? O certo é, simplesmente, tentar ir e tentar voltar à busca
do pão (pra mim, claro), o resto é resto, e olhe lá. Afinal, não penso no
futuro, não vejo além, nem vejo o próximo (que próximo?). Estou aqui. Estou
aqui? Sei lá. Vou trabalhar à busca do meu pão sem pensar no futuro (não tenho
tempo) e, principalmente, não tenho preparo pra isso. Simplesmente trabalho a
busca do meu pão (que é o que me importa) até quando assim for, até quando eu
tiver de descer do ônibus (ou da vida), sei lá. Não penso nisso, não penso,
estou atrasado.
Interessante é que, ali, sei que
sou do futuro, sei que estou melhor preparado para o que estar por vir (pelo
menos para os próximos 25 anos – que é o que conheço). Sinto-me forte, sinto-me
diferente, um invasor (e é verdadeiro), sei que há algo errado. Como fui parar
ali? O que estou fazendo ali? Qual a moral da história? O que de proveito
tirarei daquela situação? Em que poderia ajudar? De que adiantará a minha
experiência de além futuro para aquela realidade bucólica/melancólica
passada/presente que estou, ali, vendo/vivendo? Qual o objetivo daquilo? Qual o
sentido daquilo? Há sentido? O que fazer? Devo fazer algo? Ou sou,
simplesmente, mais um passageiro naquele ônibus à espera do meu destino? Um
passageiro, por certo, com um pouco de mais vantagem, afinal, tenho uma visão
de mais além. Será isso uma vantagem? O que fazer? Fazer algo? Ou,
simplesmente, também simplesmente, esperar chegar ao meu ponto (destino) e
descer (fim da linha, fim da minha linha – vida)? Será esse, o meu destino ali?
Simplesmente, estar/viajar/ver, mas, com a única diferença em de saber que
imagina pensar de uma forma diferente, que imagina pensar na melhora além da
minha, no destino além do meu, do todo, e ainda assim, simplesmente, como todos
“os cegos” dali, simplesmente, esperar meu ponto chegar, minha jornada acabar,
e descer? E ir? É isso? Será isso que, simplesmente, devo fazer? Interessante
estar ali, me achando ser mais, estar um passo além (25 anos além),
interessante.
Interessante.
Sou brasileiro.
Sou brasileiro. E assim como cada
um, cada um que é resultado do país, da cultura, alimentação, altitude,
governo, cada um que é resultado do meio onde mora, assim também sou eu. Ainda
hoje, hoje, não no ônibus de que falei de 25 anos atrás, ainda hoje li numa
tira de revista, uma advogada famosa dizer sonhar com o dia em que terá orgulho
por morar no Brasil. Assim também eu digo, espero também poder dizer um dia ter
prazer em ser daqui, de morar aqui – muitas notícias a cada dia e, a maioria
delas, chatas ou ruins, a maioria delas... tristes.
É triste ver o que vemos em nossa
realidade, não só brasileira, a cada dia, sobre abusos, violências, desonestidade,
fome, miséria, fatos e atos advindos quase sempre de sentimentos vis a,
principalmente, prejudicarem os outros. Assistimos a violências praticadas aos
outros, até que um dia “os outros” podem se tornar “nós”, aí, nessa hora, nós
não somente espectadores, mas, também, vítimas.
Outro dia vi um documentário
sobre Ruanda. Falava sobre o genocídio ocorrido lá em que extremistas hutus
massacraram entre 500 mil a um milhão de tutsis, hutus e tutsis – dois dos
grupos étnicos que habitam a Ruanda, país de problemas étnicos, religiosos,
econômicos, e de corrupção, qual lhe rende extrema pobreza à sua população.
Ou seja, mais ou menos o que vejo no “meu“ país, mais ou menos o que vejo em
muitas partes e países do mundo e, o problema de Ruanda é antigo, rixa antiga
entre facções, entre linhas de pensamentos diferentes, entre ganâncias, cobiças
e ambições diferentes, entre principalmente os poderosos a prejudicar,
principalmente, os mais fracos – principalmente os mais fracos, como sempre,
como o que sempre, geralmente, vemos – irmãos matando irmãos. Mas, o que me
chamou a atenção foi o que um habitante falou. Ele disse que a palavra não era
harmonizar, não era esquecer, não era perdoar, mas, era tolerar. Tolerar mesmo
sem gostar, tolerar tendo de ver, todos os dias, como vizinhos, os que mataram
toda a sua família. Já pensou que tamanha não é a dor de uma pessoa dessas? Ter
de conviver, viver, ver (todos os dias) as pessoas que dizimaram sua família e,
ainda assim, tentar lhes sorrir, tentar conviver em paz com elas e, ainda
assim, saber que nessa sua atitude nobre (que também tem de ser a atitude dos algozes),
saber que nessa sua atitude de paz é que está a única esperança do seu povo. Se
o povo de Ruanda não tentar “perdoar”, não tentar “esquecer”, se o povo de
Ruanda for continuar a tentar vingar, a tentar compensar sua dor através da dor
que possa a outro provocar (mesmo que, teoricamente – digamos assim, certos (olho
por olho, dente por dente), eles sabem que não conseguirão a paz). E sabe o que
há de bonito, atualmente, em Ruanda? Eles conseguiram a paz. Mesmo que esta
possa não lhes ser, ainda, a verdadeira paz, a paz de espírito.
Mas, que paz de espírito é esta? Paz
conseguida através da violência, através da vingança? Matar os que matam os
nossos nos traz paz? Ou a tentativa de uma vida em paz, a busca da paz, nos
traz a paz? Uma cidadã ruandesa falou, com lágrimas nos olhos, que o futuro
dela, que o futuro deles, que o futuro dependia desta atitude nobre deles de
parcimônia no presente. A atitude nobre de paz de cada ruandês, no presente, a
ser o presente de cada um para a esperança de futuro de todos. Lindo demais,
emocionante demais. Parabéns, povo ruandês. Parabéns por sua conquista, pelo
seu exemplo, exemplo de racionalidade, de verdadeira humanidade, exemplo por
todos a ser seguido, parabéns. Lindo povo ruandês, e seu lindo exemplo a todos
nós.
Assim também sejamos todos nós:
Bem-vindo povo ruandês, bem-vindo, ao tempo da razão, bem-vindos todos nós ao
tempo da razão.
Sou brasileiro.
E, há 25 anos atrás, eu era um
brasileiro novo, com a metade da idade que tenho, com muito menos experiência
de vida do que a que tenho (e não que a que tenho seja grande coisa, não que eu
hoje seja grande alguma coisa), ainda assim, há 25 anos atrás, eu já via
coisas, já pensava coisas, já era crítico de coisas. Geralmente as ocorridas em
“meu” país, mas, também, relativamente, informado das que ocorriam em outros
países (como também o massacre de Ruanda – 1994). E isso, num mundo muito menos
informado que o nosso atual, muito menos visto, muito menos visto. Não que o
fato de vermos, hoje, tudo com mais rapidez, nos seja de todo bom, mas, é bom.
É bom saberem que estamos vendo (e agindo). Não creio na desonestidade sumindo
tão cedo da face da Terra, mas, creio na extirpação dela aos poucos, mesmo que
aos poucos ela se irá. Não creio no fim da desonestidade nem tão cedo, mas,
creio na dificuldade cada vez mais crescente de ser desonesto. E prova disso,
pra mim, é a diferença entre realidades de meu país de hoje e o de 25 anos
atrás – por muito tempo vi por estas bandas, descobertas de falcatruas – apenas
– ou tão somente, depois de muito tempo de praticadas (por vezes, muitas vezes,
somente, depois da morte dos autores). Quantas vezes não vi banqueiros e
políticos inescrupulosos “do meu país” morrerem e, somente tempos depois,
muitos tempos depois, serem descobertos seus erros, seus crimes. Crimes contra
o governo, crimes contra o governo (que nada mais é que o povo), crimes contra
o povo, crimes contra todos nós? Crimes pelos quais todo o povo paga até hoje,
mesmo sem ser culpado (um erro, uma injustiça, mas, infelizmente, inevitável).
