Feliz Verdadeiro Natal
Graças
à mania que tenho de fotografar paisagens, por vezes me pego em situação difícil
onde, de repente, me vejo tentando responder perguntas que me fazem, ou que eu
mesmo me faço, quanto à beleza desta ou daquela, deste ou daquele momento. E,
é interessante como tudo pode mudar, e muda o tempo todo, em pouco tempo. Por
vezes, principalmente no final da madrugada, não só visuais, mas, também, cores
mudam drasticamente, fantasticamente. Cores mudando radicalmente, mesmo que
formas nem tanto, mas, tudo mudando, o tempo todo. E, impossivelmente, a vã
idiota coragem de achar ter condições de responder qual o mais belo, qual a
mais bela.
Ou
o mais interessante, o quase mesmo momento, a mesma quase foto do mesmo lugar,
com diferença de poucos instantes, mas, com muita diferença entre duas fotos:
Ou
as de agora (não me peça para escolher a mais bela, rsrs):
Da
mesma forma, são as perguntas complicadas que, de repente, podem pedir para que
respondamos, para que digamos soluções, que nem sempre temos. E, nem precisam
ser perguntas “besteiróis” tipo as quais ouvimos no dia-a-dia e que não temos
soluções, e que, talvez, nunca tenhamos. Tipo:
-
Somos os únicos “inteligentes” no Universo?
-
Qual o tamanho do Universo?
-
Existe algo além do aqui? Do agora?
-
Por que gêmeos são diferentes?...
Nós
e nossa “sábia” ignorância. Rsrs.
Uma
vez, passei (e passeei) por uma situação bastante interessante: Mudei par a
roça.
E,
como o nome diz (Roça), era uma situação atípica e muito interessante: Mosquito,
Silêncio, Breu, Formigas, Poeira, Lama e..., Sapos. Rsrs. Isto mesmo: Muitos
Sapos!!!
Eram
tantos sapos, que tive de inventar uma engenhoca para tirá-los de minha porta,
de meu quarto, da rua, de minha vida. Rsrs:
Tive
de inventar, e passei a usar esta minha “biruta” para, às vezes também salvar
sapos, não só tirá-los do meu caminho, da frente de minha casa ( ou de dentro
dela, rsrs).
Ocorre
que, em certo dia, houve uma tempestade, e naquela tempestade ocorreu um
exagero não só de água caindo do Céu, mas, também, ocorreu um exagero, uma
verdadeira invasão, uma verdadeira tempestade de sapos. Até aquele momento, eu
havia usado minha biruta para pegar um, ou outro. Porém, naquele dia, foi uma
loucura. Eram tantos sapos, mas tantos, que em não conseguia respirar, que eu
não conseguia pensar, me desligar/relaxar, nunca havia visto nada igual (e, nem
nunca mais vi, ainda bem. Rsrs).
Fato
é que dois fatos ocorreram naquela noite, e que eu nunca esqueci:
-
O primeiro era a quantidade. Foram mais de 40 sapos aparecendo não sei de onde.
Um tormento. Num momento em que eu já queria dormir, tive de me reinventar, de
me reenergizar, sair do quentinho do meu lar, para me aventurar em meios às
águas a “caçar”, rsrs;
-
Nesta hora, deparei-me com uma situação que nunca havia imaginado, que nunca
imaginei: Sapos, bichos, Seres, Animais que dizemos serem irracionais (como
outros todos não nós. Nós, que somos “únicos” racionais). Naquele momento, em
meio a um mar de sapos, reparei/percebi/vi que, por mais que fossem todos “iguais”,
eles(as) eram diferentes entre si. Cada um(a) deles/delas, cada um em seu
momento, ao capturar cada um, percebi que cada um, cada um deles(as), cada um
tinha uma personalidade diferente, rsrs. Incrível!
Achei
aquele momento incrível.
Eram
tantos sapos que tive de usar minha biruta para pegar cinco, dez, de uma vez
só. Uma loucura!
Fato
é que, nunca mais, passei por situação igual (ainda bem). E, o que teve também
de marcante, na ocasião, foi o fato de por mais serem iguais, eram diferentes:
Uns (ao eu capturá-los) olhavam pra mim e pareciam rir (ou pra mim, ou de mim,
nem sei, rsrs), outros pareciam me olhar com raiva, outros com tristeza, com
indiferença..., sei lá. Marcante.
