Feliz Dia dos Namorados
Um dia desses tive a oportunidade de ver um documentário sobre um
físico alemão: Max Born.
Em meu “achismo”, logo imaginei tratar-se de um homem racional, além
de alemão também físico. A partir de minha própria história, tenho, pra mim, a
imagem de alemães sendo pessoas racionais, admiro-as, até porque sempre me
senti muito emocional. Vendo um pouco da história de Max Born, algumas coisas
me chamaram a atenção:
- Avô da famosa atriz Olívia Newton John;
- Ela não o conheceu;
- Por último, o fato de ele ter um pensamento famoso a respeito do
Problema da Humanidade.
Max Born, o físico quântico que alertou o mundo
sobre 'a causa de todos os males.
Em um de seus ensaios finais, ele escreveu sobre o que
considerava a única esperança para a sobrevivência da humanidade.
"Nossa esperança", disse ele, "se baseia na união
de dois poderes espirituais: a consciência moral da inaceitabilidade de uma
guerra degenerada no assassinato em massa dos indefesos e o conhecimento
racional da incompatibilidade da guerra tecnológica com a sobrevivência da raça
humana."
Se o homem queria sobreviver, deveria renunciar à agressão.
E, para Born, a incerteza também era fundamental para a vida em
um mundo infinitamente maior do que aquele que ele explorou.
"Creio que ideias como certeza absoluta, precisão absoluta,
verdade suprema, etc. são produtos da imaginação que não deveriam ser
admissíveis em nenhum campo da ciência", declarou.
"Por outro lado, qualquer afirmação de probabilidade é
correta ou incorreta do ponto de vista da teoria na qual se baseia."
"Este relaxamento do pensamento me parece a maior bênção
que a ciência moderna nos deu."
"Porque a crença de que existe apenas uma verdade, e de que você próprio está em posse dela, é
a raiz de todos os males do mundo."
Achei muito interessante uma atriz famosa sendo neta de um físico
famoso e, mesmo podendo, não tê-lo conhecido (achei curioso) e, achei muito
lindo o fato de um físico reportar-se, referir-se à humanidade falando sobre a
causa de todos os males dela e, detalhe: Os males a que se referiu, serem
ligados ao sentimento, ao emocional, ao espiritual, e não ao racional que era
sua área de atuação. Achei interessante e lindo demais, tanto o pensamento,
quanto a origem do pensamento sendo de um cientista, um pensamento tendo a ver
com espiritual.
Em minha também história, ainda vejo com muitas reticências a postura
da humanidade, da parte ciência da humanidade, da ciência a se “digladiar” com
a religião, da religião a “negar” a ciência. Penso, com meus botões leigos de
ser, o como, ainda, nos fazemos a todos nós, ainda, atrasados, a partir do
momento em que “queremos”, “achamos”, “achamos que somos”, “achamos que somos
mais”, “que somos topo”, “que somos únicos”, “que somos”. Fico admirado como
ainda nos comportamos (muitos de nós, a, ainda, negarem Deus, e com isso,
ainda, empurrarem, muitos de nós, a ainda a mundo que poderia estar muito
melhor se não fosse o achismo cego de dirigentes a se acharem mais, a
prejudicarem ao invés fazerem crescermos de maneira mais rápida, mais humana,
mais Deus).
Ainda assim, acredito num mundo melhorando, e melhorando cada vez mais
rápido, cada vez mais. Hoje, vejo com “menos revolta” o que penso que vejo, que
prejudica, atrasa, mata, causa dor. Penso que, como a história de Jó, na
Bíblia, o mal até existe, mas, mesmo o mal só ocorre na medida da permissão
Divina, prova disso, também, é o presente a nós ofertado, o Livre Arbítrio,
onde conforme também na Bíblia podemos até fazer, mas, teremos de arcar com o
resultado de nossos atos.
Mas, afinal, o que tudo isso falado acima, pra mim, tem a ver com esta
data Dia dos Namorados?
Bom. A exemplo de outras datas também comemorativas, podemos ter uma
visão racional e uma emocional. Alguns de nós, de forma racional, a
aproveitarem de outros de nós que vemos de forma emocional determinada coisa.
Seria, esta, a mola que move o mundo? O aproveitar nosso, uns dos outros?
Interessante como este mundo é habitado por pensamentos diferentes.
Uma vez tive a oportunidade de ler um material atribuído a Jesus. No
texto, Jesus se referia à Terra como Uma Caixa de Areia onde, os grãos de areia seríamos nós. Cada um de
nós estando aqui com o objetivo de ajudar-nos, a todos nós, a nós mesmos.
Fiquei pensando o quão profundo era aquele pensamento, achei bonito.
Fico pensando o quão desafiador é esta “nossa realidade”, uma realidade em que
a verdade de um não é, necessariamente, obrigatoriamente, a verdade de outro e,
como nesta “realidade” podemos no fazermos cegos em pensar ser esta a
“verdadeira realidade”, realidade que existe para obtenção/satisfação de nossos
próprias necessidades, em detrimento de todo o resto. Resto? Que resto? De nós?
