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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

66 - Vários Tempos de Amor

Vários Tempos de Amor 

(Uma crítica a realidade da criança brasileira)



Amor em alguns tempos
Amor em alguns pensamentos

Aqui o real:
Fico pensando o quanto perdemos oportunidades na vida.
Em minha opinião não deslanchamos, de certa forma, porque não mentalizamos, suficientemente, nossas intenções, nossos sonhos.
A qualquer pessoa de sucesso que nos dirijamos, todos falarão a mesma coisa quanto ao querer, ao perseguir, ao alcançar. A receita é sempre a mesma (persistir, querer para alcançar), mas, em minha opinião também, o resultado pode está vinculado aos mais diversos fatores, dentre eles destino, sina.
Por mais que a receita seja sempre a mesma, nossas forças (nosso ânimo, entusiasmo para alcançar “o que queremos”) vão sofrer ações da realidade que poderão fazer com que desistamos, mudemos de direção ao longo de nossos caminhos. Nesse aspecto eu citaria como quão importante é o apoio dos próximos em prol do nosso melhor (apoio que nem sempre ocorre a contento, seja por despreparo de nossos mentores (pais, principalmente), seja por impossibilidade deles em nos ajudar, seja por toda uma conjuntura falha a nos deixar “soltos”, sem direção, sem orientação (aqui eu me refiro à sociedade, ao governo).

Acho que estaríamos melhor (todos nós) se quem tem que ter preparo tivesse (pais – que fossem melhor assistenciados para assistenciar mais),

Marvin

Titãs (parte)

Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro
Era um grande coração
Ganhava a vida
Com muito suor
E mesmo assim
Não podia ser pior
Pouco dinheiro
Prá poder pagar
Todas as contas
E despesas do lar...
se quem tem obrigação de fazer melhor (o governo) o fizesse (estar mais presente na vida do cidadãos, mais de olho nos pequenos soltos a lhes ofertar caminhos com vistas a evitar adultos despreparados, não educados (literalmente), muitas vezes, infelizmente, desonestos/delinquentes por não terem visto outro caminho diante de uma realidade pesada, sem ajuda, e até de drogas).
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"...

