Uma Aventura
Não sou daqui e nem vim pra ficar. - Pensamento
Não vim até aqui, pra desistir agora. - Engenheiros do Havaí – Até o Fim
Creio já ter comentado alguma vez sobre o maravilhoso pensamento
que um grande colega, que há muitos anos não vejo, mas que ele dizia com
frequência, talvez ainda diga, e que nunca esqueci. Ele falava: Não sou daqui e nem vim pra ficar.
Lembro que ele falava esta frase com frequência. Trabalhávamos
juntos em um ambiente de muita tensão (agência bancária no Brasil nos meados
dos anos 1990). Na ocasião, eu ainda novo e inexperiente, não via na ação e nas
palavras do meu colega, nada muito especial, eu, simplesmente, o via falar
aquela frase, sempre. Achava que ele somente falava meio que por brincadeira,
meio que por espirituosidade, meio que por ser engraçado. Interessante como o
tempo passa e como nossos gostos mudam, nossos comportamentos, nossas formas de pensar, como mudamos.
Hoje, no entanto, penso que não, penso que meu colega não falava
aquela frase por ser engraçado, por ser engraçada, hoje penso que ele a falava
por experiência, como que um mantra, um norte a ser seguido, uma filosofia,
algo em que se agarrava na intenção da busca da calma e da sabedoria necessária
para sobrepujar o caos. Em meio aos nossos caos diários, de cada dia, daqueles
tempos, eu via sempre meu colega sempre meio que imerso em aparente calma, a
espelhar sempre sabedoria, tentativas de solução, a espelhar ser sempre solução
e nunca problema. Ele sempre trazia solução, sempre uma voz sábia que todos
ouviam sempre com prontidão e respeito, bonito isso. Bonito aquilo, aquelas
atitudes, ações serenas dele, aquele exemplo de sempre bom exemplo de ser, de
pessoa, de funcionário, de colega, aquele sempre bom exemplo do que hoje penso
ser um bom exemplo de humanidade. Não sei por onde anda, hoje em dia, meu
colega, nem sei se continua a entoar seu mantra, mas, uma coisa pra mim parece
bem que certa: o fato de ele estar/continuar bem, por ser, pra mim, alguém que
sabe viver, que sabe a que veio, algo que não vejo em todos que vejo e que, só
com muito custo, creio ver em mim hoje, somente, com o tempo, muito tempo.
Em outra ocasião, aqui mesmo em outro texto, eu já expressei minha
admiração no fato de como a vida imita a arte e, no como a arte imita a vida.
Em minha opinião, não se trata de vida repetindo a arte, e vice-versa. Trata-se
de iluminação, de inspiração nos dada para o nosso próprio bem, para o nosso
próprio, e constante, e incessante, melhorar. Melhorar nosso e melhorar de
nossos mundos, para melhora de nosso mundo, e melhora da relação deste com
outros mundos. Não há coincidência, não se trata de imitação, não se trata de
sorte, de acaso, trata-se de um processo, incessante processo busca,
ensinamento, alcançar, vencer a partir do nosso eterno aprender, filtrar,
multiplicar informações, valores. Valores que nos são, divinamente, passados e
os quais, a partir de nossas próprias crenças, passamos a passar a outros na
intenção do bem – nosso, dos outros, do mundo, dos nossos mundos, de tudo.
Incrível como um pensamento antigo, de uma pessoa, pensamento que
no passado poderia ter ficado perdido, como se perpetua, se multiplica em
outras mentes, mentes que funcionam como filtros, incessantes filtros a
multiplicarem (ou suprimirem) diariamente, frequentemente, incessantemente, informações,
valores, conhecimentos, crenças, pensamentos que modificam realidades. E isso,
incessantemente, infinitamente, multiplicadamente, multiplicação de mentes num
processo constante de multiplicação de exemplos, um poder infinito de
multiplicação de informações, de verdades de cada um a modificar,
incessantemente, a realidade de cada um, e de todos, a cada instante o mundo de
cada uma, a verdade de cada um, a realidade, o mundo, o universo. A cada
instante nos reaprendemos, a cada instante reaprendemos, descobrimos, vemos
novidades (novas novidades) sobre velhos
conhecimentos os quais acreditávamos já o, totalmente, sabermos.
Trata-se de um grande desafio, um eterno grande desafio.
Imaginemos uma mentira, algo horrível sendo acreditado e
multiplicado dessa forma através dos tempos. Qual seria o poder final desta
mentira? Que mal devastador ela alcançaria, ela produziria, se fosse
acreditada, multiplicada através dos tempos desta forma exponencial mental? Que
poder infernal um mal teria se conseguisse ser tão, tremendamente, acreditado,
multiplicado, ser tão tremendamente alcançado? Seria incrível. Porém, para o
nosso bem, meio que impossível, ainda bem.
