Primeiras Desculpas
Desculpas que na verdade nem são
as primeiras (algumas já estão em alguns textos). E que talvez nem sejam as
últimas.
Mas, essas são as primeiras,
chamativamente primeiras, com vistas a, verdadeiramente, alcançar quem eu quero
alcançar. Explícitas a querer alcançar Você.
Você que, no caso desta mensagem,
são todos que, em algum momento, tiveram contato com este Blog, com meus
pensamentos, comigo, palavras.
Palavras que, como sabemos, têm
poder.
Têm poder? Só tem.
Como diria nossa querida
Ellenzinha (Cássia Eller), não devem ser jogadas ao vento.
Como diria nosso maravilhoso
Quinteto Violado, não devem queimar em vão.
Como diria o magnífico Toquinho
em Aquarela, se trocarmos a palavra Destino por Palavra. Na música: E o destino
muda nossas vidas e depois convida a rir ou chorar. Alterando-se para: E a palavra
muda nossas vidas e depois convida a rir ou chorar.
Caberia nessa frase de Aquarela
essa troca sem alterar o sentido da frase, da canção, da intenção do autor?
A palavra tem esse poder de mudar
sentimentos, pontos de vista, destinos?
Só tem.
E quem vai fechar com chave de ouro
essa reflexão não sou eu não.
Convido nosso maravilhosíssimo
Kid Abelha para encerrar, alcançar maravilhosamente o que estou tentando falar:
Muitos sonhos morrem em poucas
palavras.
Muitos sonhos morrem em poucas
palavras? Caramba, tchê! E como morrem.
Assim como muitos nascem.
Assim como muita coisa acontece a
partir da palavra, da comunicação. E nem sempre o que se gostaria que
acontecesse.
Poderia eu “viajar” aqui, agora,
a partir de uma reflexão sobre a palavra, sobre a comunicação, sua intenção,
resultado, falhas. Mas, não vou não (fica pra outra ocasião – metade já tá pronta
– rsrs).
O objetivo aqui é outro: é um
pedido de desculpas, é uma homenagem, um reconhecimento, um agradecimento.
A você.
E pergunto: O que acontece (ou
pode acontecer) quando falamos o que queremos?
Que nem o dito popular: Quem fala o que quer ouve o que não quer.
Certíssimo ditado não é mesmo?
Meio que ligado à nossa natureza mais rápida de pagar na mesma moeda, contra
(de certa forma à mediação) ao entendimento, e que, se tomado ao pé da letra,
nos joga em um mundo que talvez seja o que conhecemos, o que vemos. O mundo do
toma lá dá cá. Cada um recebendo o troco pelo que vendeu, pelo que fez, pelo
que falou. Essa é a questão.
Em mundo regado de diferenças
vivemos sempre lutando por, pelo menos um mínimo de igualdade. Ou seja, algo
mais ou menos assim: Lutamos por igualdade querendo sermos tratados da melhor
maneira possível, estar na melhor condição possível, estar o melhor possível,
mas, ao mesmo tempo, não necessariamente, acontecendo, sendo, fazendo o melhor
possível.
É muito mais fácil dar uma
resposta à altura (meio que dane-se) do que refletir, abrandar a emoção,
exercitar a razão. Seria, mais ou menos, como outros dizeres do tipo: Farinha pouca meu pirão primeiro; ou Segura suas cabritas que meu bode está
solto.
É impressão minha, ou esses três
ditados denotam, de certa forma, egoísmo, covardia, algo meio que (não animalesco),
mas, bestial? É impressão minha?
É impressão minha que esta
pequena análise nos faz refletir, um pouquinho que seja, sobre os caminhos da
vida que devemos seguir (sempre os dois caminhos)?