Infelizmente, tempos de pagar (ainda hoje) pelos erros do passado, pelos erros
de outros no passado, pelos nossos próprios erros (que, de repente, não são
nossos, não fomos nós que cometemos, mas, que ainda assim, temos de pagar. E
pagamos (vide a realidade miserável (2017) do Brasil)).
Fico admirado como que arte imita
a vida, como que a vida reflete a arte.
Não acredito no acaso. Para mim
não há acaso e nem coincidência. Há o que tem de ser, existe o que tem de
existir conforme uma vontade divina (além de nossa parcazinha visãozinha
mundana imediatista luxurienta egoísta, onde pensamos nos bastarmos como se
fossemos reis, donos sempre de nossos próprios destinos, destinos que nem são
nossos assim como, nem são nossos, nossos próprios corpos (sob os quais
pensamos ter domínio – e nem temos – morremos quando menos esperamos, mesmo
querendo viver pra sempre). Ainda assim, vivemos cegos de vergonha moral a
fazermos mal aos nossos próximos (próximos que nem existem – o que existe é o
nós) como se nunca fôssemos morrer, como se nunca morrêssemos, como se nunca
tivéssemos de pagar pelo que fazemos. Eis o grande erro do mundo – cegueira
espiritual. Mas, cegueira espiritual cada vez mais curta dentro da existência
carnal dessa nossa existência, ainda bem. Ainda bem que, cada vez mais,
estamos, cada vez mais, espiritualizados, conscientes de nossa verdadeira
humanidade, espiritualidade, verdadeira essência da nossa verdadeira
existencialidade. Ainda bem que estamos, cada vez mais... humanos. Ainda bem.
Como eu ia dizendo:
- Não creio no acaso;
- Mesmo sendo mais novo (há 25
anos), ainda assim, já tinha alguma visão crítica.
Não creio no acaso. Creio no
Divino, em Deus, em um ser supremo, mais forte, poder a ser mais e a ser amor,
pois, do contrário, nada do que somos (pensamos ser), vemos, pensamos existir
ou ver, existiria. Nada seríamos, existiríamos, se não fosse o amor. Como
existiríamos se o amor não fosse mais forte que o que não é amor? Não digo nem
ódio. Digo, apenas, força contrária, força não positiva, não construtiva, força
não amor. O que seríamos se o mal (ou o não bom) fosse mais forte? Seríamos
algo? Seríamos, simplesmente, seríamos? O quê? Nada.
Por outro lado... Existo? Eu
existo? E o que significa isso, existir? Significa estarmos aqui por algum
motivo? Que motivo? Fazer? Fazer o quê? Fazer o bem? Pra quê? Pra sermos
continuação? Pra não sermos penalizados? E o que é ser penalizado? É
temporário? É eterno?
Outro momento bonito quanto à
modificações em nós a partir do meio em que vivemos, eu citaria o acolhimento
recente que Israel fez a seus filhos que há mais de mil anos (acho) se tinham ido embora, haviam ido embora por motivos políticos (digamos assim: guerras,
necessidade, ideologias, religião... Não me lembro bem qual o motivo de eles se
terem ido), mas, me lembro bem dos momentos bonitos recentes deste recente fato
que foi o país receber de volta os seus que há muito se haviam ido:
- O primeiro foi o fato em si,
achei lindo o país receber os seus de volta, reconhecê-los como seus (filhos,
irmãos, compatriotas, seus) e recebê-los, bem-vindamente, de braços abertos,
amorosamente, fraternamente, lindamente. Lindo demais;
- O segundo tem a ver com Tempo.
Acho muito interessante isso de países bíblicos ou, simplesmente
seculares/milenares, histórias longas passadas a fundirem-se com o presente como
que a demonstrar não existir o velho. Não, não existe o velho. Existe o atual,
o país/pessoas que atravessaram o tempo e estão aqui, atuais, lutando nos seus
muitos aspectos de vida à sempre, e continua, busca consciente de sempre tentar
viver/sobreviver, e a (de repente não tão consciente assim, mas, que também
ocorre continuamente, mesmo que inconscientemente) evolução (física, mental,
espiritual). Não somos, hoje, o que éramos ontem, nem nunca mais seremos. Nós,
frutos do Divino (Amor), unidos pelo amor – em famílias, grupos, países..., a
encarar o que tiver de ser encarado em prol de nossas contínuas melhoras e
(mesmo que não sintamos) das melhoras contínuas dos nossos. Sou filho de um
país novo, tenho praticamente a idade da cidade em nasci e em que vivo e na
qual, provavelmente, irei morrer, uma realidade sem passado longo, sem histórias
antigas tão grandes como as de países antigos, acho interessante. É como se eu
visse, nos antigos (países e pessoas), exemplos para mim e para o “meu” país,
exemplos do que quero ou não para mim, e do que espero ou não para o meu mundo.
Creio ser esse um dos objetivos de nossas vidas – aprendermos com os exemplos,
acho legal isso;
- Aqui, um terceiro aspecto que
muito me chama a atenção quanto a Israel. Chamo meu país de novo, um país com
mais 500 anos, mas, e Israel? Um país, verdadeiramente, somente, nascido depois
da segunda grande guerra, Israel, quase dez vezes mais novo que o Brasil. Um
país, extremamente novo e, já potência bélica e tecnológica mundial, respeitado,
exportador de exemplo de luta, inteligência e vitórias, um país forte, e isso
apesar de pequeno e sem grandes riquezas naturais. Fico pensando onde está o
Brasil, o governo do Brasil, o povo, e povos de outros países já mais antigos,
também ou mais atrasados que o Brasil, que não se espelham no exemplo de
Israel? Onde erram os povos e países atrasados, que continuam atrasados
mergulhados em mares de vergonha, violência e corrupção, onde todos estão que
não aprendem com o exemplo de um país que não tem 80 anos e já é, e será
sempre, um dos mais fortes do mundo? Nada me tira da cabeça que o motivo de
toda sem vergonhice corrupta brasileira, e de países outros tantos também
corruptos, é a falta de temor. Nada me tira da cabeça que o verdadeiro motivo
do atraso do atraso eterno e sem vergonha do Brasil e de outros tantos países
medíocres, sem valores verdadeiros como respeito às pessoas, por exemplo, nada
me faz não pensar que o motivo do atraso dos atrasados é a falta de temor, a
falta de temor a Deus. Temor a Deus que vejo presente em Israel e que, pra mim,
é o motivo, é a raiz de todo o seu progresso. Não vejo isso em meu país, não
sinto isso em meu país, amaria sentir, mas, não sinto. Como poderá um país
crescer e vencer não valorizando o ser? O cidadão, a pessoa humana, o próximo,
o irmão? Que irmão? Aquele de quem se rouba quando da primeira oportunidade?
Fico pensando qual a recepção mundial caso o Brasil lançasse o Brasil-Bond.
Ririam. E com razão.