E eis que esta é a explicação: o bem.
Acredito haver dentro de nós os dois caminhos. Eles estão lá,
vivos, eternamente vivos, os dois estão em nós, os dois somos nós. Somos nós
num eterno desafio de escolher e de multiplicar aquilo em que acreditamos,
aquilo que temos como verdade. Fácil pra nós, apresentarmos nossas verdades.
Difícil, porém, mantê-las. Impossível manter nossas verdades vivas em outras
mentes, se estas, não nelas também acreditarem, pois, só assim a continuarão, a
multiplicarão. E, detalhe, não há multiplicação duradoura de uma verdade sendo
ela, apenas, algo em que passamos a acreditar. Ela só se multiplicará, somente,
e tão somente, se for verdadeira, se for fundamentada no bem.
E a explicação é, relativamente, simples: O mal persiste? Insiste?
Existe? Sim, está em nós, mas, não vai tão longe, a mentira não vai tão longe,
não convence, não conquista e nem nunca conquistará com tanta força quanto o
bem. Bem que é a fonte, bem que é a vida, a continuação da vida, a
multiplicação, o significado verdadeiro da palavra que podemos entender por
vida. Vida que só existe graças ao bem, simples assim, pois, se administrada
pelo mal, não seria longa, não seria permeada pela esperança, pelos nossos repentes
de alegrias. Que alegria e esperança poderia haver em um mundo, em uma
realidade liderada pelo mal? Não vejo solução para esta equação.
Bem. E que bem é este? Que bem seria este, a ser forte, a ser
norte, esperança, a inspirar vontade nossa de o alcançarmos, de o termos, de o
sermos?
Alguns o chamam de Deus, eu o chamo de Deus, alguns dizem não
acreditar, dizem não ver, porém, até estes são provas vivas da existência de
Deus. Através de suas próprias existências, existências estas que não
ocorreriam se não houvesse um amor maior, uma fonte maior, um poder bom maior a
lhes permitir suas próprias existências. Bonito isso, né? A certeza de estarmos
vivos a partir, única e, exclusivamente, do bem. Bem, que alguns podem não
chamar de Deus, mas, que se muitos chamam, muitos perpetuam, muitos
multiplicam, incessantemente, eternamente, acreditam piamente existir, só pode
mesmo é existir. Eis que esta é a verdadeira verdade.
Eis que este é o norte que devemos seguir, a quem devemos seguir. A promessa
que nos traz alívio, esperança, força, fé. A ideia de que, no nosso íntimo,
estamos fazendo o certo (ou pelo menos tentando fazer, pois, quando não o
somos, não tentamos ser o bem (Deus em nós), nossos mundos nos derrubam, o
mundo nos derruba. Recebemos orientação para que possamos, novamente, nos
enquadrar, nos reencaminhar na busca daquilo que alguns chamam de salvação). E
mesmo que não acreditemos em salvação, ainda assim somos chamados a nos
redirecionar, a nos reenquadrar novamente no caminho do bem, quando dele nos
afastamos mesmo que um pouco, vejamos o próprio exemplo da vida, o como somos
expatriados, separados, marginalizados (colocados a margem) da sociedade, das
sociedades, instituições, grupos, quando não nos enquadramos, quando não nos
sintonizamos (geralmente com o bem). Que existem grupos unidos não,
necessariamente, pra fazerem o bem, isto nós sabemos. Porém, até estes grupos,
estes exemplos, coadunam com o que estamos falando, pois, estes grupos 1) Não
vingam, não prosperam, não crescem, não na medida do bem e, 2) Se estão unidos,
se existe um grupo, uma união, algo de bom também está ali. Como haver
união/reunião se não houver, no mínimo, algum consenso, algum respeito? E o que
seria consenso e respeito, senão, parte do sinônimo de bem? Ou seja, mesmo em
meio à descrença no bem, o bem também está presente. Bem presente em tudo, Deus
em tudo.
Até no caos.
O que pode ser caos para uns, pode não ser para outros. A morte de
uns é vida para outros. Incessantemente.
Não que eu esteja falando da parte ruim da história, da nossa
história. Da parte ruim do quanto podemos ser ruins, ruins de uma forma que
nenhuma outra espécie é capaz de ser (estes, como sabemos, também podemos ser,
também o somos). Não é isso.