Aqui o surreal:
Em minha opinião, não há como ver/vivenciar uma realidade falha (como a que vemos todos os dias com tantos desmandos, mazelas, mal-feitos ou não feitos) sem atribuir a responsabilidade ao governo. Não vejo como, ele, agir com respeito com os cidadãos, com todos nós, tapando o Sol com peneira.
Como agir com eficácia frente às drogas sem ferramentas, verdadeiramente, eficazes de políticas sociais bem feitas a recuperar usuários, a penalizar e ressocializar (quando possível) traficantes (não, simplesmente, jogá-los em antros ditos presídios)?
Como combater as drogas e o tráfico de armas sem um controle rigoroso das fronteiras?
E quanto à educação?
Que esta fosse, realmente, de qualidade. Que acompanhasse o aluno desde o princípio, levasse em conta seus talentos/aptidões/necessidades sócio educativas, que fosse algo prazeroso, algo ao e não de encontro às suas aspirações.
Por que só deixar de estudar matemática (principalmente a parte não aplicável ao dia-a-dia), somente, quando findo o ensino médio?
Haver-se-ia, isso sim, de acompanhar/incentivar desde o princípio até a pós-graduação sempre na direção da intenção (florista se assim o quisesse, por exemplo). Uma nação de doutores entusiastas, maravilhosamente, bem preparados desde o começo de suas vidas e não uma gama de mal-educados (na verdadeira concepção da palavra).
Enquadro-me nessa realidade.
Consegui algo da vida?
Consegui algo na vida?
Foi através da educação? Sim, foi.
Poderia ter chegado mais longe? Sim, poderia.
É uma questão de vontade? Este é o ponto.
Saí do ensino médio (na época 2º. grau) sabendo, literalmente, quase nada de nada (senti-me um ET quando sentei em uma cadeira de cursinho pré-vestibular (Que tanta matéria nova era aquela que eu nunca tinha visto?)).
Como já trabalhava o dia todo, como sempre o tinha feito desde muito novo, o resultado foi, acho que o mais previsível, a desistência, o adiar do curso superior, da educação, do realizar do querer adiado em função da realidade. Quantos não passaram, e passam, por isso?
E o pior: Quantos não chegam a esse ponto ou não voltam a estudar a partir desse momento? Sim. Até porque nessa hora (adulto) logo aparece a possibilidade (quase inevitável) de filhos, casamento, necessidade maior ainda de se ter de continuar trabalhando (de ter mais responsabilidade ainda). Isso quando consegue trabalho, se não... desemprego, subemprego, informalidade, insucesso, desespero.
É uma receita de fracasso? Não. Eu e muitos passamos por isso.
Venci? Não me considero fracassado.
Muitos venceram através da informalidade? Sim. Nadinha errado nisso (sei de muitos que estão muito bem - hoje até formais).
Mas, muitos se perderam. E se perdem.
Quantos da minha geração tiveram destino, no mínimo, chato? Muitos mesmo.
Culpa deles? É fácil jogar pedras.
Depois ouvimos dizer em combate a informalidade. Combate à informalidade?! Combate a quem? Ao cidadão? Ao despreparado?
Despreparado por que mesmo? Por que não estudou?
Não que joguemos pedras no governo. Das ladainhas que mais ouvimos todos os dias, uma das mais comuns, inclusive vinda dos mais ricos, é quanto ao peso dos impostos, no bolso de cada um, no Brasil. 
Todos os dias vemos as delongas, lamúrias vindas das mais diversas partes: Empresários, como sempre, a acusar o governo do alto imposto e, por consequente, pouco lucro, baixa competitividade, reclamações mil; Pessoas também sempre a reclamar dos juros, inflação, pouco aumento, ou não aumento de salário.
Fácil demais jogar pedras, mas, o empresário não fala que ele nunca perde. Tipo quem bebe cerveja toma uma por causa do calor, mas, em dias frios, toma uma também por causa do frio. Assim também é empresariado que lucra na falta, como também aumenta o preço quando da muita procura (absurdo - tá vendendo  muito? aumenta o preço). É o certo? Dúvidas. É o comum? Sim. Aprendemos isso em Marketing.
Por outro lado, aprendemos isso, na pele, na vida, conquanto nos tornamos cidadãos, pessoas cada vez mais endividadas. Exemplos?
Podemos citar exemplos? Agora mesmo a moda é diminuir o sal da alimentação do brasileiro. O que vemos são lanchonetes retirando azeitonas e picles, por exemplo, de receitas, se dizendo fazer sua parte em prol da saúde. É louvável, tudo bem, mas, por que a retirada de ingredientes não repercute, para baixo, nos preços? Ou seja, mais do mesmo. 

E três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas não botava
Nem os pés na escola
Mamãe lembrava
Disso a toda hora...
E todo dia
Antes do sol sair
Eu trabalhava
Sem me distrair
As vezes acho que
Não vai dar pé
Eu queria fugir
Mas onde eu estiver
Eu sei muito bem
O que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro
Não me deixa esquecer
Ele disse:
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino
Eu sei de cor"...



Se chove de menos as verduras aumentam, se chove de mais as verduras aumentam. Tá certo, fatos ocorrem, 
-"E então um dia

Uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho
De um ano inteiro


mas, ocorrerem o tempo todo a pesar,somente, em nossos bolsos?! Cadê os estudos, a tecnologia a melhorar a produtividade sem que isso repercuta na melhoria da qualidade de vida, com preços e qualidade melhores para todos?
E aos treze anos
De idade eu sentia
Todo o peso do mundo
Em minhas costas
Eu queria jogar
Mas perdi a aposta"...
Da minha parte, aprendi a não reclamar mais muito quanto a impostos. Pelo menos, pelo que vejo, faço parte de uma realidade Brasil brasileiro em que há saúde e educação, e segurança também, de "graça" para os desafortunados. Fico feliz de fazer parte deste contexto e saber que parte do que ganho serve a alguém, mesmo que, infelizmente, nada seja lá tão bom como gostaríamos que fosse, mas, pra minha felicidade não vejo ninguém tendo de ir embora do Brasil porque não teve como pagar suas despesas médicas. Isso me faz bem. 
Gosto de pensar, que apesar de nem sempre ter a assistência medica perfeita, mas ainda assim ninguém tem de ir embora para outro país porque não tinha como pagar para se recuperar de alguma enfermidade (como a brasileira que morreu, recentemente, tendo de vir embora em meio a um tratamento médico pelo qual não podia pagar. Puseram-na num avião, morreu na viagem - muito triste. Tinha ido à Inglaterra ou USA para estudos).
Gostaria muito, mas muito mesmo, de ter a certeza do nosso dinheiro sendo usado com honestidade em prol do povo, aí sim, acredito estaria a perfeição: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/10/tcdf-emite-alerta-ao-gdf-por-investir-menos-que-o-exigido-em-educacao.html. Caramba! Que vergonha! Ter dinheiro pra gastar com educação e não gastar;
Sem falar da saúde - http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/09/corte-da-90-dias-para-gdf-apresentar-plano-de-melhora-na-saude.html;