Atualmente, e já de muitos
tempos, muitos países investem no Brasil (ainda bem?). Vêm atraídos por um só
motivo – um dos maiores juros do mundo, juros pagos a custa de nós (povo
brasileiro), é o que conhecemos como capital especulativo, e que logo vai
embora ao mínimo sinal de mais instabilidade política/social do país. Em nada
nos é benéfico, pelo contrário, graças às desgovernanças corruptas antigas,
presentes e sempre recorrentes, do governo brasileiro, vivemos todos nós (povo
brasileiro e Brasil) para pagarmos juros e, pouco se vê benesses verdadeiras ao
povo que desde o nascimento do país até hoje é, em sua maioria, necessitado de
toda a sorte de necessidades, tais como educação, segurança, saúde, transporte,
etc. Um país que, ao contrário de outros, parece nunca aprender com os próprios
erros, parece nunca aprender com os bons exemplos, nunca. Sendo chamado,
inclusive por Israel (se não me engano), de Anão Político. Anão Político! E
ficou por isso mesmo. Sabe por quê? Porque, sim. Porque é. Um país medíocre que
se mantem desde sempre, apenas, de suas riquezas naturais, as quais vende a
preços baixos para depois recompra-las caras manufaturadas, um país que vende
ou dá tudo que tem (ou tinha), que não investe em pesquisa, que não tem uma
fábrica própria de automóveis, que despreza a modernidade benéfica ao meio-ambiente
(motores elétricos, por exemplo) em prol do obsoleto (combustível fóssil)
vendido caríssimo ao seu próprio povo para poder manter a máquina estatal
(ineficiente e corrupta máquina estatal brasileira). Existe capital
internacional sadio investido no Brasil também (acho que tem), afinal, com
juros tão altos, com benefícios tão bons oferecidos pelo governo, empresas do
mundo inteiro instalam-se aqui onde, por vezes, se tornam mais fortes até que
suas próprias matrizes em seus países de origem, é um eldorado para o poder. Um
eldorado para o poder, a partir de um governo medíocre, a repercutir na
medíocre qualidade de vida do povo brasileiro.
- Por último, achei interessante
quando Israel acolheu de volta os seus e constatou que eles voltaram diferentes,
aspectos físicos diferentes em função do habitat diferente em que viveram desde
a partida. Irmãos voltando pra casa, diferentes, mas, recebidos como irmãos que
são. Lindo. Deus através da natureza operando para adaptações ocorram em nós
sempre, para que possamos nos adaptar, sempre, da melhor forma possível ao que
tiver de ser. Achei interessante Israel ter percebido diferenças físicas nos
filhos de Israel que há muito se tinham ido, mas, que estavam de volta
(diferentes? Pode ser. Em função de suas novas realidades), mas, que estavam de
volta, aceitos, bem recebidos em sua volta. Lindo demais.
Motivo desse texto? Mais uma vez,
inspiração. Fico grato a Deus quanto ao como ela acontece. Sou dos que
acreditam que tudo somente acontece conforme a vontade de Deus – seja a
Criação, a Evolução, ou o Armagedon. Tudo.
Objetivo? Uma simples analogia,
comparação entre as realidades diferentes de diferentes países, na visão de uma
simples pessoa para oferecer um momento, um texto, palavras que possam ser, de
alguma forma, uteis a alguém.
Um outro objetivo deste texto
também foi, simplesmente, uma ideia, uma vontade de oferecer uma comparação de
realidades ocorridas em um espaço de tempo, sob a ótica de um leigo, a partir
do que este observou, viu, aprendeu do mundo, no decorrer de sua vida, a partir
de uma mescla de realidade observada/vivida, com ficção por ela imaginada e
comparada com a realidade de seu próprio mundo.
E o ônibus? Que ônibus? (Rsrs). O
citado, que também faz parte desta história, que é ficção, mas, incrivelmente,
consigo ver semelhança, triste semelhança, com a realidade:
Estou em um ônibus (nada demais,
pois, estou passando pela vida dentro de ônibus, sem condições financeiras
estáveis que me permitam uma vida confortável a andar de helicóptero ou de
jatinho (como muitos fazem (muito poucos fazem, se comparamos com a imensa
massa de miseráveis existentes no mundo). Que eu não ande de jatinho ou
helicóptero vá lá, mas, nem de carro tenho condições). Culpa do governo? Culpa
do governo corrupto? Digamos que não, pois, se a culpa fosse dele não existiria
quem andasse em júbilo financeiro, todos seriamos miseráveis. Mas, digamos que
culpa dele também, por sua infinita e eterna corrupção que permite que muitos
se rejubilem em luxo e luxúria à custa da fome e miséria da massa. Exemplos?
Exemplos é o que não falta: Empresários que que forneceram água à escolas
(detalhe: água para ser bebida por crianças, por pessoas, por nossos irmãos), o
governo só descobriu cinco anos depois (cinco anos depois!!!) que a água
fornecida vinha de piscinas (vinha de piscinas). Isto é o cúmulo. O cúmulo do
desrespeito, o cúmulo da sem vergonhice, o cúmulo da falta de dignidade humana
com a dignidade humana, o cúmulo. Pergunta, se estes “empresários” estão
presos. Pergunte. Pergunte se estão presos os maus políticos, os “nossos” maus
políticos, nossos maus representantes no governo, que desviam dinheiro da
merenda de escolas, de remédios, da manutenção de hospitais públicos, da
manutenção e construção de nossos péssimas estradas brasileiras, que desviam
dinheiro do combustível das duas únicas viaturas policiais (as duas únicas) que
existem para atendimento à uma população (de parte do Brasil) de milhares de
pessoas que é considerada das mais perigosas do mundo (policiais mal pagos,
poucos, e mal preparados, mal equipados, com duas viaturas (uma quebrada e
outra sem combustível). Infelizmente, tantos maus exemplos advindos do “meu”
país. Infelizmente.
Estou no ônibus, mas, desta vez a
viagem é diferente: Estou em um ônibus, em uma realidade que vivi, que conheci,
de 25 anos atrás. Dia de Sol, dia bonito como todos os dias do meu mundo, da
cidade em que vivo (Brasília – Capital do Brasil), como todos os dias que vi e
que vivi em meu país, terra linda (ao menos a que parece natural: dia, sol,
chuva, verde, vento, amanhecer, entardecer, limiar...), não bonita a que também
vejo, a que conseguimos estragar devido à cobiça, à nossa inveja, ganância, a
que nos faz fabricar a miséria do outro em prol do nosso satisfazer pessoal.
Outro dia vi uma reportagem que dizia que uma empresa estava com dificuldade
para gastar parte do seu bilionário lucro (lucro em dólares), não sabia o que
fazer com o dinheiro (tenha dó!). No caso da empresa até que podemos dar um
desconto, afinal, o problema dela advém em gastar o lhe está sobrando a partir
de seu próprio trabalho, digamos assim (mas, não justifica também, mesmo não.
Tenha dó! Divida, use para acabar com a fome, com a miséria. Não sabe o que
fazer? É o cúmulo também). Pior mesmo é, mesmo, a imensa gama de maus exemplos
de eleitos pelo povo brasileiro, para representar o povo brasileiro no governo
brasileiro em prol do satisfazer dos brasileiros, do realizar o que seria certo
para todos, mas, que vemos, infelizmente vemos, dia após dia, a roubarem o povo
brasileiro, este é o exemplo de mau exemplo que, infelizmente, vemos aos montes
em nosso Brasil em nosso dia-a-dia, infelizmente.
Mas, há algo diferente desta vez
naquele ônibus. A diferença é que estou lá, sabendo que sou daquela cidade,
mas, não mais daquele tempo, não mais daquela realidade (que conheci, que
conheço), mas, que já está 25 anos no passado. O que estou fazendo ali? Como
fui parar ali? Como isso aconteceu? Por que aconteceu?
Dia bonito, seco, luz radiante (e
até incômoda, como sempre, como em quase todos dias brasilienses é, luz forte
que nos força a queremos estar sempre de óculos escuros), janelas abertas (e
também, algumas, fechadas) a permitirem o vento fresco a entrar para nosso
conforto, viagem de pouca velocidade e muitas paradas como sempre. Lá fora, a
cidade não é a de hoje, não tem ainda as, agora, grandes árvores, não são as
mesmas lojas (muitas delas, hoje não existem mais), eu ali, sentado em cadeira
de janela esquerda mais para o final do ônibus, a observar os poucos
passageiros dispostos isolados, calados, alguns a olharem com olhares perdidos,
outros de cabeça inclinada a cochilar, outros a ler, nenhum a telefonar (não
existe celular no Brasil, nessa época, ainda). O que estou fazendo ali? O
motorista displicente, sempre que pode, a ultrapassar a velocidade permitida da
via (realidade tida como normal, como vemos na maioria dos condutores no Brasil
(ainda hoje, inclusive)), detalhe, um outro algo errado detecto naquela
situação – o ônibus não tem cobrador (hoje, já vemos no Brasil ônibus sem
cobradores, mas, naquela época não, todos tinham).