Morte de uns como vida para outros, como processo, como caminho
(pelo menos existente neste plano). Incessante, como vemos todos os dias, como
nós mesmos somos testemunhas e participantes, para que nós mesmos possamos
continuar vivendo, possamos continuar vivos. Um “vivos” da maneira mais
imediatista que podemos nos ver, um “vivos” de busca por alimentos que quero
crer não ser somente nossa missão por aqui, creio não ser só pra isso que para
aqui viemos. Não deve ser possível que viemos aqui só para comer, até que um
dia chegue a nossa vez de “irmos embora”, passando o bastão para que outros
continuem aqui comendo. Creio não dever
ser só esta a nossa missão por aqui, não creio. Creio, isso sim, que até o mal
que fazemos, o fazemos por acharmos que o podemos fazer, o fazemos a partir do
exercício de nossa própria liberdade, o fazemos como parte de um algo maior que
nos permite, ou não, fazermos, sermos, executarmos. Um algo maior que nos
permite existir (realizar, respirar, comer, acontecer...), somente, e tão
somente com dois propósitos: 1) Nosso bem, nossa busca, nosso eterno progresso;
2) O eterno progresso do todo.
Somos ferramentas.
Somos parte.
Somos um conjunto. Eterno, infinito, imensurável conjunto. Talvez
esta seja a visão que falta a muitos que por aqui andam. Porém, por outro lado,
este seja o propósito desta realidade que aqui vemos: O desafio.
Desafio de termos de lidarmos com nossos próprios poderes (temos
poderes?). Creio que, sim. Por que, não? Poder de escolha, poder de ser, de
tentar ser, de tentar acontecer, de acontecer, ser.
A todo momento somos convidados a sermos o que queremos ser –
talvez não da forma como gostaríamos. Mas, que somos convidados a sermos o que
quisermos (e isso, a todo instante), somos. E somos. E nos tornamos,
incessantemente, diariamente, o que nos tornamos. Nos tornamos no que os outros
querem que nos tornemos? Pode até ser. Nos transformamos conforme a realidade
nos permite, porém, no íntimo de cada um a convicção da própria vontade, a
liberdade de sua própria essência/existência/busca. E dentro deste quadro, o
resultado, o caminho trilhado por cada um em prol de seu próprio bem.
Praticamos o mal? Pode até ser que sim. Porém, até o mal que
praticamos, se o praticamos, se o conseguimos praticar, até este mal só
acontece se tiver de acontecer, se for permitido, se for consentido, pois, cada
ato nosso é apenas parte de um grande contexto onde o resultado é colhido pelo
todo e, a nós, pago na medida do nosso merecimento. Cada ato nosso resulta em
algo coletivo e, para nossa felicidade ou tristeza, em algo pessoal. Que cada
uma arque com o resultado de sua própria liberdade, com o resultado de sua
própria autonomia, vontade, ação. Nada mais que um caminho. Infindável caminho
permitido pelo bem. Infindável caminho permitido por Deus.
Lindo demais, não é não?
Quem dera todos tivessem uma visão assim. Não que eu tenha, não
que eu queira ser mais, nem presunçoso, mas, creio que o mundo, as realidades
se tornarão melhores à medida que mais pessoas pensarem assim. É o que
acredito.
E neste aspecto, os exemplos, os bons exemplos, os bons
pensamentos, as boas ações. O amor? Sim, por que não? O amor em tudo: ações,
reações, olhar, vida. A permear vida. Verdadeira vida. Não, simplesmente, a
vida que parecemos ver, que pensamos ser a vida, de estarmos aqui, comermos e
irmos, tentarmos ser, simplesmente, o melhor (pra nós mesmos), não é isso. Algo
maior há. Ah! Isso há. Ainda bem.
Agora mesmo, dois momentos: O primeiro, um pensamento do qual já
muito falei (Não sou daqui e nem vim pra
ficar); O segundo, um trecho de música que, apesar de aparecer logo na
primeira linha deste texto, que apesar de ser o começo deste texto, eu dele,
ainda, nada falei. Pensou que eu tinha esquecido, né? Rsrs. Esqueci, não (Não vim até aqui pra desistir agora.
Engenheiros do Havaí – Até o Fim)
Interessante como os dois (pensamento e música) por mais que de
pessoas diferentes, de lugares diferentes, tempos diferentes, como que os dois
parecem encerrar uma mesma mensagem, ter uma mesma intenção (o bem), e como os
dois atravessam o tempo e chegam no hoje, como que com uma missão. E cumprem
sua missão: nos entregar o bem, o conhecimento, um puxão de orelha, um
despertar, um mais do mesmo – Deus, para o nosso melhor, nosso contínuo e nunca
fim, melhorar. Simplesmente, dois exemplos dos muitos exemplos que nos chegam,
a todo o instante, para nossa reflexão, para nosso aprendizado, para o nosso
crescer.
Que cada um de nós exerça sua liberdade e, como resultado de todo
nosso aprendizado (incessante e constante aprendizado), que como resultado de
nosso sucesso consigamos o afastamento de nosso mau interior, que consigamos
nosso sucesso, nosso verdadeiro sucesso.
Injusto seria eu falar pouco da música que citei, do trecho que
dela citei. Injusto seria falar pouco dela, depois de tanto falar do pensamento
de meu amigo.