Somos resto, conforme pensamento de alguns de nós? Em minha opinião, eis o
ainda problema da humanidade. Assim, como o pensamento de Born sobre o perigo
que corremos a partir de nossos próprios pensamentos errados, assim também
penso que nós, ainda, pagamos um preço muito caro por causa de nossa, ainda,
grande ignorância de pensarmos sermos mais, de pensarmos sermos superiores não
só a tudo, ao universo, mas, superiores aos nossos próprios iguais, aos nossos
semelhantes, a nós outros, a nós. Penso que um erro ainda muito presente aqui,
nesta “nossa realidade”, é o fato de acharmos ser a vida só o que vemos, só o
que pensamos que vemos, só o que conseguimos ver, com isso muitos de nós
perdemos a chance de sermos mais, de fazermos mais, de fazermos o certo. Um
certo que estamos alcançando, por ser esta a vontade de Deus, que alcançaremos,
mas, que ainda trilhamos a passos de formiga e sem vontade (Lulu
Santos).
Pensamentos diferentes, razão e emoção, presentes em nós, em nossas
vidas, em nossa vida.
Razão, como a dizer ser a vida só “vida” que vemos.
Emoção/Sentimento, como a ver a vida como mais do que vemos.
Prova disso, outros dois pensadores, filósofos a defenderem suas
linhas:
- Thomas Hobbes (1588 a 1679) defendendo que não há qualquer tipo de representação mental anterior à experiência.
Ou seja, a vida é esta, somos frutos do meio.
- Jean Piaget (1896-1980): O conhecimento não é predeterminado pela hereditariedade; não
é predeterminado nas coisas que nos rodeiam - em conhecer as coisas ao seu
redor, o sujeito sempre acrescenta algo a elas. Ou seja: Somos mais.
Recentemente, tive a oportunidade de ver uma
reportagem a respeito da comemoração do Dia dos Namorados. Nela, tive a
oportunidade de observar duas linhas de pensamentos:
- O lojista dizendo ser uma das datas mais
importantes do ano, para o comércio, só ficando atrás do Natal e do Dia das
Mães (Razão, financeiro, existência, existência que vemos);
- Um cliente, casado, dizendo ser data
importante, demonstração de respeito e sentimento à sua eterna namorada –
esposa (Emoção, mais que financeiro, sentimento, mais que a existência que
vemos).
Já de algum tempo, guardo em mim um dizer, um
pensamento, uma brincadeira que um dia vi/ouvi, e que, pra mim, se parece muito
com o pensamento de Born quanto à raiz dos males. E, me lembra muito também os
pensamentos Hobbes e Piaget, acima citados.
Pra mim, é um pensamento/brincadeira/filosofia
popular que espelha bem tudo até aqui falado sobre o ver, pensar que vê, vida,
pensar ser a vida. Ele diz assim:
O
maior problema do homem é ele achar que ele é tudo que ele acha que ele é.
Lindo, num é não?
Quando me lembro deste pensamento, viajo. Penso
sobre o quanto podemos ser diferentes, o quanto estamos diferentes aqui, o
quanto a vida é diferente para cada um de nós, o quanto ela pode ser razão e
emoção, ser o que vemos ou também ser mais do que o que vemos, e o quanto é desafiador
estarmos aqui e pensarmos que não ficaremos mais aqui, e, pensarmos além,
pensarmos o que deixaremos aqui quando não mais estivermos aqui.
Rsrs
Lembro, de novo, do dizer de um amigo meu, que
trabalhou comigo, e que falava quando estava tenso. Ele dizia: Eu não sou daqui, e nem vim pra ficar.
Eu achava muito lindo, aquele pensamento, e hoje o vejo como muito profundo
também. De repente, penso que o pensamento de meu amigo, bem como o pouco aqui
comentado neste texto sobre outros pensamentos, penso o quão desafiador é a
vida, esta nossa passagem por esta nossa realidade, a forma como podemos ate
ver a mesma coisa, mas, de forma diferente. A forma como, de repente, podemos
ver uma data comemorativa.
Bom. Seja de que jeito for que olhemos e que
vejamos tudo, o aqui, o agora, este hoje, esta data de hoje, nossas vidas,
nosso Deus, tudo... Que vejamos, cada vez mais, da melhor forma que possamos
ver e que, com isso, consigamos ser, cada vez mais, o melhor que consigamos
ser, para o nosso melhor, e para o melhor de todos nós. Sempre.
Feliz Dias dos Namorados.
Que seja mais um dia para a comemoração do
amor, mais um dia para a comemoração do verdadeiro Amor.
Amor em nós, multiplicado por nós.
Deus conosco, sempre.
Com carinho, Jeff.
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