O que estou fazendo ali? De
súbito percebo o que estou fazendo ali, percebo que estou onde devo estar, com
uma missão a realizar (ou tentar realizar), tentar levar uma mensagem para que
as pessoas daquele ônibus, daquela realidade, preparem-se, modifiquem-se em
seus pensamentos e atitudes para pensamentos e atitudes mais positivas, mais
racionais, mais honestas, menos emocionais, para que quando chegarem no tempo
que estou, na realidade da que sou (25 anos depois, que é hoje), quando as
pessoas aqui chegarem, cheguem mais preparadas, a uma realidade melhor
preparada, mais bonita, sem fome, sem miséria, sem dor, sem coisas feias, uma
realidade que não existe. Não existe, pois, sei que não vou conseguir modificar
pensamentos, não sou dali, nem fui pra ficar, sei que meu tempo naquele tempo é
pequeno, que logo estarei de volta à minha realidade, mas, é o que eu gostaria
de fazer, é o que eu acho que estava ali pra fazer, para alertar, ensinar, era
minha missão. Fazer minha parte, a partir do meu preparo, para um mundo melhor.
Mas, no meu íntimo, sei que não adianta – não adianta, talvez, na forma e
velocidade que eu gostaria que surtisse efeito, mas, adianta sim, adianta na
medida em que mesmo que modifiquemos pouco nossos mundos para melhorar, por
menos que seja, o mundo, ainda assim, é algo a ser feito, e que deve ser feito,
sempre. E o resultado é lindo. Um mundo em eterna melhora, conforme o resultado
do amor, conforme a vontade divina. E tanto é assim que hoje vivemos em um
mundo melhor do que era o de 25 anos atrás (mesmo que não em todos os aspectos, mas, ainda
assim, melhor).
Estou ali, no ônibus, mas, se antes eu já não era um passageiro comum, agora é que não sou mesmo. Estou no ônibus, lá fora muita luz, no ônibus poucos passageiros sentados, eu também sentado, mas, sentado em cima de uma geladeira branca antiga desligada, vazia, de porta fechada, colocada no chão no meio do ônibus, uma situação que poderia ser mais tranquila, mas, que é agoniante. À medida que o ônibus ganha velocidade, a geladeira flutua, e eu, que não sou dali, tenho sim de ficar em cima da geladeira mesmo que ela flutue, estou ali para isso, não sou dali, daquele tempo, daquela situação, mas, estou ali para aquela missão, estou ali sim pra estar em cima daquela geladeira, para flutuar com ela toda vez que o ônibus ganha velocidade e, para cair com ela toda vez que o motorista freia ou para o ônibus, é a minha missão. Detalhe, os passageiros não me vêem, é o certo, não devem me ver, não sou dali, não é uma situação corriqueira estar ali quicando (como uma bola) dentro de um ônibus, em uma pequena viagem urbana.
Estou ali, no ônibus, mas, se antes eu já não era um passageiro comum, agora é que não sou mesmo. Estou no ônibus, lá fora muita luz, no ônibus poucos passageiros sentados, eu também sentado, mas, sentado em cima de uma geladeira branca antiga desligada, vazia, de porta fechada, colocada no chão no meio do ônibus, uma situação que poderia ser mais tranquila, mas, que é agoniante. À medida que o ônibus ganha velocidade, a geladeira flutua, e eu, que não sou dali, tenho sim de ficar em cima da geladeira mesmo que ela flutue, estou ali para isso, não sou dali, daquele tempo, daquela situação, mas, estou ali para aquela missão, estou ali sim pra estar em cima daquela geladeira, para flutuar com ela toda vez que o ônibus ganha velocidade e, para cair com ela toda vez que o motorista freia ou para o ônibus, é a minha missão. Detalhe, os passageiros não me vêem, é o certo, não devem me ver, não sou dali, não é uma situação corriqueira estar ali quicando (como uma bola) dentro de um ônibus, em uma pequena viagem urbana.
Os passageiros não me vêem, mas,
eu os vejo, e vejo também o cachorro que está dentro do ônibus, sim, há também
agora um cachorro dentro do ônibus, e não é um cachorro comum. É um cachorro
imenso, forte, e, imensamente selvagem, que está lá com um única objetivo –
acabar comigo. Sabe qual é o cachorro? É aquele do, lindíssimo, filme A Batalha
de Hiddick, maravilhoso filme que, como muitas outras coisas boas que ainda
estão por vir a partir daquele tempo de 25 anos atrás, eu estou ali pra dizer,
pra citar, pra mostrar um pouco do que de bom ainda virá para aquelas pessoas
de 25 anos atrás, para que elas se tornem cada vez mais boas também, para que
encontrem hoje um hoje muito melhor também. O cachorro é esperto (nem eu, nem
ele, nem a geladeira, somos vistos/sentidos pelos passageiros, por aquela
realidade, mas, eu e o cachorro vemos e sabemos de tudo ao nosso redor), o
cachorro é selvagem, mas, sabe que ele não está lá por causa dos passageiros,
ele está lá por minha causa, para me destruir e, o pior, sabe que nem precisa
fazer muita força para isso. Da minha parte sei que não vou me entregar com
facilidade, lutarei, mesmo sabendo da grande probabilidade de perder, não me
entregarei, até porque me sei superior a ele, sinto-me mais forte que ele (ele
é só um cachorro), e mesmo sem armas, e mesmo sabendo que poderei perder, mesmo
assim, lutarei, e tentarei acabar com ele. Detalhe:
- O cachorro é covarde: age como
uma hiena astuta. Sabe que (ainda) tenho forças para me defender dele, por que
ainda tenho a geladeira;
- Mas, a geladeira vai se
desfazendo toda vez que bate no chão quando o ônibus para. Cada vez que a
geladeira bate no chão, perde um pedaço, e eu também. Aos poucos vou ficando
sem roupas, pois, toda vez que volto ao chão o cachorro me ataca, covardemente.
E, enquanto tento me defender, um pouco de minhas roupas se vão;
- Encontro-me, agora, sentado
apenas na porta da geladeira, como que em um tapete voador, o resto da
geladeira já se foi, destruído. E eu, agora, já só estou em farrapos – calças
transformadas em short e descalço, o cachorro a me atacar quando retorno ao
chão;
- Ele sabe que não precisa fazer
muita força, ele sabe que ele é forte e que minhas forças já estão minadas
pelas bactérias da mordida que deu no dedão do meu pé direito quando tentei
chutá-lo. Lá fora a vida passa, em mim também. Sei que minha vida está chegando
ao fim, estou fraco, tonto, algo errado em mim;
- A geladeira já não existe mais,
já não flutuo mais. Em minha mão direita, a única coisa que sobrou da
geladeira, a maçaneta. Maçaneta que usarei como espada, como arma (ineficiente,
insuficiente) contra o cachorro, cachorro que agora cresceu (em fúria, em
coragem) e que vem, agora, ao meu encalço, como que a dizer: agora você é meu,
agora acabo com você;
- E eu ali, ainda em pé, dizendo:
Vem. Vem animal. Vou acabar com sua raça. Digo sabendo que pouca chance tenho
de vencer, mas, digo. E luto, e tento manter-me vivo, e mesmo enfraquecendo-me
a cada instante, luto. Até o ataque final dele. E minha missão acaba.
Não sei se morri, mas, a minha
missão ali, naquele ônibus, naquele tempo, para aquelas pessoas, acabou. Acabou
minha missão, minha agoniante missão, ainda bem.
Não sei o porquê desta inspiração,
desta espetacular história cachorro/ônibus/geladeira de 25
anos atrás, não sei. Mas, sei que gostei. Gostei desta ficção, gostei de estar
aqui, agora, escrevendo estas palavras (25anos depois), falando de realidades
(passadas ou atuais, fictícias/fantasiosas ou reais (pelo menos reais pra
mim)). Gostei do resultado que está tomando este texto, gostei. Muito. De tudo
aqui, agora, o do passado (meu passado) aqui citado. Gostei.
