Uma
mensagem bonitinha (mais do mesmo – rsrs). Dessa vez coisas de saúde, de
qualidade de vida.
Se não
quiser viajar demais (rsrs), passe direto pro final, tá? (rsrs)
Jeff
No final
das contas nem sei se o que ouvimos é verdade.
Agora mesmo uma mensagem desta parece algo de bom gosto, parece
verdadeira a partir do momento que pontos coincidem com o que já ouvi de outras
fontes (O 03 e o 07, por exemplo, já não ouvimos por aí?).
Ainda ontem estava conversando sobre isso, sobre como somos ou o
que estamos nos tornando como fruto da informação, do bombardeio constante de
informação, da mídia.
Voltando um pouco mais, até antes de ontem quando fui jogar
boliche com um amigo. Eu não estava dirigindo (fui de ônibus) e pedi uma
cerveja. O filho pequeno dele (que inclusive ganhou de mim também – rsrs. Mas
ganhou porque sou ruim mesmo, num foi porque tomei uma cerveja não. rsrs)
falou: Pai. Bebe não você está dirigindo.
Já com relação a ontem, eu estava me divertindo em companhia de
minha namorada (fumante) e ela me confidenciou o quanto, no íntimo, se
punia por achar que estava fazendo algo de ruim a si mesma, algo motivo de
vergonha.
Falei
para ela desencucar e curtir o que lhe dava prazer.
Não que
eu esteja fazendo apologia a nada, não é isso.
Mas agora
mesmo já não tomo qualquer água, não como qualquer comida, analiso ambientes,
excluo-os muitos assim como excluo ou admito coisas, hábitos, situações.
Procuro trazer para mim o que acho pode ser de melhor para mim.
Procurar
trazer é uma coisa, conseguir é outra. E o pior é o fantasma, o estigma que
agora fica latente e sempre presente em nossa mente como uma vozinha a nos
dizer não isso, não aquilo, isso mata.
Acho que
no final das contas o que estou tentando falar é que não acho justo ser só
oitenta (a questão dos oito ou oitenta). O que vejo, o que sinto é que já
estamos pertencendo a uma realidade já prevista, a realidade de que no futuro
todos nós teríamos o Grande Irmão (Big Brother) a nos vigiar o tempo todo.
Nessa realidade a falta de privacidade, um futuro que já chegou: não nos
mexemos mais sem estarmos sendo fotografados, multados, filmados, vistos e
monitorados não só pelos que estão em nosso campo de visão, mas, em qualquer
ponto além de uma lente.
Nessa realidade
de liberdade vigiada (vigiada mesmo, pelo filho, por nossa consciência
informada e recriminatória, por pessoas bem informadas, sistemas e equipamentos
modernos a nos analisar constantemente) fico pensando no que estamos nos
tornando. Acho que a resposta para isso vem do que ouvi agora a pouco na Voz do
Brasil quanto ao fato de em dez anos termos ganhado mais de vinte anos em
longevidade. A questão pra mim seria mais ou menos assim: Vida cada vez mais
longa, mas, com qualidade de vida?
Há um
tempo, governo Lula, lembro da visita de um presidente americano (acho que Bush). Naquela
ocasião ouvi com antipatia que eles traziam consigo até a própria água para beberem
(hoje faço a mesma coisa). Naquela ocasião assisti injuriado (senti-me
insultado como brasileiro) pelo fato também de eles não terem tomado caldo de
cana com nosso presidente (que o fez prazerosamente). Pouco tempo depois (como
que a chamar-me para a realidade) ouvi casos de doenças transmitidas através do
caldo de cana não pasteurizado, in natura, como o que estamos acostumados a
consumir. Ou seja: eles novamente tinham razão em se precaverem.
Não era
do costume deles beberem aquele líquido e, ainda tinha um fato: eram informados.
Informação.
Acho que
o que estou tentando falar é quanto ao fato de a informação modificar-nos constantemente
e como isso pode nos apresentar a nós mesmos versões diferentes de nós mesmos.
Versões que tanto podem ser uma de geração saúde, mas, sem de certa forma também
não tão cheia de neuras.