E isso sem falar da segurança.
Que segurança?
Segurança tipo a falada acima sobre as fronteiras?
Segurança a exemplo da segurança falha que vemos em nosso dia-a-dia, com homens mal preparados, mal equipados, em número insuficiente frente à necessidade de uma população que não para de crescer (inclusive em necessidades)?
Decisões governamentais a serem muito bem pensadas/executadas com vistas ao melhor êxito, e quando falo êxito, falo para todos e não para parte. 
Temos exemplos?
De onde vem a hiper-população problemática dos morros cariocas, por exemplo?
Problemáticas, como sabemos, nos mais diversos aspectos, como os abordados até aqui porque um belo dia (após terem sido trazidos aos milhares) africanos aqui escravizados foram libertados e jogados ao léu. 
Massas imensas de desempregados tendo necessidades mil (moradia, saúde, alimento, vida) jogadas à própria sorte enquanto o governo em sua cegueira social da época a empurrar a situação com a barriga, como se não fosse um dia resultar no grande problema de nossos dias. 
É impressão minha ou a questão do emprego/trabalho não é importante para as pessoas?
Não é o trabalho que dignifica o homem?
É impressão minha ou não vemos, no dia-a-dia, em noticiários mil, pessoas de países ricos que se mataram ou mataram porque perderam o emprego?
Aqui no Brasil, graças a Deus, aparentemente, temos uma cultura mais light quanto à extremismos. Bem sabemos que "conseguimos" nos virar quando de um desemprego nos subempregando, nos virando.
Mas com essa mania de querermos imitar outros países (agora mesmo combate-se a informalidade, tira-se camelôs e mendigos das ruas (empurrando-os para debaixo do tapete. Essa é a questão.)).
Não se trata apenas imitar, querer ser o que não é. (imitar, inclusive, o que lá fora já foi abandonado. Ex: a matemática que ainda estudamos (boa parte) foi inventada na época da guerra fria EUA/URSS (que nem existe mais) como forma a enganar o adversário. Tenha dó. Códigos, siglas, cálculos que não serviram nem pra eles servirão pra gente pra quê? Num país que muitos não sabem nem ler vejo isso também como um entrave, um também exemplo do que não presta, para sermos o Brasil que queremos ser).
E o passado fica no passado?
Como vimos, não. 
Barack Obama falou agora, nesta nova campanha presidencial dele (reeleição), como é complicado estar a frente de um governo complicado, um país/povo/nação cheio de necessidades sem que haja possibilidade de se resolver todas. 
Não estou aqui para ficar atirando pedras no governo.
Particularmente, concordo e muito com o Obama. 
Não vejo como solucionar problemas mil, de tempos diversos que se acumularam aos montes até chegarem aqui e um(a) governante recém chegado(a) dizer que vai fazer, que vai conseguir resolver o problema de tudo e de todos. Não tem jeito mesmo. 
É o mesmo que sair de um casamento endividado e casar-se de novo prometendo ao outro um mundo. Não tem jeito e o novo relacionamento pode estar aí, fadado ao também fracasso.
Mas o que eu vejo com indignação é o presente repetindo erros do passado e governantes se portando com verdadeiras cegueiras sociais/governamentais (às vezes por falta de recursos), mas, muito também por incompetência. 
Só que tem um problema. 
A incompetência de um ser endividado que se mete em outro relacionamento que não dá certo, às vezes, prejudica só, às vezes, prejudica só a si mesmo(a), ou aos dois e cada prum lado, mas, no caso de governos...
No caso de governos os prejudicados são aos milhões e isso é muito triste. Muito triste ver massas a sofrerem, diariamente, e assistirmos governantes hipócritas (às vezes nem por maldade, mas por despreparo/mal assessorados/incompetência mesmo).
Na verdade penso que governar deve ser muito difícil (assim como querer ser o que não se consegue ser dentro de um novo relacionamento), mais ou menos como fala o Djavan, o quão difícil é não ter e ter que ter pra dar
Mas, não me venha (governante) com essa fala. Você não.
Quer exemplo? Outro exemplo?
Agora mesmo o governo noticia que eliminará/extinguirá todos os cargos terceirizados do serviço público.
Como assim?
Vão tentar colocar, novamente, servidores públicos para varrerem chão? Como vigilantes? 
Não estou desfazendo dessas profissões.
Só que, enquanto critico o governo, não posso também deixar de falar da corrupção, desse cerne incutido dentro de muitos nas mais diversas esferas (as vezes já começam mostrando quem são   - http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/candidatos-trocam-%C3%A1gua-por-votos-no-semi-%C3%A1rido (mas, estamos de olho)). 
Quando falo de corrupção falo, inclusive, do fato de, por causa da forma falha de administração pública, inclusive, quanto a seus próprios servidores que, muitos, não têm ânimo, se julgam não precisar ter de executar suas atividades por se acharem protegidos/privilégiados, não tendo que exercer suas atividades com perfeição em atendimento ao povo, não exercendo com perfeição suas atividade em prol do povo (sendo que para servir a esse é para que foram contratados. O nome diz Servidor Pública, servir ao público). Público? Que público? As pessoas que se lixem.
Nem todos os servidores, ainda bem.
Nem todos os servidores são maus servidores públicos, ainda bem.
Santa informática e programas modernos de controle de gestão e catracas eletrônicas para, com um pouco mais de certeza, saber se o servidor está a servir. 
Ainda assim ainda falho. E isso sem falar da corrupção, propriamente, dita. O quão ela consome o que de preciso de nós todos (a carne desviada dos restaurantes comunitários, o remédio roubado das farmácias sociais e hospitais, o médico que está na academia enquanto do expediente, os processos públicos parados por anos a fio enquanto seus beneficiados morrem, etc). E isso sem falar da corrupção graúda. 
Mas, ainda assim, a esperança em um mundo a melhorar a cada dia.
Melhor a cada dia desde que, minimamente, olhado/administrado com mais seriedade.
Assim como o cidadão falido que aperta o cinto com vistas a refazer-se, financeiramente, e ter sucesso em um novo matrimônio, assim também, que seja o governo.
Que aja com seriedade/acertividade/visão. Como assim?
Pois pergunto:
- Eliminar, talvez milhões, de terceirizados a jogá-los ao léu não é mesmo que repetir o que foi feito com os escravos (guardadas proporções, claro)?
E não me venham dizer que serão pessoas a serem assistenciadas, a receberem seus "direitos". Que nada. Já vi isso acontecer. 
Tentei ajudar como pude (vide 62 - Ao Mestre com Carinho).
Como sabemos o dinheiro dos "direitos" muitas vezes não dá pra nada, e isso sem falar do nível cultural/educacional, do preparo psicológico/intelectual de muitos, mas muitos, dos terceirizados (muitas vezes gente humilde já sem "idade" para de novo se colocar em um reposiocionamento profissional, ou seja, sem a mínima condição de conseguir novos empregos) e, com isso, como os escravos e outros de outrora e de hoje também, tornarem-se párias, excluídos sociais, abandonados sociais, à margem da sociedade e por que não dizer, de repente, marginais.
Não que isso seja um fato a tornar-se verdade. Deus queira que não. 
Mas que, de novo, jogar nas mãos de Deus nossas próprias falhas e depois dizer: Deus queira que não.
Isso é hipocrisia. 
É o mesmo que vemos de quatro em quatro anos quando chegamos nas Olimpíadas com nossos "atletas". Jovens de cabeças erguidas, peitos estufados de orgulho, sorrisos (na apresentação da competição), sorrisos que se transformam em frustração quando da não obtenção de êxito frente às potências que, verdadeiramente, incentivam/pagam/preparam/acompanham e dão condições aos seus para que estes tornem-se vitoriosos. E não nós e nossos campeões (que chegaram à glória graças a Deus) os que chegaram depois de terem treinado em fundo de quintais esmurrando bananeiras. Brincadeira.
Depois querem que apareçamos bem no quadro de medalhas.
Não invistamos não para ver o que que dá.
Talvez, desta vez, até consigamos (Olimpíadas no Brasil), investimentos sendo efetuados. Tomara que consigamos e não repitamos Olim piadas. 
Sem ações sérias não se obtêm resultados sérios.
E isso em qualquer esfera.
Quanto aos terceirizados, que por ventura se forem de seus serviços, que o governo trate com responsabilidade os postos de trabalhos que ficarão sem lugar.  Que ele (governo) pare de se comportar como empresa que visa, somente, lucro e trate de se portar de forma a, realmente, atender as necessidades do povo, que nesse caso, aloque servidores públicos em número (e em competência) suficiente para atendimento ao público. E que este (público) não se veja largado sem terceirizados, sem servidores, sem ninguém. Sem atendimento de suas necessidades por incompetência pública. Isso é repetir o passado, é piorar o presente, empurrar-nos para um futuro inglório e de derrota.
Que o governo não venha a deixar, somente, nas mãos de Deus e, a partir disso, desculpar-se. Olhemos bem des-culpar-se, tirar a culpa de si mesmo por suas falhas.
Só que nesse caso quem paga o pato somos nós.
Que o governo não faça isso, de novo não, e que nós não permitamos isso, de novo, não. Aí sim, um mundo melhor um pouquinho mais, para todos nós.