A exemplo do pensamento do meu amigo, também cito a música, esta
música, por sua beleza, pelo belo de sua mensagem: Não estou aqui para
desistir.
Lindo. Não é, não?
Lindo, sim.
Não estamos aqui para desistir.
Onde quer que estejamos, como estejamos, se somos a imagem e
semelhança Dele, não há outro caminho senão não sermos, não tentarmos ser
felizes, não melhorarmos. Que consigamos atingir nossos Céus.
Que consigamos atingir nossos Céus.
E para isso, um único caminho: Deus.
Deus verdade, Deus amor, Deus fé, Deus busca, Deus oração, exemplo,
paz, vida (verdadeira vida), Deus em nós. Para a nossa própria felicidade. E
consequente felicidade do todo. Deus solução, nossa solução, solução para nós.
Há um tempo eu estava em um avião. Normalmente tenho a cabeça na
nuvens, porém, naquela ocasião, minha cabeça estava acima delas (rsrs). Não que
esta não seja minha realidade: normalmente sou um viajador mental não
intencional, normal. Acho. Rsrs
Naquela ocasião, de repente, viajei meu olhar para a Terra, terra
que já parecia pequena lá embaixo. Tão pequena que cidades cabiam na mão, casas
na ponta de uma caneta, e pessoas... Que pessoas? De maneira alguma eu conseguia
alguém, de maneira alguma. E, naquele momento, o pensar, o saber que o que
aparecia de não natural naquele cenário, o pouco de coisas não naturais que eu
conseguia ver, havia sido feito por pessoas que eu sabia que estavam lá, na
frente do meu olhar, mas, que eu não conseguia ver. E isso sem falar do imenso
verde (Terra) e o azul (infinito) que eu sabia haver sido feito também por
alguém, maravilhosamente, feito por alguém que eu também não conseguia ver. As
pessoas que lá embaixo estavam, que eu sabia que existiam, será que elas não
existiam por não as conseguir ver? Deus, o bem, orquestrador de tudo aquilo que
eu estava vendo, será que ele não existia por eu também não o conseguir ver?
Como seria possível tudo aquilo existir, se não fosse uma força, poderosa, boa,
responsável por tudo aquilo? Não me pareceu possível tudo aquilo ser do jeito
era, estar do jeito que estava (funcionando) se não fosse regido por forças,
acontecido e acontecendo por forças, administrado por uma força maior (bem). E
mais, diante daquele cenário, de repente, viajei meu olhar, meus pensamentos,
às pessoas que lá embaixo, na Terra, estavam, que eu não conseguia ver, mas,
que sabia, estavam lá. Fiquei imaginando o que era o mundo.
Como que corríamos, como que aqui, em nossas vidas, em nossas
realidades, tarefas, vidas, com nossos pés nesta terra, como que nós corremos,
o que fazemos, o que somos, que sentido temos e damos às nossas vidas? E qual a
consequência disso para “nosso” mundo, o mundo em que vivemos? Vivemos?
Sabemos que estamos vivendo?
Sabemos o que estamos fazendo?
Lá de cima, através daquela minúscula janela, eu vendo aquela
imensidão verde-Terra e azul Céu (que diante dos meus olhos fundia-se com o
mar, ambos da mesma cor, parecendo uma mesma coisa a tomar conta de tudo, uma
mesma coisa a ir, a ir..., uma tela sem fim), diante daquele cenário imaginei o
quanto somos muitos, mas, ao mesmo tempo, o quanto não somos nada, o quanto
somos pequenos (a ponto de nem sermos vistos). E, assim mesmo, o quanto somos
importantes. Importantes a ponto de sermos responsáveis pelo que fazemos, pelo
que administramos, e pensei: lá embaixo, tudo tão belo, o que estamos fazendo?
Agimos com assertividade na administração do podemos fazemos por tudo aquilo,
na administração do que podemos fazer com aquilo, na administração de nossas
próprias vidas? Será que sabemos o quão pequenos somos, o quão tanta coisa pode
nos acontecer e interromper nossos sonhos, nossas vontades, nossas vidas, de
forma diferente de nossas próprias vontades, quando menos esperamos? Estou
aqui, nesta terra, pra quê? Fazendo o quê? Estou feliz? Não? Estou só?
Lá, naquele avião, pensei em minha própria vida, em como posso
correr naquilo que chamo de vida que é minha jornada diária de correria, de pés
no chão. É isso? Viver é isso? Eu neste mundo? Dia após dia? Como assim?
Simplesmente agir em prol de meus interesses? Meus? Meus isso, meus aquilo, os “meus”...
Isso é o que importa?
Que vida é a vida da maioria que vejo?