Como
também podem transformar-nos em verdadeiros neuróticos.Caramba! E onde fica o
prazer? Agora mesmo sou brasileiro. Cresci tomando caldo de cana (agora fico
encucado, pois, claro, não é pasteurizado (rsrs). É ruim de lá na pastelaria da
rodoviária pasteurizarem o caldo de cana (rsrs). Pasteurizam algo? Pasteurizam
os pastéis? (rsrs). E isso sem falar do óleo que frita os pastéis, da higiene
do ambiente e pessoas que nos atendem (rsrs)).
Lembro agora
de uma colega. Ela estava sumindo. De tanto não isso, não aquilo, nada pode,
ela estava ficando transparente. Como não tomava Sol (Sol hoje faz mal – só podemos
tomar Sol quase a noite (rsrs)) a pele dela já nem branca era mais. Diante dela
(que só andava de mangas compridas, ainda bem (rsrs)), eu me sentia em uma aula
de ciências a ver aulas sobre o funcionamento do corpo humano.
Ela só
comia folhas (esterelizadas, claro), comidas especiais (feijoada??? Tá doido
(rsrs)), água? É ruim, heim! Só a dela. Beijar, namorar? Écaaa!!! (rsrs).
Resultado: vivia só, literalmente, tanto em casa como no trabalho, excluída (eu
era dos únicos a confabular com ela). Agora o detalhe: olha só o verbo que eu
usei quando me referindo a ela (era). Isso mesmo. Cadê ela? Sumiu. Será que
literalmente? (conforme eu desconfiava que estava acontecendo? Espero que não).
Acho que
é isso que estou tentando dizer: um mundo regado de diferenças, de gerações
diferentes, pensamentos diferentes. À medida que estamos nascendo estamos
vivendo mais, mas, não necessariamente, melhor.
Não necessariamente
melhor diante da opinião de outras gerações que antes podiam mais, faziam mais,
transpareciam outro tipo de felicidade.
Não que
tenha ninguém errado na história. Não tem mesmo.
A geração
de hoje é a geração de outros prazeres, de maior longevidade a partir dos
frutos que colhem por suas novas vidas com novas condutas, novos alimentos,
costumes mais saudáveis, mais bem informados a trazerem-lhes um resultado que
gerações anteriores não conheceram e que por isso, por certo também, não tiveram
tamanha longevidade.
Interessante
como os tempos mudam, opiniões e idéias também. Considerando-me, por exemplo,
de uma geração mais antiga sei que minha longevidade não vai ser a mesma de
quem nascer agora, mas, por outro lado, assim como vi também em pessoas mais
velhas que eu, eu diria que não estou disposto a ser tudo que os mais novos
são. Eu diria, por exemplo, não estar disposto a largar minha cervejinha
casual, assim como meu tio não largou o cigarro dele, meu vô não deixou de
mascar tabaco.
Acho que
cada um paga o preço pelos seus atos, atitudes, costumes.
Moldando-nos
constantemente por causa da informação (eu mesmo, por causa da mídia, nunca
quis fumar. E como já não fazia parte de minha realidade, também nunca masquei
tabaco). Meus filhos já não bebem (ao menos por enquanto têm aversão).
Acho isso
a parte natural da coisa.
Agora. O
chato em minha opinião está em termos de nos negar, negar nosso prazer (meu
amigo frente ao filho no boliche, minha namorada e sua consciência quanto ao
cigarro). A própria sociedade a isolar quem se deixa levar (minha colega que
foi aos extremos (oitenta mesmo) e quem acabou perdendo foi ela).
Acho que
esta é a questão que estou tentando falar: o quanto, de repente, estamos a
mercê de nos modificarmos a nós mesmos por causa da informação e da mídia e
como essa situação/realidade pode ser uma armadilha.
Uma armadilha
a emperrar-nos para uma possível realidade de insatisfação com a gente mesmo a
partir do momento de atrito com nossos próprios prazeres ou então, a ponto de
cegar-nos e achando que estamos fazendo o certo (minha colega), nos isolarmos,
sermos isolados por quem nos disse a forma como sermos e depois nos jogou fora
por não servirmos (ponhamos aí também o exemplo da anorexia, o como pessoas são
empurradas para um modelo fabricado pela mídia e depois, estas pessoas, são
seccionadas da própria mídia/sociedade).
Ou seja,
em qualquer tempo, qualquer geração, acho que vai valer sempre a máxima “nem
oito, nem oitenta”.
Nem oito
a ponto de nos sentirmos mal dentro de nós mesmos a ponto de estarmos tristes
com nossos próprios prazeres, a ponto de nos sentirmos na obrigação de nos
escondermos por causa de nossos prazeres. Se estes não forem danosos ao moral,
ou a outrem, que também não sejam a nós. E os curtamos com o máximo prazer possível.