Trabalhava feito
Um burro nos campos
Só via carne
Se roubasse um frango
Meu pai cuidava
De toda a família
Sem perceber
Segui a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
Deus!
Era em nome da fome
Que eu roubava


Não que a música, e eu, estejamos fazendo apologia, ou justificando a violência como resposta, como solução. Não creio ser a intenção do autor, e não é a minha, à resposta dos problemas a nós apresentados por nossas realidades/destinos, mas, aqui encontra-se o limite. Novamente poderíamos citar a frase do Djavan: Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Dez anos passaram
Cresceram meus irmãos
E os anjos levaram
Minha mãe pelas mãos
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor"...(2x)
Uma vez vi uma entrevista do Airton Senna em que ele dizia que a emoção existia na fronteira entre o controle e o descontrole, dizia ele ser um momento muito bom. Particularmente, acho que as palavras dizem existir ali uma área limite, tênue.  No caso do Airton tratava-se de algo ligado a emoção, adrenalina, algo ligado à possibilidade de sucesso (caso conseguisse o intento da vitória), já no caso música, quando espelha limite, fala E o seu destino eu sei de cor, é como se o destino já estivesse traçado, como se o fracasso fosse, com certeza, o resultado. Algo meio que ratificado no verso abaixo:
Mas Deus quis
Vê-lo no chão
Com as mãos
Levantadas pro céu
Implorando perdão