E a vida de qualidade que deveríamos ter? Uma vida que nos é a
melhor vida que podemos ter? Uma vida que é a melhor vida que a meu próximo
posso oferecer? É uma vida em que estou fazendo o certo por mim? Em que estou
fazendo o certo por meu próximo? Em que estou fazendo o certo pelo mundo? Em
que estou fazendo o certo conforme a vontade de Deus? Deus? Será que, em algum
lugar, alguém olha pra mim? Alguém olha por mim?
Achei incrível aquilo, incrível ver o mundo daquela forma, pensar
nas pessoas (e em mim) daquela forma, de uma forma maior, mais ampla, mais
humana. Achei incrível estar em dois lugares ao mesmo tempo: eu vivendo minha
vida na Terra, ou ao menos pensando que isso é que é vida – acordar, comer,
andar, trabalhar, tentar ganhar o máximo possível (pra mim), me cansar, deitar,
me desligar, acordar e repetir tudo de novo (minha vida. É isso? Esta é a nossa
vida?); Ao mesmo tempo eu estava lá, no alto, olhando pra minha vida na Terra,
me vendo de fora, vendo o que eu aqui, embaixo, sou, o que faço, porque faço,
como faço. Pra quê? Daquele alto, olhando de fora de mim, pra mim, para o eu
aqui na Terra, para o que sou, o que estou fazendo, como estou fazendo, lá de
cima, olhando para o eu daqui, o eu de minha vidinha, o eu de minha vida cresceu.
Eu diria que sim, naquele instante, o meu eu cresceu, se humanizou um pouco
mais, de uma forma que eu acho que é o que pode-se querer de mim, que é o que
pelo próximo eu devo fazer, por mim eu devo fazer, pelo todo eu devo fazer.
Naquele instante imaginei o quão bom poderia ser, para todos nós, o resultado
de minhas ações a partir de, por mim efetuadas, com um pouco mais de razão. O
quão bom eu poderia ser para o todo, a partir de um olhar um pouco mais
apurado, um pouco mais pensado, um pouco mais amor, o quão bom seria isso pra
mim, pro todo, em sintonia com o bem, um mundo melhor.
Meu mundo melhor.
Lá, do alto eu vi, a vidinha cega que eu lavava aqui na Terra,
todo dia a mesma coisa: acordar, tentar, me exaurir, dormir, acordar, dormir,
acordar... Vidinha pífia. Eu lá sei, eu lá um dia pensei se alguém poderia
estar me olhando? Nunca. Simplesmente, eu, vivo. Vivo? Acordar, tentar ganhar o
pão, dormir? Repetir tudo de novo? Por mim? É isto? Sim, é isto. É o que muitos
de nós fazemos, somente, o que fazemos. Não há o outro. E se não o outro,
também não há o em volta, não há a Terra, não há nada. Há o eu, a minha
necessidade. O resto? O resto é resto. Uma pena: também vi isto lá de cima,
também vi esta realidade lá de cima, o quanto podemos ser irresponsáveis na
administração do belo, na administração de tudo aquilo (Terra, ar, mar...), o
quanto podemos ser irresponsáveis quanto aos outros (outros que também somos
nós – assim como nós, imagem e semelhança de Deus – e que, assim como nós,
deveriam ser bem tratados e, o pior, o quanto podemos ser irresponsáveis na
administração de nossas próprias vidas. Achei incrível como, a partir da má administração de nós
mesmos, nós podemos colocar em risco a administração de tanta coisa, de tudo
aquilo que de lá, do alto, de fora de minha vida, eu estava vendo. E tudo isso
por apenas pensar que sou só eu por mim, em não pensar se alguém pode estar me
olhando, olhando por mim. Eu? Pensar? Eu, pensar? Eu penso? Sei lá, nunca
pensei nisso. Eu só vivo, só isso: vivo. E vida é isso: acordar, tentar fazer o
melhor por mim, dormir, acordar..., e só. E só?
Do alto eu vi o quanto me perco aqui, na Terra, em minha vida, o
quanto eu perco vida por, simplesmente, ver pouco, pensar pouco (Ops! Pensar,
não. Eu não penso). Este é que é o problema: eu não penso.
Eu não penso em nada, só em mim. Quem sou lá eu pra pensar que em
algum lugar, seja aqui na terra, seja no céu através da janela de um avião,
seja por forças agem pelo meu bem, quem sou lá eu pra pensar se alguém, em
algum lugar, está olhando pra mim? Olhando por mim? Me vigiando? Pelo meu bem?
Sei lá. Nunca pensei nisso.
Deveria?
É?
Será?
Pra quê?
Será que minha vida melhoraria se eu me visse fazendo parte de um
todo, se eu me visse como parte importante para não só o meu melhor, mas,
também como parte de um todo, como sendo importante também por todos? Será que
a vida de todos seria melhor, ficaria melhor, a partir de uma vida minha mais
consciente, mais digna, mais bem?