Como
pode, um ser “inferior”, oferecer aprendizado? Panaca, eu. Eu de, de repente,
me pensar superior, razão, inteligência, único. Achei-me um idiota. O único
idiota da ocasião.
Fato
é que nunca mais apareceram. Ou sumiram, ou foram para o Céu dos Sapos, ou
resolveram me deixar sozinho no meu, no meu Céu, Céu do Idiota. O idiota que
pensa ser o mais, e que não é, é só um idiota. Rsrs.
Mudando
de assunto, sapos/paisagens/mistérios, mistérios continuam. Sapos/passado,
Paisagens/também presente, fato é que, a cada dia, mistérios (pra mim)
continuam. Fico muito admirado como Deus escreve certo por linhas tortas. Agora
mesmo, no alto dos meus quase sessenta aninhos de idade, não me canso de me
surpreender a cada dia com o que já achava conhecer desde muito tempo. Cada dia
uma aventura, um aprendizado, uma surpresa. Que nem diz o outro:
-
Eu só sei que nada sei.
Ou
que nem a música:
-
Eu sei de quase tudo um pouco, e quase tudo mal.
Sinto-me
um idiota, rsrs. Um idiota de quase sessenta anos, rsrs. Sessenta anos que,
para uns, podem ser muito, mas, para mim, não são.
Hoje
mesmo, hoje (23/12/23 quase Natal de 2023), de novo, deparei-me mais um pouco,
aprendi mais um pouco. E, aprendi mais um pouco que nada sei.
Há
uns dias atrás, deparei-me com esta cartinha:
Fato é que:
1
– É época de Natal, Natal que é uma época que mexe muito comigo, que eu acho
muito linda, que eu acho única, que eu acho ser um presente, um presente divino
pra nós, para nossa salvação, par a elevação de nossos espíritos. Representação
da linda boa-vontade de Deus, através, de Jesus, em que Jesus nos trouxe um
presente (A palavra) para a nossa Libertação;
2
– Mesmo sendo época divida, de Natal, de repente, fui alertado, senti-me
alertado para ficar esperto quanto ao este “nosso” Mundo, um mundo de “Espertos”
em que, de repente, por mais que eu acreditasse, poderia esta cartinha ser um
golpe/uma maldade;
3
– Fiquei “esperto”. Mas, assim mesmo, decidi continuar meu intento. Pus-me a
ajuntar brinquedos, roupas, alimentos, benesses para ofertar estranhamente a
estranhos/estranhas. Mesmo como “todo o mal” que “há” no Mundo, decidi (em
época do bem – Natal) fazer o bem;
4
– Juntei/comprei/ganhei/achei coisas. Enfim, o Natal chegou (ou chegando (hoje,
23));
5
– Fui. Na cara e na coragem, fui. Na Oração, Orei, e fui;
6
– E, graças a Deus: Era verdadeiro.
7
– Se tratava de, pra mim, um bairro meio assustador onde, há poucos dias, vi
reportagem sobre bandidos;
8
– Decidi ir de dia (menos arriscado, né?);
9
– Cheguei.
10
– Para minha tristeza e decepção e chateação, deparei-me com um terreno baldio.
Aquilo me assustou. Embora fosse de dia, o primeiro pensamento, que me veio à
mente, foi tratar-se de treta, de desonestidade, de sacanagem. De mundo imundo,
do imundo que ainda há no Mundo. Embora de manhã, embora cedo do dia, fiquei
assustado:
12
– Naquele instante, reparei que haviam vizinhos do endereço ‘incorreto” que
estavam a me olhar, e..., como diz o ditado “Quem tem boca vai à Roma...”,
dirigi-me aos vizinhos do endereço incorreto. Os mesmos me informaram que havia
quatro (Quatro!!!) Conjuntos 23. Disseram que havia o Conjunto 23, o 23A, o
23B, e o
13
– Cheguei ao endereço certo. Existia, ainda bem. A Fátima e as crianças da
cartinha existiam, ainda bem. Fátima havia saído, tinha ido buscar uma cesta de
alimentos que havia ganhado através da mesma cartinha que eu tinha recebido.