É impressão minha ou, de certa
forma, esta reflexão nos mostra algo que somos, que sabemos que somos, que
fazemos, que, de certa forma, nos incomoda quando fazemos (quando agimos com
violência, por exemplo), mas, que de certa forma continuamos a fazer? (Não
estamos continuando a fazer não, tá? Sabemos que essa realidade está ficando,
cada vez, mais para trás – estamos, cada vez, mais próximos do humano que
devemos ser, literalmente, humano).
Egoísmo muito bem visto nos dois
ditados últimos e covardia muito, mas muito acentuada no primeiro. Sentimentos
que vão contra o sucesso de qualquer coisa, inclusive, relações. E isso em uma
realidade de seres que se dizem sociáveis.
Sociáveis como? Até que ponto
sociável contrariando a minha própria natureza egoísta de ser? Sim, porque se me
porto como egoísta as ações de outros irão ferir o que sou, o que penso, minha
natureza e me deixarão com raiva.
Ou então, se todos me pagarem na
moeda que uso (egoísmo) acontecerá de me isolarem, me empurrarem para um limbo
social de insatisfação mútua, de impaciência. Uma sociedade de sós. Sós e
insatisfeitos.
E isso sem falar do primeiro
ditado. Por que chamá-lo de covarde. Ah! Fala sério. Esse primeiro ditado é um
falácea, uma mentira. Quem é que anda dando respostas á altura para tudo que
ouve? Duvido. E ainda penso que se diz que faz está dizendo uma mentira.
Mas, covarde por quê? Por que, se
estiver diante de um mais forte, mais poderoso, não vai responder de qualquer
jeito. Não vai mesmo. Fazemos isso quando nos julgamos certos, aí tudo “bem”.
Bem entre aspas porque, pelo menos nessa situação, mexem com nosso bril, com
nossa índole, crença, acreditar, aí o bicho pega. Mas ainda assim, frente ao
fato de estarmos diante de algo, alguém mais poderoso que nós, haveremos de nos
portar como? Com discernimento. Essa é a questão.
Discernimento.
Discernimento sendo uma palavra a
nos empurrar para um algo mais nobre, um algo mais elevado (menos emoção
negativa), um algo mais parcimônia (mais razão), mais satisfação mútua. Um algo
mais próximo do que queremos ser. Do que, em minha opinião, caminhamos para
ser. Seres humanos, verdadeiramente, humanos.
Pois bem. O que estou tentando
manifestar aqui é, justamente, isso: a questão da ação e da reação; da ação com
responsabilidade ou inconseqüência; da reação com ou sem reflexão.
E nesse aspecto peço desculpas a
todos por minhas palavras se, em algum momento elas feriram, elas magoaram,
chatearam, tiveram uma ação que não fosse uma ação boa. Sim, porque esta
intenção (ser uma ação boa) é justamente a razão de ser de tudo isso aqui e, se
não atingi esse objetivo, ao menos tentei.
Não quero e nunca quis ferir.
Nunca.
Pelo contrário, apesar de tudo
aqui ser pensamentos meus, ainda assim me policio, constantemente, para o meu
melhor eu apresentar. E só.
Falo de tudo referente ao meu
mundo, falo de pessoas (nunca irei citar nomes – verdadeiros não), falo de
fatos, falo do que é verdadeiro para mim. Só que isso é um risco.
Falo de sentimentos (no mínimo
99,99% os meus) e nunca, como já aconteceu (mas nem por isso pretendo parar –
isso aqui, pra mim, é um objetivo o qual ainda não alcancei. Talvez consiga,
talvez não), mas, nunca mesmo haverá de ser minha intenção ferir os sentimentos
de ninguém. Se o fiz, por favor, me perdoe.
Essa é a questão.
Agradecer e pedir desculpas as
pessoas todas para quem, ou por quem, eu fiz o que está aqui. Dizer que isso
aqui não foi feito só em prol, ou para uma única pessoa. São feitos, isso sim,
por uma única pessoa.