É?
Sim.
Seria, sim.
Seriamos, sim.
Seremos e somos, sim, melhores a cada dia. Um melhor pra nós, pode
ser. Mas, um melhor acontecendo o tempo todo, mesmo que não vejamos, ou que nem
se quer pensemos, ainda assim um melhor que acontece independente de pensarmos,
de sermos capazes de pensar, se alguém olha pra nós, olha por nós, quer o
melhor pra nós. Ainda assim, há quem queira o melhor pra nós, quem nos vê, nos
ajuda, nos faz crescer.
Hoje é dia de eleição no país em que nasci, em que nasci, em que
estou vivendo, em que me está sendo permitido por Deus, passar por esta minha
experiência chamada de vida, vida que se pensada/calculada já se vão mais de
cinquenta anos, mais de cinquenta anos de vida onde já muito vi e que, graças a
Deus, penso que um pouco aprendi, penso que um pouco aprende de uma forma que
me agrada. Que me agrada pelo fato de eu achar que estou me tornando o melhor
que posso me tornar para o meu próprio bem e, com isso, para o bem do que vejo,
dos meus, dos que me cercam. É bom me sentir não perdendo tempo.
E dentro desta minha experiência/vida de ser eu já vi muitas
coisas, vivi muitas coisas, e hoje, novamente, eleições. No entanto, algo
diferente no ar: ações, atitudes calorosas por parte de cada umas das partes
que estão disputando a eleição. Uma calorosidade que talvez eu nunca tenha
visto, ações negativas por parte de muitos de uma forma como talvez eu nunca
tenha visto, uma situação preocupante de despertar de ódios, raivas,
preocupações, como talvez eu nunca tenha visto. De ambas as partes. Por parte
de muitos.
E, novamente, pra mim, também, mais do mesmo: o como parecem mais
fáceis as atitudes ruins, os pensamentos ruins. Penso que acho incrível como
parecemos mais prontos, mais imediatistas pro (eu não diria pro mal), mas, como
parecemos atingir com mais facilidade o não bom do que o bem. Causa-me
preocupação, apreensão, no entanto, com a realidade de hoje, o fato de estar
vendo certa rispidez nas pessoas, mais que de costume, em um número de pessoas
muito maior do que o de costume. Vejo com apreensão o futuro que agora começa.
Sei que Deus nos abençoará com um bom dia, que tudo só acontece conforme a
vontade dele. Já eu, da minha parte, oro, faço a minha parte, peço e espero que
tenhamos bons tempos, independente de quem ganhe, que sejamos humanos. Que não
mergulhemos nossa nova realidade em velhos erros conhecidos. E esta realidade
por mim desejada só pode ser alcançada se pautada pelo bem. Que esta seja nossa
realidade. Sempre.
Agora a pouco eu disse uma frase que gosto muito: É bom me sentir
não perdendo tempo.
É isto que espero para nós: um não perdendo tempo por muitos.
Ações que se executadas por muitos, se forem pautadas no bem, não serão perda
de tempo, não serão perdas de vidas.
Lembro aqui, agora, de dois momentos de minha vida que eu também
pretendia citar neste texto.
O primeiro foi eu ter chegado em um hospital na hora certa. Mais
um pouco, se um pouco mais atrasado, eu lá chegasse, eu não estaria aqui hoje.
Eu, simplesmente, apaguei quando de minhas primeiras palavras com a doutora, eu
já estava nas últimas. Ainda bem que no lugar certo, ainda bem que amparado
pelo bem (pelo bem médicos, pelo bem tratamento, cirugia, remédios, pelo bem
Deus que não quis que eu me fosse naquela hora);
O segundo momento se passou no avião. Não na viagem citada. Esta
viagem sublime do texto se passou antes. Em outa ocasião tive oportunidade de
vivenciar uma também incrível outra experiência dentro de outro avião. Naquela
viagem, em meio ao azul imenso, onde o avião por maior que fosse, ainda assim,
era nada se comparado com aquele nada infinito. Um cenário de só nós com tudo
aquilo só pra nós, todo aquele espaço só pra nós, tudo só pra nós. Uma sensação
de liberdade, de solidão, de prazer, diferente do que o que eu pés no chão, se
vivente da terra, estava acostumado. Achei muito interessante tudo aquilo,
achei muito bom, muito bonito. Foi quando, de repente, a onze mil metros de
altura, vindo em nossa direção a mil quilômetros por hora e passando da
esquerda par a direita a apenas uns cinquenta metros de distancia do avião em
que eu estava, passou um outro avião, um outro imenso avião do tamanho do que
no qual eu me encontrava. Achei aquilo de extremo mau gosto, de extrema
incompetência (ou talvez competência, não sei): Por que, em meio a todo aquele
infinito, por que fazer dois boeings se cruzarem? Por quê? Pra quê? E as
centenas de vidas? Como assim? Era, realmente, necessário que eles se
cruzassem, quase se tocassem, lá no espaço? O que foi aquilo? Foi por erro? Foi
por acerto? Era, realmente, necessário? Caramba! Que susto! Que emoção. E,
novamente, Que
Deus! Caramba! Mais um pouco (ou, menos um pouco), novamente, eu não estaria
aqui.