Ufa! Era verdadeiro:
14
– Fui recebido pela mãe da Fátima. Disse a mãe, que a Fátima iria demorar a voltar,
pois, havia ido para longe, bem longe;
15
– Me apresentei, apresentei a cartinha, o motivo de eu estar lá e..., fui muito
bem recebido. Muito, lindamente, bem recebido;
16
– Conheci a D. Maria (mãe), a filhinha de colo, a filha maior (por retrato),
conheci dois filhos de D. Maria (irmãos da Fátima), o Hugo (pequeno, 4 aninhos,
lindo), e o Pedro, adulto, trabalhador, cego por ação da polícia (gás, córnea
danificada). Momento muito lindo. Todos a brincarem, curtirem os presentes:
17 – Havia outro filho da D. Maria, casado, irmão da Fátima, que não conheci.
18
– O marido da Fátima estava preso há quatro meses, havia batido na Fátima, foi
denunciado pela sogra – D. Maria, pegou Lei Maria da Penha.
19
– Detalhe: A Fátima, realmente, é surda/muda. A filha maior (sete aninhos), a
Luanda, anda com ela pra toda a parte, atua como interprete de Libras. Lindo,
né? Apoiando a mãe.
20
– E, detalhe 2: O Pedro, o irmão cego da Fátima, complementa a linguagem da
Fátima com a família (ele é cego, mas, enxerga um pouquinho, e conversa com a
Fátima, e é complemento de comunicação da família). Muito lindo!!! Caramba!.
21
– E, detalhe: Eu lá, e chegou um motociclista. Pensei: Vou apanhar (Rsrs); Eu
lá, e chegou o Pedro, macho, entrando na casa, falando grosso. Pensei: Vou
apanhar (Rsrs2). Ufa! Escapei. Rsrs;
22
– E, detalhe: O Pedro chegou trazendo um pacote. Resto de carne ganhado. Que
era o alimento que ele sempre trazia, e que é o alimento que eles sempre comem,
o alimento que os alimenta. Caraca! Chorei. Fiquei de coração partido.
23
– Tudo muito lindoooo!!!
24
– Dos agrados que levei, levei um pisca-pica, para desenhar uma Árvore de Natal
na parede. A Luanny amou, rsrs. Os olhinhos dela brilhavam, rsrs.
25 – Detalhe: Duas casas num mesmo terreno, uma da mãe com o irmão da Fátima, outra da Fátima com as duas filhas. As duas casa são alugadas. Quem paga os aluguéis é a Fátima, sem emprego, paga com o que arrecada pedindo.
-
O Pedro, irmão da Fátima, é cego (aguardando INSS para operação que nunca
chega, esperança de cura);
-
A mãe, D. Maria, trabalha com reciclagem, ganha mal-mal;
-
A Fátima, surda-muda, ia se tornar professora de Libras. Foi quando a vida
desandou mais ainda, por causa do marido que a agrediu e foi preso.
Situação
difícil-difícil. Muito.
26
– Levei um monte de coisas – brinquedos, mochila, alimentos, e um presentinho
para a Fátima:
27
– Fiz uma mensagem sendo complementada por uma imagem.
28 – Um lindo Cartão de Natal
29
– E, claro, Um Linda Árvorezinha da Felicidade. Rsrs. A D. Maria amou, rsrs.
Colocou-a em lugar Especial.... Caraca! Lindo demais! (e o presente da Fátima
também).
30
– Casa simples, pessoas, simples, vida simples, tudo muito simples. Tudo muito
lindo. Caramba!
Rsrs
História
estranha, né? Com conversas de Universo, sapos, observações sobre imagens,
momentos de vida e pessoas...
Finalizando...
Das
coisas que mais são mistério pra mim, não são coisas de Universo. São de
cotidiano:
Como
responder com certeza que gosto tem um suco de laranja? Por que dizemos que é
bom sem sabermos explicar porque é bom? Como explicar porque é bom? Como dizer
que o suco de uma fruta é melhor do que de outra? Melhor, por quê? Rsrs.
Fato
é que, apesar de todo o mistério, a vida é boa. É boa porque vem de Deus, Deus
que a nos oferta para a fazermos nosso melhor, para fazermos a diferença.
Muito
linda, esta questão do Natal, como esta época é diferente, é melhor, é mais
amor. Amor existente, amor que se faz mais presente nesta época, e que faz a
diferença pelos outros tempos até a chegada do próximo Natal, numa constante de
progresso da humanidade a se tornar cada vez mais humana. A tornar o Mundo cada
vez melhor, cada vez mais Deus em nós.
E,
que assim seja, né?
Um
muito Feliz natal a Nós.
Deus conosco, sempre.
Com
carinho.
Jeff




















