E até uma analogia consigo fazer
entre a situação/ficção cachorro e a realidade passada e atual, e, até isso
admiro aqui, agora, e digo me ser a inspiração a, lindamente, estar a me
permitir escrever, lindamente, este texto. Mesmo que ele não esteja, não seja
realizado com toda a perfeição que em minha mente ele se desenhou. Ainda assim,
a partir da inspiração que me foi permitida, espero construir/escrever um texto
capaz de transmitir uma mensagem que, divinamente, me foi inspirado. Uma linda
intenção/missão – letras imperfeitas, mensagem boa.
Por que 25 anos? Por que 25? Não
sei. Até este número, aqui neste texto/contexto, é imperfeito, mas, ainda
assim, é o que foi-me inspirado para falar tudo que estou falando, para tentar
transmitir a mensagem que estou tentando transmitir.
No final, algumas conclusões: O
espaço de tempo 25 anos não é exato, assim todos os números aqui apresentados
também não são exatos. São números, valores, simplesmente a dar noção do que é,
e foi, a noção de vida de um rapaz novo de anos atrás, do como este, agora
senhor, viu o mundo, viu a modificação ocorrer, e como vê o mundo agora.
Conclusão verdadeira, aqui, existe, e ela diz respeito, justamente, quanto ao
resultado de vida, quanto ao que é visão de uma pessoa comum sobre o mundo que
viu, o que aprendeu ocorrer ao seu redor, no seu país, cidade, no mundo em que
vive, e a esperança que aprendeu a ter, com a qual passou a acreditar em dias
melhores sempre ocorrendo, sempre acontecendo, vindos, apesar de toda visão,
aparentemente derrotista, falsamente real de ser só o que se vê. Aprendi a
acreditar que a vida não é só o que nós vemos e, que por mais triste que sejam
nossas realidades, elas não encerram o resultado final do verdadeiro resultado
final que está atrelado ao destino de cada um e que, mesmo aparentemente
encerrado em determinado momento com a morte, acredito que o destino de cada um
não se encerra aqui, naquilo que vemos como realidade, dentro desse ambiente
que entendemos como espaço e tempo. E é o que vou tentar continuar explicando
como o final dessa história de vida mistura de fatos e ficção: Fatos que podem
ser, facilmente, comprovados por qualquer um, bastando procurar e comparar com
o que dito a respeito de Israel e Ruanda, por exemplo, e claro – Brasil. Já
quanto ao lado ficção, até ela – a ficção aqui apresentada, tem a ver com a
realidade, ao menos com a minha realidade, a realidade que vejo, que vi, que
vivi, e que me serviu pra me transformar no que sou, no que me tornei, até chegar à
capacidade de escrever estas palavras, resultado que me agrada muito. Agrada-me
muito, o conjunto desta obra (ficção, realidade, palavras e pensamentos na
intenção de um bem maior, tudo fruto/origem/inspiração do que acredito ser de
um bem maior), isto me faz bem. Muito bem. E a ficção aqui apresentada tem a
ver com a realidade? Tem, sim. E até isso muito me fascinou, me provocou,
literalmente me encantou impulsionando-me a escrever este texto. Quer ver?
Vejamos:
Lembra-se da história do ônibus
dita acima? O motorista do ônibus, sem dúvida é o governo (no caso, do Brasil)
que, assim como qualquer um de nós, está ali, tentando, naquilo que a realidade
que ele vê (que nós vemos, chamada vida – na qual pensamos estarmos com rédeas
em mãos), na direção do ônibus o governo tenta chegar ao seu destino, mesmo
sabendo que o resultado final pode não ser o que quer, que pode se atrasar em
função de acidente ou incidentes, mas, tenta, tenta fazer o que acredita ser
certo em prol do bem de todos (ao menos haveria de ser assim); o passageiro em
cima da geladeira, ou os outros mais calmos em seus olhares perdidos ou lendo,
os passageiros somos nós, nos unindo com o governo à busca do atendimento de
nossas vontades, desejos, sonhos, necessidades, teoricamente, todos nós
queremos só coisas boas, queremos só chegar, queremos só vencer – só queremos
vencer, só isso, só sermos vitoriosos. Vitória que na verdade é, também,
chegarmos aos nossos destinos, destinos que nem sabemos qual é, mas, que temos
programados dentro de nós, que somente aos poucos aprendemos a ver qual,
verdadeiramente é, que é chegarmos/voltarmos ao Pai, cedo ou tarde todos vemos
que o objetivo de nossas vidas é o amor, amor verdadeiro, amor Deus, que é o
que faz a diferença na qualidade, resultado de nossas próprias vidas, que é o que
vai fazer a diferença nesse nosso “falso” mundo, no como ele vai ficar depois
de nossa por aqui passagem, que é o que vai fazer a diferença entre o mundo bom
e menos bom que deixaremos para os que nos cercam, para os que ficarem depois
de nossas partidas, para nossos filhos. A diferença, o bem que deixarmos, o
exemplo pelo qual passaremos a ser lembrados depois de irmos (sejamos nós,
pessoas ou governos), o motivo pelo qual seremos lembrados, se lembrados por
nossos filhos com um sorriso no rosto ou com rancor, o motivo pelo qual seremos
lembrados depende, unicamente, do quão tementes a Deus fomos. Se tivermos
aprendido seu recado, sua mensagem, teremos feito nosso melhor, teremos, assim,
cumprido nossa missão, eis o objetivo de nossas existências – feliz o povo
filho de bons governos, feliz o governo regido por bons filhos tementes/crentes
em Deus, aqui a diferença, pra mim, entre bons e ruins, sejam governos ou
pessoas. O cachorro, o chacoalhar do ônibus, o movimento e o parar do ônibus,
são a intempéries da vida. A vida na Terra não é uma vida de simples felicidade,
é uma vida de luta. Mas, não é vida de luta para nos ocasionar revolta, pelo
contrário, é o que é, o que tem de ser – desafios. Desafios a serem encarados
sem revolta, devem ser encarados, simplesmente, pelo que são, verdadeiramente,
traçados por Deus pra nós, devem ser encarados para nosso bem, nossa melhora e
melhora dos que nos cercam, melhora constante de nosso mundo, melhora constante
nossa, uma melhora que nunca acaba, seja aqui, nessa realidade passageira, ou
realidades outras – devemos ser sempre o melhor que pudermos ser, o melhor que
pudermos fazer, com justiça e certeza de que estamos, ao menos, tentando fazer
o que julgamos certo. Que o nosso certo seja o certo que devemos fazer. Se
assim for, se assim fizermos, deixaremos para trás o que de bom de nós
gostaríamos de deixar pra trás: o resultado de bons valores deixados a nossos
filhos, o bom resultado de bons governos exercidos com justiça em prol de seus
cidadãos que colherão bons frutos, que é o que diferencia, pra mim, nações
medíocres de nações fortes.
Agora mesmo, acredito ter sido
Israel que chamou o Brasil de Anão Político. Interessante: um país pequeno,
geograficamente falando, chamando um país colossal de dimensão continental de
Anão. Incorretamente, como sabemos, usando a palavra Anão em conotação
pejorativa, de mal gosto fazer alusão negativa em função da estatura pequena de
alguns, mas, que deu o recado: um país pequeno, sim (geograficamente, sim),
mas, imensamente, mais poderoso que o Brasil. Brasil, para o qual se dirigiu.