Uma única pessoa a compilar, a
matutar, juntar (como ingredientes de uma receita) fatos, momentos, acontecimentos
ocorridos no decorrer de toda uma vida, de toda uma existência. Uma existência
que me trouxe, que me apresentou uma realidade, uma quase necessidade de
oferecer o resultado (como o bolo depois de feito), o qual, assim como quem faz
um bolo, espero oferecer apenas o melhor, esperando (como qualquer um) obter
reações as mais positivas possíveis pelos produtos por mim ofertados.
Eis a questão:
Desculpas a você que fez parte da
minha história e que está aqui, agora desnudada(o), sendo relatada(o) de uma forma,
de repente, não condizente com a sua verdade, mas com a minha (o que não,
necessariamente, e dificilmente será a mesma coisa). A beleza está nos olhos de
quem vê, pessoas diferentes vêem de formas diferentes. Pessoas todas, para mim queridas, que amei/gostei (que amo ou gosto), que gostaram de mim ou me amaram (amam ou gostam), obrigado e desculpa se, minha passagem em suas vidas, não tiver sido para o nosso melhor. Na minha e no meu coração vocês estarão sempre, com muito amor, carinho. Sempre.
Desculpas aos artistas, músicos,
compositores, obras, músicas citadas e minhas observações a respeito delas se,
em algum momento eu denegri a imagem, desfiz do trabalho, da mensagem, da
pessoa. Desculpe qualquer brincadeira ou analogia que venha a ser contra o que
quis ser sua intenção, obra, música e que tenha, de alguma forma, causado
mal-estar, sentimentos vis, ressentimentos. Não foi essa a intenção.
É uma questão até difícil. Lembro
de uma situação de uma escritora estrangeira aqui no Brasil para o lançamento
em português do seu livro (saiu cuspindo marimbondo dizendo que ia processar
todo mundo por não concordar com a tradução, que não era aquilo o que ela
queria dizer). Se em minhas conjecturas usei suas obras e falei delas da forma
não sua, a lhe magoar, não foi essa a intenção. Mas é o preço não é não?
O preço de ouvir o que nem sempre
queremos ouvir a partir do que falamos, tipo o ditado. Tipo eu aqui a me expor,
falando pelos cotovelos, já tenho me sentido mal, às vezes, pela repercussão do que falo
aqui. Desculpe qualquer coisa;
Desculpas a você que não conheço
e que, de repente, firo ou feri. Não foi essa a intenção. Pelo contrário, se há
uma intenção aqui, neste Blog, com todas as palavras e pensamentos, já
constanstes e que ainda irão constar, é ser uma intenção boa, a ajudar (pelo
menos a mim – pelo fato de achar estar realizando algo que devo fazer – muito
bom isso. Em minha opinião se existe um dos segredos do sucesso, este segredo é
fazer o que se gosta – não que eu esteja fazendo nada em busca de sucesso, mas,
por estar fazendo, isso sim, porque gosto). Estou gostando e a você direciono meus
mais nobres pensamentos, o que de melhor de mim consegui captar da vida,
conseguiu a vida me apresentar a tornar-me o que sou na intenção de fazer,
mesmo que minimamente, minha parte em prol da alegria, satisfação, felicidade,
sorriso de alguém. Se consigo isso, quando consigo, pode ter certeza, consigo
aquilo que acho ser um dos objetivos de minha vida, e isso me faz muito bem.
Uma sensação maravilhosa que eu recomendo a qualquer um experimentar. Muito
bom.
E é isso.
A todos vocês meus(minhas) confeiteiros(as) queridos(as) que fizeram e fazem parte da minha vida, que trabalharam os ingredientes que resultaram no bolo de minha existência.
A todos vocês os meus agradecimentos (de coração).
E a todos, as minhas mais sinceras desculpas, caso eu não os(as) alcance de forma positiva, que é minha intenção, que é a intençao de tudo aqui. Aqui que é um universo do que eu posso oferecer de melhor e que nunca há de ser o contrário a contrariar. Nunca.
Tudo de bom a todos(as).
Sempre.
Jeff
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