Bom. Finalmente estamos chegando aos finalmentes deste texto.
Creio ter alcançado meu objetivo ou, estou quase lá. A vontade aqui, era o que
acho que aconteceu: uma vontade de espelhar uma experiência de vida nossa, uma
vida nossa que eu acredito se tornar mais fácil, para nós, a partir do momento
que nos olhemos a nós mesmos como parte de um contexto maior. Um contexto em
que o que é importante é a nossa felicidade, a nossa alegria de viver, a
verdadeira alegria em estar vivo a partir de um momento em nos vemos, a nós
mesmos, vivos dentro de um ambiente, dentro de uma experiência, dentro de uma
vida que, pra nós, faz sentido, uma vida verdadeira a dar sentido ás nossas
vidas. Precisamos ter um sentido na vida. Precisamos saber, e ter, o verdadeiro
sentido da vida, pois, sem ele podemos nos sentir como sendo nada, podemos nos
sentir como estando infelizes, e não é isso, não estamos aqui para isso.
Estamos aqui para sermos vitoriosos, pois, somos vitoriosos. Somos imagem e
semelhança Dele, somos imagem e semelhança de Deus, Deus fé, Deus força, Deus
alegria, Deus nós. Somos parte Dele.
Sejamos felizes.
Com força, fé, oração, querer, alcançar, ser. Sejamos. Sejamos o
verdadeiro nós que Ele quer que sejamos. Sejamos o nosso verdadeiro nós.
O lindo, e verdadeiro, nós.
Não nos sintamos sós, não nos sintamos fracos. Não somos, não
estamos. Nem nunca estaremos e nem seremos.
Com Ele em nós, seremos mais, sempre. Sempre. Nosso mais completo,
e verdadeiro, sorriso. Nossa mais completa, e verdadeira, vida.
Ora, falou?
Ora que Melhora.
Acredite.
Acreditemos.
E vençamos. Sempre.
Lembro de dois momentos aqui, agora, (rsrs) mais dois. Mais
dois!!! (rsrs)
Sim. Duas músicas.
Uma nova e uma antiga. Todas, lindas. Arte imitando vida, vida
imitando arte.
A primeira, a mais nova, (iluminação divina – só pode), linda:
Não é sobre
ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por
ti
Segura teu
filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
Trem Bala – Ana Vilela
.
Lindo! Não é, não?
Muito. E verdadeiro.
A vida é trem-bala. E, quando a gente menos espera, a gente
precisa partir.
Valorizemos, pois, cada momento, filhos, pais, amigos, vida,
nossas vidas, nós. Sejamos o nosso melhor, agora. Pois, não sabemos até quando
o seremos.
Já, a segunda música, a mais antiga:
Mas o que é vida afinal?
Será que é fazer
O que o mestre mandou?
É comer o pão
Que o diabo amassou
Perdendo da vida
O que tem de melhor?
Verdade Chinesa
Emílio Santiago
.
Linda! Não é, não?
E o que é vida, afinal?
È comer o pão maldosamente amassado? Perder da vida o que a vida
tem de melhor? Não.
É viver a vida, não por ordens. Mas, por fé. Pela certeza de que o
que fazemos, porque fazemos, fazemos por ser certo, por ser o certo, por ser o
bom para nós, para todos nós.
Vivamos com a verdadeira em nossos corações.
Vivamos, com a verdadeira alegria em nós.
Novamente, minha frase:
É bom me sentir não perdendo tempo.
Já, agora, finalmente finalizando este texto (rsrs), eu diria pra
você, assim como digo pra nós, como digo pra mim: Cuidado, falou?
Olhemos sempre, os dois caminhos, os dois nossos caminhos, os dois
nossos resultados, e, alcancemos (ou tentemos alcançar) o resultado nós que nós
queremos ser, que nós queremos nos tornar.
Que saíamos vitoriosos desta nossA Aventura/Vida.
Que um dia, como dito na bíblia, quando tivermos de retornar ao
nosso pai, que nessa hora tenhamos em nossas mãos a multiplicação de nossos
créditos, conforme é o que Ele não só deseja de nós, mas, principalmente, o que
Ele deseja para Nós. Para nossa felicidade.
É bom me sentir não perdendo tempo.
E eu diria mais:
É bom me sentir não perdendo minha vida.
Não perdendo minha chance, minha viagem, minha aventura.