Brasil, quem? Anão Político. Não se meta comigo, não. Medíocre. E de onde vem
essa mediocridade do imenso país Brasil, citada pelo pequeno país Israel? Com
que moral pode o pequeno país, assim, falar com o eternamente deitado em berço
esplêndido? Vem disso tudo aqui falado, da diferença de postura frente a vida,
frente ao povo, frente ao como os governantes encaram seus governos, encaram o motivo
pelo qual tanto lutaram para chegarem onde chegaram – se chegaram lá para
fazerem o melhor para seus povos, ou, se chegaram lá para fazerem o melhor para
si mesmos. Ao final, veremos e vemos sempre o resultado do que é um país sério,
mesmo que novo, e o que se tornou, ou, o que ainda é a pessoa, ou governo, que
ainda não descobriu o verdadeiro motivo do que para aqui veio. Que não seja o
caso do Brasil estar eternamente deitado em um mar de irresponsável leniência,
envolto em corrupção. Que despertemos, todos nós, e qualquer um de nós, e não
tenhamos para nós a ingenuidade de não acreditar que não responderemos por
nossos atos. E que nessa certeza, que temos de prestar conta, tenhamos em
mente, a todo instante, resultando em nossas ações, a todo instante, o melhor,
o melhor que possamos fazer sempre em prol do nosso melhor, e melhor de todos
nós – aqui o resultado, o encerramento, a diferença entre o medíocre e o bem
sucedido, seja governo ou pessoa.
Por menos exato que seja, o
espaço de tempo fictício (25 anos) aqui citado, ele também é inspiração (pra
mim, marcante, tanto que se tornou essa brincadeira, este texto tão palavras,
fatos, pensamentos). E, apesar de não exato, pelo que vou agora falar, ainda
assim lindo, pelo que vou agora falar. 25 anos passados, mesmo que não
exatamente há 25 anos atrás, passou a representar pra mim, como fonte de
inspiração para este texto, passou a representar um marco: dois fatos. Dois
fatos ocorridos, não há exatamente 25 anos, mas, dois fatos marcantes – um,
importante, verdadeiro, marcante; o outro, pra mim, uma mentira, mas também
marcante. Os dois ocorridos mais ou menos na mesma época (final do século XX).
O primeiro – Nascimento do meu
primeiro filho. Evento maravilhoso, pra mim marcante, para o meu mundo – marcante,
e graças a Deus, graças à grata criação que consigamos dar a ele (e à nossa
filha – nossos dois filhos), graças a um lindo conjunto de fé, temor, educação,
positivismo, ações (boas ações), acredito haver feito parte da criação de
pessoas que são, e serão, marcantes para meu mundo, e para o mundo dos meus,
mas, marcantes para o mundo. Uma grande sensação de realização que sinto em ver
dois seres tão lindos, tão bem preparados, tão fortes, tão honestos, tão bons
filhos, tão bons. Graças a Deus. Muita gratidão a Deus por meus filhos, muita
gratidão a Deus por nossas vidas e pelo que aprendemos, e pelo que acreditamos
estarmos fazendo em prol de nosso bem e do bem de todos nós. Uma, muito grande,
sensação de realização, de verdadeira realização, continuação da espécie
conforme a ordem divina, continuação da boa espécie conforme a vontade divina e
o sonho de todos nós. Muito lindos, meus filhos, literalmente, verdadeiramente,
lindos. Muito boa esta sensação para pais, muito boa, sensação de realização,
muito grato ao Pai por meus filhos- Obrigado, Senhor;
O segundo (uma mentira) – O que
pra mim, mesmo na época de rapaz novo, sempre me pareceu uma mentira, se chama
Plano Real. Pra mim, um engodo que persiste, mas que, apesar de tudo, ainda bem
que ainda existe. Como assim, achar bom que uma mentira persista? Lembremos do
que citei quanto ao não exato das informações aqui citadas, mas, do quão bom do
resultado final extraído, resultado final ao qual me refiro que somos nós e que
se gostarmos do que nos tornamos e conseguimos deitar tranquilos a cada dia,
talvez isso seja porque estamos no caminho correto, no nosso caminho correto,
que é o que importa, independente do que vemos, ou pensamos ver, de errado à
nossa volta. Erros tantos que vemos à nossa volta, em nossas realidades, a nos
prejudicar, a prejudicar os nossos, experiências das quais devemos extrair, ou
tentar extrair, o que nos é melhor e, de preferência, que o nosso melhor seja
também o melhor para o nosso redor. Se assim for, creio estarmos vencendo, nos tornando
verdadeiramente vencedores.
Citei aqui realidades de países
que nem conheço (Ruanda e Israel – talvez, nunca venha a conhecê-los
pessoalmente). Citei aqui realidades e fatos que vi de países e pessoas e, as
abaixo, são as de nós brasileiros vistas sob meu ponto de vista, sob o ponto de
vista de um rapaz novo e inexperiente (infelizmente, inexperiente) de 25 anos
atrás. Na minha pouca experiência de vida, no pouco de vida que tenho tido o
prazer de viver sob a face dessa terra, e no qual tenho aprendido o que, de
certa forma, acredito ser o que tenho de aprender, o que tenho de apreender
para usar, para sobreviver, para vencer, e fazer minha parte pela vitória de
outros, e vitória do mundo (sim, vitória do mundo. Por que, não? Por que não
pensar, com satisfação, que o que estamos fazendo, que o exemplo que estamos
sendo, não é o melhor que podemos ser e fazer por um mundo melhor? Por que,
não? E digo mais: Feliz de quem pensa estar fazendo o bem. Acredito ser esta,
uma boa receita de um bom viver, de um bom descansar a cada dia, de um bom
chegar ao final da jornada pensando estar carregando aquilo que de melhor pôde
dar, pôde de si doar), neste contexto eu, um simples brasileiro, cheguei à
conclusão que o Brasil nunca foi, e ainda não é, um país sério. E não é, mesmo.
Ainda não é.
Trata-se de um país, trata-se de
governos de um país, que lembra bem a parábola bíblica sobre a construção sobre
a areia: Mateus 7:26-27 - Mas quem ouve estas minhas palavras e não as
pratica é como um insensato que construiu sobre a areia. Caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela
caiu. E foi grande a sua queda. É este, exatamente, o caso do Brasil, ou
melhor, dizendo, o caso dos governos do Brasil. Não há como ser um país sério,
de governo sério, sem que seja sério, sem que o país tenha governos que exerçam
governos pautados na verdade, na honestidade, na temência (que não a Deus, pelo
que muitos governantes parecem não crer, e nem temer, a Deus. Se cressem, não
agiriam da forma estapafúrdia que agem, com a desonestidade que ainda hoje
agem, com falta de vergonha, de consideração com o próximo, de temor a Deus,
com que agem. Lei que no Brasil parece funcionar bem para os pobres, não/nunca
aos poderosos. Poderiam, ao menos, temer a Lei. Mas, que Lei?). Creio ser este,
inclusive, como é aqui no Brasil, o motivo pelo qual países que por aí a fora
não têm moedas fortes – corrupção. Não creio ser possível a um país ter uma
moeda forte, um governo forte, ser fortemente respeitado perante outros países,
se este país não for responsável, não for honesto, não se fizer forte pela
transparência, pela imagem verdadeira de sua verdadeira imagem que deve ser
pautada na honestidade, se não for assim, nada adianta em tentar querer se
mostrar como honeste e confiável, querer demonstrar uma imagem daquilo que não
é, ninguém nele confia, ninguém a ele respeita (Brasil, quem? O país anão? Anão
político? O corrupto? Quero nada com ele, não). No caso do Brasil, talvez seja ainda
pior, pois, parece construído em cima de areia movediça, construído sobre a
areia movediça da corrupção.
Feliz dos cidadãos de país sério.
Feliz do país (do governo) sério que não apresenta aos seus cidadãos o que é
Inflação, o que é irresponsabilidade, o que é desmazelo no trato com a saúde,
com a educação, com a segurança, no trato com a dignidade humana de seus
cidadãos. Cidadãos felizes, os que nada disso conhecem por causa da
irresponsabilidade/desonestidade governamental. Parabéns aos países de governos
honestos.