Não creio que Deus nos queira de joelhos no chão, com as mãos para o céu implorando perdão, se esta ação for pra ser vista por nós com revolta (tipo a que transparece na música).
Do que aprendi a pensar, da forma como aprendi a ver (vide o próximo texto), creio termos sim de pedir perdão, mas, pedir perdão por nossos próprios erros. Sabermos que se algo nos acontece, se parecemos estar a pagar, é porque devemos e, sendo assim, não devemos ver com revolta, mas, com paciência, com fé, agir com amor, com visão, com esperança, e não a refletir rancor, revolta, e por consequência, ser fonte de dor.
Ou seja, mesmo em realidades difíceis, procurarmos ser e fazer o que Ele quer façamos: Amai ao próximo como a ti mesmo.
E sendo assim, apesar de toda e qualquer dor, não ser fonte do mal, mas, sim trazer pra si esperança, alento, e não fazer "justiça" com as próprias mãos. Não justificar o erro em nome da necessidade, o roubo em nome da fome.
Não é fácil por certo, principalmente, para muitos menos favorecidos (são tudo pequenas coisas - Legião Urbana), mas, se o mundo parece falho, pior ficará a partir de má ações. Ficando, por certo, cada vez melhor se, cada vez mais houver a prática do bem, a prática da fé, a fé, Deus.
E isso em todos os corações, em todas as mentes desde o desempregado, o pai desempregado, até o mais importante.

Diante de uma sociedade mais séria, melhor estruturada a amparar melhor, não há como não ver com mais esperança um outro tempo do amor: o amor família. 
Dentro de uma melhor conjuntura social, sem dúvida nenhuma uma melhor conjuntura família de ser. 
Se vivemos uma realidade cíclica não há como não achar que o bem pensado no coletivo (http://br.noticias.yahoo.com/sete-ongs-que-merecem-aplauso-120400602.html) não vá refletir com felicidade no mundo menor, mas, importantíssimo chamado família, e não há com também não perceber que o bem acontecido nesse pequeno mundo não vá voltar para o todo. Não há como não melhorar o mundo se pensarmos melhor, se pensarmos o bem, se pensarmos amor, se pensarmos Deus. 

Aqui entramos na última dimensão do amor. 
Não última de menos importante, mas, última de essencial, de respeito, de temor, de verdadeira visão de vida, de saber que o que vivemos aqui nada mais é que parte de um processo divino para o nosso próprio bem e, assim sendo, que neste processo procuremos ser, fazer o nosso melhor não só em prol dos outros, mas, principalmente, em prol de nós mesmos.
Das lembranças que trago na vida, muitas são de pessoas, vidas que passaram por mim, que eu pude observar, que eu pude aprender.
E uma coisa eu digo: Os melhores exemplos de pessoas e de famílias, os que tiveram maior êxito, em todos os setores, foram os que mais tinham temor a Deus, que mais tinham respeito ao próximo, os que mais procuraram espelhar justiça, compaixão, parcimônia. Foram os que mais procuraram ser a imagem e semelhança. 
Imagem e semelhança não apenas, de repente, física como, de repente, podemos pensar sermos (semelhante apenas fisicamente).
Mas, os que vi, que assisti de mais sucesso, de mais felizes, foram os que mais a Ele se assemelharam em ações, em amor, em respeito ao próximo, em fé. Os que não revidaram o mal com o mal (http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2012/08/aposentada-e-mal-atendida-e-volta-banco-armada-em-rio-preto-sp.html), os que fizeram o bem ao próximo quando puderam.
Bendita a família em que Deus é o senhor.
Bendita a comunidade, a cidade, o país povoado por pessoas de bom coração.
Sem dúvida nenhuma a receita para o sucesso em qualquer nível.
Principalmente no mais importante: Em nós mesmos.
Quem acredita sempre alcança - Legião Urbana. (http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mente-aberta/sentir-grande-111906910.html)

Com carinho
Jeff

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