E é o que deseja a você. Falou?
Não perca sua chance.
Não perca sua viagem, sua aventura.
Não perca sua vida, sua verdadeira vida.
Ora Que Melhora.
Fé.
Força.
Continuação.
Vitória.
A nós todos.
A você.
E não nos esqueçamos de trilhar nossos caminhos para obtenção de nossos sucessos, pois,...
Não somos daqui e nem vinhemos pra ficar.
Somos nosso melhor, queremos nosso melhor.
Somos nosso melhor, queremos nosso melhor.
Não vimos até aqui, pra desistirmos agora.
Nem Nunca. Somos vencedores em Deus.
Sempre.
Nem Nunca. Somos vencedores em Deus.
Sempre.
Com carinho.
Jeff
Abaixo, um pensamento de 2016, eu em um avião, voltando de uma visita que tinha ido fazer ao meu filho. Coração enternecido, já cheio de saudades, com muita vontade de ver um mundo cada vez melhor para nós, para meu filhão.
Interessante que eu nunca tinha lido o que escrevi naquela ocasião, nunca. Nem mesmo antes de escrever e publicar este texto que hoje, tenho o prazer de ver publicado - Uma Aventura.
E interessante, mais ainda, o fato de saber que, naquela ocasião, eu já sabia, eu já sentia, eu queria que um dia, aqueles pensamentos se tornassem um texto, como agora se tornaram, quase três anos depois. E incrível, pra mim, verificar, testemunhar como as ideias de um repente se mantiveram vivas em uma mente, para, um dia, se tornarem uma idealização, uma história, uma mensagem, um ideal de algo, de algo de alguém que pensa estar fazendo algo bom. eu achei incrível como, quase três anos depois, um pensamento quase esquecido (ou guardado, na mente, de uma forma quase perdida), incrível como um texto atual encerrou as mesmas percepções e, até, em partes, as mesmas palavras, ideias quase que escritas que da mesma forma que pensadas, iluminadas, inspiradas, em outros tempos. Eu achei incrível, belamente, incrível.
Saber-se-á lá como funcionam, como são os desígnios divinos para que, através das conclusões de nossas missões, consigamos atingir o sucesso daquilo que para nós é imposto, é nos solicitado fazer. Saber-se-á lá como?
Eu não sei.
Mas, não consigo parar de ver belezas.
Belezas que estão em toda parte, belezas que são Ele em toda parte, pra nós.
Obrigado, Senhor.
E, obrigado a você.
Tudo de bom a nós.
Sempre.
Interessante
estar aqui, acima das nuvens.
De
repente, vendo o firmamento, as nuvens, a forma como a turbina e o avião
parecem deslizar pelo espaço infinito e sem obstáculos, é uma sensação de paz
sem palavras.
O que
estraga é o barulho da turbina, é o fato de estarmos assistindo sem sentirmos a
liberdade que reina lá fora. E imaginarmos o fato de estarmos a uma altura em
que pássaros nenhuns alcançam. É incrível.
É
incrível!
Incrível
com exclamação e com ponto final, mesmo.
Incrível
com admiração e com afirmação. Lindo demais!
Lá
embaixo, a realidade a nos empurrar para tentarmos sempre resolver coisas de
nossos interesses, como uma realidade ligada ao corpo. Corpo que precisa ser
mantido, e que pesado mantem-se em contato à Terra.
Lá
fora, na imensidão, a impressão é que nossa correria diária nem tem sentido.
Tudo é tão belo, visto daqui, que nos faz pensar porque fazemos o mal à
natureza, a outros, e até a nós mesmos. É como um puxão de orelha para pararmos
e nos voltarmos ao que importa, à essência. É como se nos lembrássemos da paz,
do amor, da vida. Algo mais ligado ao espírito. Muito lindo.
De que
forma, podemos, devemos, verdadeiramente, andar em nossas vidas para
alcançarmos o certo? Para alcançarmos nossos crescimentos? Nossos verdadeiros
crescimentos?
Seja
na Terra, seja aqui, muitas belezas. E nós, fazendo parte de tudo isso também.
Embora nem sempre, ou quase sempre, não nos vendo assim. Uma pena. Pena
podermos estragar tantas coisas belas, não só o mundo, mas também,
principalmente, nossos próprios mundos.
Que
vejamos, todos nós, o que podemos fazer para o nosso verdadeiro melhor. E assim
consigamos o melhor para o todo, o melhor pra tudo.
É uma
realidade bonita, a nossa.
Que
tenhamos vidas bonitas, também. Para o nosso próprio bem. E o bem de todos nós.
Parece que está olhando pra nós. Não é, não?
Ele olha pra nós.
Ele olha por nós.
Sempre.
Com carinho 2.
Jeff



