Pois bem. O Brasil sempre tentou
ter uma moeda forte, confiável, mas, nunca conseguiu. E nunca conseguiu por um
simples motivo: desonestidade, corrupção. Por este motivo, nunca conseguiu ser
forte em nada, nada. Pra se ter uma ideia, já começou errado, sendo habitado
por ladrões e assassinos pra cá enviados, expulsos de Portugal – se maus pra
Portugal, o que pensar das pessoas pra cá enviadas? De suas índoles? Desde o
Descobrimento, até hoje, incontáveis histórias de maus exemplos coisas ruins
feitas contra o povo (roubos, exploração, revoltas...). O pobre sempre pagou o
pato por estas bandas e, não é diferente hoje em dia, prova disso é a aberração
que os governantes estão querendo implantar (mesmo contrário à vontade do povo):
Estão para implementar Lei de Financiamento de Campanha Eleitoral com dinheiro
público no valor de 3,6 bilhões de Reais. Mais que um bilhão de dólares de
dinheiro publico de um país de mais de duzentos milhões de pessoas com
carências das mais diversas naturezas, já ocasionadas pela péssima gestão dos
governantes corruptos que, não se cansando de aprontarem, de verem todos os
maus exemplos já ocorridos na história do país, que empurraram o país, e o povo
do país, para situação calamitosa, problemática, de violência, fome, ignorância,
falência geral do estado, de empresas e pessoas, ainda assim, continuam
aprontando, roubando, e quando não roubando, aprontando com leis que não
representam a vontade do povo. Pra se ter uma ideia, pra você que é de fora do
Brasil ter uma ideia, corre uma mensagem WhatsApp definindo assim o que é essa
lei: Lei para roubar dinheiro de você para eleger ladrões que irão te roubar
quando forem eleitos. Lei da Vergonha, literalmente, uma vergonha. O pior é que
é bem capaz de passar. Essa é face do Brasil, infelizmente, por maus exemplos
como este é que meu país é lembrado, mundo a fora. Desonesto.
Com atitudes iguais a esta, com
incontáveis atitudes iguais a esta no decorrer da história do país, é que o
deitado eternamente em berço esplêndido, o construído em cima de areia, quis
sempre se firmar como país forte, quis sempre ter uma moeda forte. Como ser?
Como ter? Nunca. Nem hoje em dia. Como se diz ter, como se diz ser. Hipócrita.
País de governantes hipócritas. E o pior: que pensam que o povo e o mundo é
otário, ou então, simplesmente, não pensam no povo, nem no mundo. Que povo? Que
mundo? Depende. Se o sinônimo de mundo e povo forem eles, está tudo certo, para
eles tudo, para o resto todo (que resto?), nada. Esta é a situação considerada
certa pelo poder no Brasil. E, sob este erro, claro que só podemos viver e
estarmos sempre sob uma situação de erro, eterna situação de erro que nunca
acaba. Falaram, um dia, que o Brasil era o país do futuro, interessante que
ainda é, ainda é o país de um futuro que nunca chega devido ao um presente
desonesto que nunca acaba. Agora mesmo, ouço uma música que diz: Quem é que vai pagar por isso? Quem é que
vai pagar por isso? De forma imediata, somos nós, o povo que paga com a fome,
mas, não nos enganemos de que os que mal fazem, pelo mal pagarão. Pagarão, sim.
Até a música que ouvimos é espelho da vergonha que sentimos do “nosso” país.
Infelizmente, um país lembrado por muitas e imensas vergonhas.
Pois bem, pra você que é de fora
do Brasil, pra você que é novo (já nascido no Brasil sob a efigie do Real
(moeda vigente no Brasil desde 1994), pra você ter uma noção do que é Inflação
(que ainda, vergonhosamente, existe por aqui – mas, de uma forma mais
disfarçada), segue uma explicação leiga, de um leigo que viveu na pele diversas
tentativas fracassadas de governos fracassados (assim como milhões de outros
leigos sofrem até hoje em dia, na pele, na fome que sentem, nas necessidades
não atendidas que têm, pelo país e pelo mundo a fora, por causa da
desonestidade do poder). Inflação nada mais é que aumento de preços. Em países
de economias estáveis, aumento de preços é algo mais difícil de se ver, de se
sentir. Mas, em países de política inescrupulosa, a economia é instável, o empresariado
inseguro e o povo não atendido em suas necessidades: nesta realidade algo que
custe um real (um dólar, um ien, ou um qualquer outra moeda) pela manhã, pode
custa 1,1 ou, 1,2 ou 1,5 reais à tarde, ou ao final do mês. Quanto mais
ocorrerem aumentos nos preços, maior será a inflação de um determinado país, em
um determinado período (geralmente citado em meses, exemplo: Inflação de 5% ao mês, 20% ao mês, ou ao ano.
Depende do como se quer se referir à inflação de um determinado período).
Pelos motivos já expostos, o
Brasil nunca conseguiu dominar sua inflação, nunca. E nunca conseguirá,
enquanto não mudar a mentalidade, a forma de ação, dos governantes, do povo,
dos governantes que nada mais são que o povo, representantes do povo chegados
ao Poder, povo no Poder que, enquanto não se modificar, não modificarão para a
melhor a realidade da nação, nunca.
Pois bem. Chamo o Plano Real (que
é a última tentativa, de governos brasileiros, de domínio da inflação, e que já
dura mais de vinte anos – ainda bem), chamo este plano de engodo. E é. A última
tentativa de governo brasileiro, para se acabar com a inflação, foi a
dolarização da economia, mudando também o nome da moeda brasileira que, na
ocasião, chamava-se Cruzeiro Real (isso depois de já haver se chamado Reis,
Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, e outros mais nomes que nem lembro, ou que
existiram em outros período da história do país) . Pra se ter uma ideia, o
problema Inflação no Brasil sempre foi tão sistêmico, reflexo de governos tão
incompetentes, que num período de apenas 30 anos (entre 1965 e 1994) a inflação
do Brasil foi só de (pasmem), foi de mais de um quatrilhão por cento. Isso
mesmo. Algo que custasse 1,00 em 1965 estava custando mais um quatrilhão em
1994 (um valor maior que 1 com dezesseis zeros). Horrível! Impossível de viver
numa economia com valores assim. Por isso, tentativas de planos econômicos. E a
cada tentativa, cortes de zeros, alteração de valores. Não que se diminuíssem
os valores, mas, ao menos, os escrevessem de forma possível, e não, por
exemplo, ter de pagar um quatrilhão por um pão. Ninguém aguenta isso.
Acredito no Plano real como
engodo pelo fato de muitas ocorrências que aconteceram na ocasião da
implantação e pelo fato de a inflação, a partir daquele momento, passar a incidir
no valor do dólar, o que, na minha opinião, empurrou o povo pra mais aperto
financeiro, o qual perdura até hoje e, enquanto perdurar a mentalidade corrupta
governamental, perdurará. Não vejo grandes mudanças econômicas para melhora do
povo, para os próximos tempos. Enquanto todos nós não melhorarmos para nós
mesmos (quesito honestidade).
Em meu tempo (de novo) aumentava
por qualquer motivo: aumento da gasolina, seca, excesso de chuva, aumento do
dólar. Do mesmo jeito que hoje em dia. Só que o que víamos era a inflação
ocorrendo para acompanhar valores. Não que fosse uma situação melhor do a de
agora, não era. Era pior, muito pior, pois, víamos nossos salários chegarem ao
final do mês comprando muito menos do que o que conseguiam comprar no começo do
mês. Aí dolarizaram a moeda, e a inflação passou a ser em cima do dólar e não mais da
moeda da ocasião. O dinheiro sumiu. Exemplo: 3750 Cruzados Novos passou a ser
igual a 1 Dólar; e uma pessoa que ganhasse 375.000 Cruzados Novos passou a
ganhar a 100 Dólares, que passou a se custar o mesmo que 100 Reais. Ou, seja,
3.750 Cruzados Novos = 1 Real = 1 Dólar, 1 Dólar era 1 Real, 1 Real Era 1 Real (título deste texto),
uma alusão ao fato de que a moeda Real desvaloriza-se sempre, um real hoje não
o mesmo de ontem, assim como a realidade pra quem pratica desonestidade não o
que de verdadeiro, não é fim (pena que todos os desonestos não vêm isso).