Nem
sejamos oitenta a ponto de nos negarmos, de aprendermos a ser só o que querem
(ou pelo menos parecem querer) que sejamos, que a mídia parece querer que
sejamos, e com isso mergulharmos numa realidade de retorno quase irreversível,
de cura quase inalcançável. Não nos empurremos para uma realidade extrema, pois
essa realidade necessitará de uma cura, sim. Algo que a sociedade nem se
importa se nela nos perdermos e, por outro lado, estando dentro dela, nem
sempre saberemos estar errados ou não.
Eis aí a questão:
equilíbrio.
Não é fácil.
Vemos pessoas
infelizes.
Se formos
analisá-las veremos que seus dramas são somatórios de dramas, de insatisfações.
Conforme já mencionado em outro texto, uma questão difícil de resolver a
questão da satisfação humana.
E sendo difícil
de resolver para cada um, fica difícil resolver também para o todo. Ainda mais
considerando que estamos todos em diferentes estágios de vida, uns mais
satisfeitos que outros. (Uma reflexão legal que acho que cabe aqui é o texto 19)
Como eu
disse, hoje não tomo qualquer água. Mas, não tomo não por frescura. Não tomo
porque percebi que algo estava errado.
Não tomo
por estar mais informado (assim como os americanos que tanto critiquei, pra mim
mesmo, na ocasião do caldo de cana).
Não tomo
porque do jeito que estava, estava me fazendo mal.
E isso
adentra em outra questão.
Há muito
tempo ouço críticas quanto à água de nosso país, pessoas cultas a chamá-la de
solução aquosa.
Novamente
a questão do conhecimento. Conhecimento por parte de quem governa, sabe de um
problema e nada faz para resolvê-lo. Uma coisa sou ter uma opinião, outra é uma
instituição poder fazer algo por muitos e não fazê-lo.
Não estou
falando só da água não.
De tudo.
Nem estou
jogando pedras não.
Como eu
já disse, eu nos vejo melhorando sempre.
Agora
mesmo, até que enfim, o governo (novamente o governo – só que desta vez ele
enxergou o problema e está agindo, ainda bem) anunciou medidas ótimas com
vistas a acabar, ou mesmo minimizar, o buling. Caramba! Até que enfim.
Até que
enfim anunciaram ações contra um problema que sempre existiu, mas, que para
muitos até hoje só existiu para quem o sofreu.
Só quem
sofreu esse problema sabe o quanto pode ser danoso para si. E sendo ruim para
si há de ser ruim para outros.
Assim se
uma instituição, que tem a obrigação de fazer o melhor pelo seu povo, faz sua
parte, a sociedade/realidade agradece.
E nisso
nos mais diversos aspectos como, por exemplo, medidas simples de despoluição do
ar. Medidas que não enxergadas pelos que mandam fazem falta para a massa.
Assim também
a responsabilidade das instituições para tentar tornar o povo cada vez mais
satisfeito ajudando-o a ver e curá-lo de problemas diversos.
Problemas
que a pessoa, de repente, nem sabe que tem (como a predisposição à depressão, à
anorexia, consumir água e produtos não muito bons a sua saúde), mas, que a instituição
tem sim, a obrigação de oferecer mais, de buscar mais em prol de todos, pois,
assim como a figura de um professor que é um ser mais bem preparado, assim também
é o governo (muitissimamente bem preparado) e que tem a obrigação de oferecer o
seu melhor em prol de seu povo.
Vejo falhas
em todo o sistema (ações do governo).
Mas vejo
tudo melhorando. A passos de formiga (concordo com o Lulu), mas, vejo tudo
melhorando.
No íntimo
o equilíbrio: meu, de minha colega, do meu amigo, minha namorada, todos nós,
sendo atingido.
Não é fácil.
Mas vejo acontecendo.
Uma
solução a ser buscada/alcançada por cada um em prol de sua própria satisfação
e, conseqüentemente, em prol da satisfação do todo, de todos.
É bom.
Jeff
|
'Não parece tão
sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente
tornam-se hábitos.
É exatamente o que diz
uma certa frase de Sêneca:
"Escolha a melhor forma
de viver e o costume a tornará
agradável."
"Crie bons hábitos e
torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".
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