O que ocorreu é
que a inflação passou a acontecer em cima da nova moeda, o Real. Real que nada
mais era que o Dólar. Ou seja, inflação em cima do Dólar que nunca parou de se
valorizar. Atualmente o dólar custa R$3,15. Algo que custasse um real na
ocasião, custava um dólar, mas hoje, custa R$3,15 mais a inflação do período.
Já o povo, o trabalhador, nunca foi compensado a contento em suas perdas,
nunca. E jamais o será, enquanto persistir mentalidades vis de lucro e gana
acima da dignidade humana.
E é isso. Apesar do que possa
parecer este texto, se é que ele possa parecer algo, a intenção foi, a partir
de uma inspiração, tentar dar uma comparação, tentar colocar comparações de
situações, povos e governos, vislumbrar erros e acertos, e com isso um ponto de
vista, com vistas a evitar erros, e tentar efetivar acertos e perpetuar bons
exemplos. Ao final, a ideia, posso estar enganado, mas, penso que nações, povos
e pessoas são quão mais evoluídos a partir do momento em que mais se respeitam,
seja por temor a Deus (pelos que acreditam em Deus), ou seja pelo temor às
Leis, e ao próximo (pelos que não temem a nada, mas, que deveriam, ao menos, serem
honestos, em prol de um mundo melhor para todos nós). De um jeito, ou de outro,
acredito estarmos num caminho de melhora.
Em meu país, Brasil, temos lindas
músicas, como a citada, não só músicas que espelham revolta. Temos lindos
exemplos de lindas músicas que espelham alegria, esperança de melhora. Temos
músicas de pessoas que já se foram, mas, que assim como obras boas a nós deixadas
(como também boas obras deixadas por bons políticos), estas nos acompanham, a
estas, acompanhamos, como a não esquecermos o bem que os bons nos fizeram,
deixaram para nós. Um grande exemplo de grande obra, eu citaria, Encontros e
Despedidas (música) – Elis Regina.
Todos os dias é um vai e vem. A vida se repete na estação. Te gente que
chega pra ficar. Tem gente que vai pra nunca mais. Tem gente que vem e quer
voltar. Tem gente que vai e quer ficar. Tem gente que veio só olhar. Tem gente
a sorrir e a chorar.
E assim chegar e partir. São só dois lados da mesma viagem. O trem que
chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida. A
plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar. É a vida.
Linda demais – Artista e Música.
Lindo demais como, apesar de já
antiga, a música parece espelhar a ideia do que seria a solução para problemas
levantados no texto. Como quão bom seria, quão bom será quando vermos,
enxergarmos que não estamos aqui para nos fazermos, desonestamente, às custas
de nossos próximos. Estamos aqui como que estando em uma estação, com encontros
e despedidas. A única diferença quanto à música, eu diria: Na música, ela diz
que a plataforma é a vida do lugar. Já aqui, eu digo, penso que a vida do lugar
somos nós e que, quão mais, seremos felizes à medida que nos respeitarmos mais,
independente, de que nos consideramos, atualmente, todos como irmãos, mas, que
passemos a nos considerarmos cada vez mais como irmãos. Um mundo cada vez
melhor, à medida que isso acontecer. E acontece, graças a Deus acontece. De uma
forma cada vez mais rápida, graças a Deus.
Obs: Interessante é que eu disse
não acreditar no acaso/coincidência, ainda assim a mim parece sempre ocorrer, e
não que eu veja assim “sendo acaso”, vejo de uma forma que pode ser diferente
(pode ser), vejo como aprendizado, como recado, exemplo apresentado para nosso
crescimento, ou não, somente dependendo de nós. Nestes dias últimos, a
coincidirem com o acabar deste trabalho, meio que a me apresentar mais do
mesmo, mais de tudo que foi falado aqui, alguns fatos me chamaram a atenção
pelo que pelo igual de mal que parece insistir em ocorrer, mas, que acredito
estar sempre sendo eliminado, pelo sempre combate pelo bem, há de ser
eliminado. Três fatos:
- 1 - Ao final de domingo, 27/08, até ontem,
até os noticiários que assisti por últimos, ontem à noite, achei incrível como
notícias de corrupção/desonestidade pareceram tão atuais, tão iguais com os
momentos aqui citados, mesmo que o que aqui falado já se tenha passado há
tempos;
- 2 - Rsrs. No episódio de Kenan
& Kel de 29/08 ocorreu uma cena em que, diante de atrapalhadas, ao fechar a
geladeira, a porta da geladeira saiu, ficando segura na mão do Kenan. Achei
interessante, lembrei do que falado aqui sobre um episódio (também fictício)
com uma geladeira, e o como ela foi se desfazendo até restar apenas um pedaço
em minha mão, também mão direita, como no filme;
- 3 - Por último, um fato
verdadeiro ocorrido aqui, na capital do país, nestes últimos, que nem sei se
hoje (31/08) já acabou: greve de ônibus. Greve de ônibus, greve de um serviço
público que nunca foi grande coisa em meu país, e que mesmo não sendo grande
coisa, assim mesmo pioram. Por causa da falência moral do Estado que o empurra
(e empurra a todos, ou a quase todos) também à falência financeira (de todos, ou
quase todos), mais uma vez empresários e empregados de empresas de ônibus a não
se entenderem, e a fazerem greve (desta vez, bastante duradoura) a prejudicarem
milhões de pessoas. Achei também interessante a questão sobre ônibus de minha
ficção e a semelhança da situação ônibus da realidade, e de todas as realidades
ônibus que já vi.
E por último, duas músicas (uma
antiga e uma nova (aliás, muito nova). E as duas, dois momentos, talvez os dois
dentro dos 25 anos, duas obras como que a corroborarem o que dito nesta obra,
nestes pensamentos. Pensamentos de pessoas diferentes em tempos diferentes como
que a expressarem recados, mensagens, mensagens como que alertas, como que
aprendizado:
Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar
Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei
nada de mim
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão.
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão.
Presunção achar que sabe tudo do mar,
ou de algo, mas, ao mesmo tempo, simplicidade em reconhecer não saber nada de
si. Algo como, através da simplicidade, do não julgamento, agir em prol de um
mundo melhor, sem julgamentos vis a partir de nós, somente ação a partir de
nós.
Era
Uma Vez
Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau
É só não permitir que a maldade do mundo
Te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender que ela mora no caminho e não no final.
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau
É só não permitir que a maldade do mundo
Te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender que ela mora no caminho e não no final.
Com simplicidade vermos a magia, o mundo além do aparente, verdadeiro, nosso objetivo – Deus, a bondade em nós o tempo todo e não só no final. Com isso, o melhor dos mundos em nós sempre, e não só no futuro
inalcançável. Assim agindo, nós, com honestidade e não no fortalecimento do
mal, e do incorreto, mas sim, na melhora constante de todos, na melhora
constante do todo.
4 Mas vocês, irmãos,
não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão.
5 Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.
6 Portanto, não durmamos como os demais, mas estejamos atentos e sejamos sóbrios;
7 pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite.
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança da salvação.
9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
5 Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.
6 Portanto, não durmamos como os demais, mas estejamos atentos e sejamos sóbrios;
7 pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite.
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança da salvação.
9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Creio ser este o desfecho por mim
pretendido para este texto (pretendido pela inspiração, a mim permitida), o desfecho a mim inspirado para esta mensagem. Se
não o fiz com mais perfeição, ainda assim, tentei. Que este texto tenha
atingido uma boa intenção, a partir de uma boa inspiração, para ao final ser
uma boa mensagem. É o que espero pra você, o que desejo a você.
Um bom tudo a nós.
Um bom tudo ao povo brasileiro
também. Assim como homenageei, aqui, povos de outras nacionalidades, quero também
homenagear o povo brasileiro a quem desejo que esteja cada vez mais próximo de
Deus, da justiça, com cada vez mais Deus no coração e, como reflexo, ter
governos cada vez melhores, mais dignos, mais verdadeiramente representativos.
Que nosso Brasil melhore também, cada vez mais.
Com carinho.
Jeff
